Grego pomeia: relação sexual ilícita, incluindo prostituição,
devassidão, incesto, libertinagem, adultério e imoralidade habitual. A palavra
descreve tanto imoralidade física quanto espiritual.
O sentido que comumente se atribui a palavra é como sinônimo de
fornicação, isto é, a prática sexual pré matrimonial. Isto é prostituição, sim,
mas prostituição não é somente isto, pois engloba todos os atos de imoralidade.
Essa palavra pode adquirir outros sentidos, de acordo com o sentido que
o autor quiser lhe emprestar. No mundo, a palavra prostituição pode ser
relativo a uma troca imoral, pessoas que dão coisas para receber outras coisas,
prática esta que ofende a moral e ética. Mulheres e homens que alugam seus
corpos por dinheiro, bens, necessidades. Isto é uma forma de prostituição
(Ex.23.32 e II Reis 17.17).
Prostituir é vender a própria honra, a própria dignidade, é sacrificar o
amor-próprio e a auto-valorização em troca de alguma outra coisa = prostituição
espiritual. Nós freqüentemente somos forçados a escolher entre o que é reto aos
olhos de Deus, aquilo que Deus quer e exige de nós, e aquilo que é melhor (pelo
menos aparentemente) aos nossos olhos. Como ocorreu em Números 25.1,20: Para
possuírem as mulheres moabitas, os hebreus adoraram os deuses estranhos, e se
inclinaram diante de ídolos feitos por mãos humanas.
Nesse sentido, Adão e Eva se prostituíram quando desobedeceram a Deus
para poder saborear o fruto da árvore da vida. Abraão prostituiu-se quando
mentiu para não correr o risco de ser morto por causa de sua linda mulher
(Gn.12.12,13 e 20.2). Isaque repetiu o mesmo erro (Gn.26.7). Jacó mentiu para
obter a benção de seu pai (Gn.27.6 a 29).
Ocorre a prostituição quando as pessoas cristãs se vendem para obter o
que desejam ou almejam. Negam a sua fé em Cristo, jogam para fora a honestidade
e a pureza de suas mãos por dinheiro, por prazer, pela fama, pela diversão. E
isto, infelizmente, é comum e rotineiro em nossas igrejas: pessoas que vendem a
própria fé, a própria paz, a comunhão com o Espírito de Deus por dinheiro, por
prazer e por uma qualquer outra mórbida forma de satisfação.
Pedro prostituiu-se para não ser capturado e morto com Jesus, mas depois
de revestido com o poder do Espírito Santo, recusou-se a prostituir por
dinheiro oferecido por Simão, o mágico (Atos.8.18 a 20). É preciso que fique claro: toda vez que
alguém que se diz cristão, deliberada e espontaneamente faz qualquer coisa
contrária à palavra de Deus, para ganhar algo ou não perder algo que tem, está
se prostituindo espiritualmente.
Jesus tem que valer mais do que tudo em nossas vidas, e por ele temos
que renunciar a tudo. Enquanto houver alguma coisa no mundo, neste mundo, que
valha tanto ou tão mais do que Jesus, estamos sujeitos a nos prostituir para
tê-lo ou não perde-lo.
Toda vez que você faz alguma coisa, qualquer coisa, de forma consciente
e deliberada, que venha a magoar, entristecer o coração de Deus para conseguir
satisfazer uma necessidade, um desejo, um capricho, uma "inclinação da
carne" (concupiscência), você estará vendendo a sua fé, sacrificando a sua
comunhão e comunicação com Deus. A carne estará se manifestando e dominando a
sua vida, a sua alma, o seu espírito.
Transcrito Por Litrazini
Graça e Paz
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