As Escrituras são sinônimo de Lei, no Salmo 1. Ele mostra que o homem tem
opções entre dois caminhos, que levam a duas atitudes e a duas conseqüências. A
chave do Salmo é a busca pela felicidade. A educação religiosa é tarefa de
levar o homem a ter uma consciência de escolha e não fazer a escolha por ele. A
felicidade não é automática, mas é fruto da vida que começa com uma escolha
correta.
O que não se deve fazer para conseguir a felicidade
Bem-aventurado
o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos
pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Não são assim os ímpios;
mas são como a moinha que o vento espalha. Por isso os ímpios não subsistirão
no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos. (Sl 1.1,4,5).
Há os que escolhem o caminho negativo para a busca da
felicidade. Começam
por andar no “conselho dos ímpios”, ou seja, aceitando sua forma de pensar. É
uma maneira sutil de tentação em que a pessoa é atraída pelas idéias bonitas e
convidativas e passa a achá-las naturais e normais. Numa vida em sociedade, com
as muitas pressões, as pessoas são pressionadas a pensarem como as outras.
O que seria um simples aceitar de
idéias se aprofunda quando a pessoa “se detém no caminho dos pecadores”, que
são aqueles que vivem em rebeldia contra Deus. Deter-se é participar, é exercer
atividades e praticar atos que os pecadores praticam sem qualquer
arrependimento. Muitos crentes tomam atitudes perigosas quando dizem: “Qual é o
problema?. Todo mundo faz isso”. O que começou moldando o pensamento, acabou
determinando a ação.
O caminho ainda está pela metade.
Aquele que aceita o padrão dos outros, e pratica os mesmos atos, passa a
pertencer ao mesmo grupo. Este é o sentido de “se assenta na roda dos
escarnecedores”. A pessoa adota o estilo de vida dos escarnecedores, os quais
se constituem nos piores tipos de pessoas em relação à fé, pois são os mais
distantes de um verdadeiro arrependimento.
A consequência do caminho negativo.
A vida das pessoas que tomam esse caminho é marcada
pela instabilidade, conforme se observa no versículo 4 Não são assim os ímpios; mas são como a moinha que o vento espalha.
(Sl,.1.4); “Moinha” é a palha que voa quando o grão é peneirado. Em vez de frutos, só há
palha. Outra marca desse tipo de vida é a condenação: Por isso os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na
congregação dos justos. (Sl.1.5). No juízo não há argumentos para se livrar da condenação.
Não só a condenação, como também a alienação é marcas das pessoas que tomam o
caminho fácil para a busca da felicidade. Não participam do verdadeiro valor da comunhão entre
as pessoas. A
vida dessas pessoas é falsa, porque toda a base é falsa.
A educação deve levar a pessoa a ter consciência dos
riscos da vida negativa para a felicidade. Deve também levar a um amadurecimento
de tal forma que a pessoa tome decisões por si mesma e não ceda às pressões de
outros. Muitos entram pela via negativa porque não cresceram e amadureceram o
suficiente para tomar decisões com liberdade. O alvo da educação religiosa é a
liberdade que o indivíduo deve ter nas decisões em questões de fé e vida.
O verdadeiro caminho para a felicidade
Antes
tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.
Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu
fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará.
Porque o Senhor conhece o caminho
dos justos; porém o caminho dos ímpios perecerá.( Sl.1.2,3,6).
– Em primeiro lugar, é ter prazer na Lei do Senhor (v.2; cf sl 119.12-16). É por aí que tudo começa.
Não se trata de moldar o caminho pelo próprio esforço e com idéias próprias,
mas é viver segundo a Palavra de Deus. Em vez de se sentir atraído pelos
ímpios, pecadores e escarnecedores (v.1), o homem deve sentir alegria na Lei do
Senhor. Quando começamos a nos distanciar da Bíblia, a preferir outras coisas
ou pessoas, a estarmos em comunhão com os irmãos, estamos em perigo. Em segundo
lugar, é preciso meditar na lei do Senhor (v.2). Meditar é torná-la prática na
vida. Quando meditamos, estamos moldando o pensar, e isso refletirá muito na
qualidade da vida espiritual.
A Consequência do caminho positivo.
O resultado é uma vida estável. A “árvore plantada” dá uma
ideia de segurança, estabilidade. Será uma vida de equilíbrio também Pois será como a árvore plantada junto a
ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não
cairão, e tudo quanto fizer prosperará.
(Sl.1.3), pois “dá seu fruto na estação própria e cujas folhas não caem”. Nada acontece fora do tempo
de Deus e sem um propósito definido em sua vida. Os sucessos, a prosperidade,
são conseqüências de uma vida que procura a felicidade conforme a vontade de
Deus. Não se trata de mero sucesso ou prosperidade materiais, mas uma vida cuja
felicidade origina-se numa vida de comunhão com Deus.
Há ainda a visão conseqüente que temos
quando meditamos na Palavra de Deus e vivemos segundo ela (v.6). Tanto o
“caminho dos justos” como o dos “ímpios”, Deus conhece. Passamos também a
conhecê-los pela sabedoria que a Palavra nos dá (cf Sl 72).
A educação religiosa irá primar pela formação do
caráter cristão. Somente
pela escolha do caminho da Palavra de Deus é que é possível essa formação. O
homem precisa ser contemplado em todas as suas facetas, e todas elas precisam
ser redimidas. Só a Palavra de Deus é que poderá, mediante a ação do Espírito
Santo, fazer a obra de transformação. O conteúdo da educação é a Palavra.
Pr. Adilson Faria Soares
Por Litrazini
Graça e Paz
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