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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Medo? As histórias de Elias e Josafá

Vocês devem estar pensando, será que existe alguma ligação entre estes dois personagens bíblicos?

O que eles têm em comum é um sentimento que, muitas vezes, achamos que os grandes homens de Deus não têm – o Medo.

E navegando pelas histórias quero mostrar não só como cada um lidou com este sentimento, mas principalmente a postura de Deus em cada um dos episódios e que lições nós podemos tirar destas histórias para fortalecer nossa relação com Deus.

Primeiro contemos a história de Elias
Elias foi um dos profetas de Deus que vivenciou vários milagres na sua trajetória servindo ao Senhor:
- Através de sua oração não choveu em Israel por três anos e seis meses e pelas suas orações, após este período, as chuvas voltaram a cair (Tg 5.17-18)
- Foi alimentado por corvos (1 Re. 17.6)
- Enviado por Deus a Sarepta, vivencia o milagre da multiplicação da farinha e do azeite na casa da viúva (1Re 17.9-16)
- Através do seu clamor Deus ressuscitou o filho da viúva (1Re.17.17-24)
- Obtém retumbante vitória sobre os profetas de Baal, quando clamou ao Senhor e Deus mandou fogo do céu incendiando o holocausto preparado por ele (1Re.18-20-40)

Com esta intimidade com o Senhor, que resultou em tantos milagres, poderíamos concluir que Elias jamais sentiria medo diante de uma situação ameaçadora.

Não foi o que aconteceu. Ameaçado por Jezabel Elias teve medo 1Re.19.1-3).
Este Medo faz com que ele fuja para o deserto a fim de salvar sua vida, e a situação se torna tão desgostosa que Elias pede a Deus que tire sua vida. Porém não era este o plano do Senhor para Elias. Deus não só não atende ao pedido, como vai ao encontro de Elias para ajudá-lo e para fortalecê-lo (1Re.19.3-18).

Agora vamos à história de Josafá
Josafá sucede seu pai Asa, tornando-se rei de Judá. Ele fortificou todas as cidades que seu pai havia conquistado e teve o seu reino confirmado pelo Senhor, pois:
- Buscou a Deus, guardou seus mandamentos, rejeitou os ídolos de Baal e se recusou a praticar obras como fazia Israel, pois eram obras que desagradavam a Deus
- Sua coragem e fé levaram-no a destruir todos os postes ídolos (2Cr.17.1-13)
- Liderou a obra reformadora que induziu o povo a fé e a obediência ao Senhor (2Cr.19.4-11)

Além disto, tinha um exército de 1.160.000 homens preparados para serem chamados a guerrear quando necessário (2Cr.17.14-17). Com isto estava firme, portanto podemos concluir que jamais teria medo em uma situação ameaçadora.

Não foi o que aconteceu. “Sucedeu que, depois disto, os filhos de Moabe, e os filhos de Amom, e com eles outros dos amonitas, vieram à peleja contra Josafá. Então Josafá teve medo (2Cr. 20.1-3)”

Diferentemente de Elias, Josafá:
- Não foge, mas busca o Senhor, e apregoa jejum em todo Judá (2Cr. 20 3b-4)
- Confessa ao Senhor sua total dependência Dele para resolver o problema (2Cr. 20.12)
Neste caso, Deus atende ao pedido de Josafá e manda as seguintes palavras através de Jaaziel:
“Esta batalha não tereis que pelejar; postai-vos, ficai parados, e vede a salvação do Senhor para convosco, ó Judá e Jerusalém. Não temais, nem vos assusteis; amanhã saí-lhes ao encontro, porque o Senhor será convosco” (2Cr. 10,17-22)
Quando chegou ao alto e olhou para o local onde aconteceria a batalha “olharam para a multidão, e eis que eram corpos mortos, que jaziam em terra, e nenhum escapou” (2Cr. 20.14-30)

As histórias mostram atitudes diferentes frente ao medo e também ações diferentes de Deus para cada uma das situações.

O que estas histórias têm em comum? – a verdade que Deus nunca nos deixa sozinhos, sempre poderemos contar com Ele – sempre, afinal Ele, o Deus de Elias e de Josafá é também o nosso Deus.

Isto me remete para um trecho da música Caçador de Mim do Milton Nascimento que diz “Nada a temer senão o correr da luta, Nada a fazer senão esquecer o medo”, e para finalizar o que a Palavra de Deus nos fala sobre medo e coragem.
“No amor não há medo, antes o perfeito amor lança fora o medo; porque o medo tem consigo a pena, e o que teme não é perfeito em amor” (1João 4.18)

Porque “Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação” (2Tm.1.7)

Portanto “Se Deus é por nós quem será contra nós?” (Rm.8.31)

José Augusto de Castro Junior

Por Litrazini

Graça e Paz

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