A paz é o sonho de consumo de todo ser humano. O homem busca a paz em todos os
lugares, por todos os meios e até faz guerras para alcançá-la.
As religiões prometem a paz. O dinheiro tenta comprá-la. Os prazeres desta vida
oferecem-na como cardápio do dia.
MAS,
O QUE É A PAZ? ONDE ENCONTRAR A PAZ? COMO PODEMOS RECEBÊ-LA?
Precisamos primeiramente entender que a verdadeira paz não é quietude ou
meditação transcendental nem uma incursão pelos labirintos da nossa alma. Não alcançamos a paz
cavando os poços de nosso próprio coração.
Ainda precisamos entender que a paz não é ausência de problemas. Não é paz de cemitério. A
verdadeira paz coexiste com a dor, é temperada com as lágrimas, e estende suas
raízes no solo duro do sofrimento. Vamos, agora, tratar de dois aspectos da
verdadeira paz.
1. A PAZ COM DEUS. O homem é um ser
rebelado contra Deus. Toda a inclinação do nosso coração está contra Deus.
Somos, por natureza, inimigos de Deus. Não nos deleitamos em Deus nem temos
prazer em obedecer a sua lei.
Apesar de termos virado as costas para Deus, Deus jamais desistiu de
nós. Ao
contrário, amou-nos com amor eterno e buscou-nos com desvelo singular. Deus
estava em Cristo reconciliando consigo o mundo. Foi Deus e não o homem quem
tomou a iniciativa da reconciliação.
O homem cavou abismos no seu relacionamento com Deus, mas Deus construiu
uma ponte segura para reatar esse relacionamento. Jesus veio ao mundo como nosso
mediador, representante e fiador e morreu na cruz pelos nossos pecados a fim de
reconciliar-nos com Deus. Fomos justificados. Nossa dívida foi paga. Estamos
quites com a lei de Deus.
A justiça de Deus foi satisfeita. Agora não há mais barreira entre nós e
Deus. Fomos reconciliados com Deus. Agora temos paz com Deus. A paz com Deus
fala de relacionamento restaurado.
Não somos mais réus, mas filhos. Não somos mais estranhos, mas amigos.
Não estamos mais distantes, fomos aproximados. Não estamos mais em guerra
contra Deus, agora temos paz com Deus.
A paz com Deus não é alcançada por aquilo que fazemos para Deus, mas por
aquilo que Deus fez por nós. Não
obtemos essa paz pelo nosso sacrifício, mas pelo sacrifício de Cristo na cruz
por nós.
2. A PAZ DE DEUS. Se a paz com Deus
fala de relacionamento, a paz de Deus fala de sentimento. A paz de Deus é
consequência direta da paz com Deus. É impossível experimentar a paz de Deus
sem primeiro conhecer a paz com Deus.
A paz com Deus é a causa, a paz de Deus é a consequência. A paz com Deus é operada
fora de nós, no tribunal de Deus; a paz de Deus é experimentada dentro de nós,
em nossa mente e coração. A paz com Deus tem a ver com nossa posição aos olhos
de Deus no céu; a paz de Deus tem a ver com nossa intimidade com Deus na terra.
A paz de Deus é uma sentinela ao redor da nossa mente e do nosso coração
livrando-nos da ansiedade. É
uma muralha divina que protege nossa razão e nossa emoção dos temores que
rondam a nossa alma. É desfrutar de uma doce paz no meio do vale escuro.
É ter uma mente segura e um coração sereno mesmo na tempestade
borrascosa. É
confiar plenamente em Deus, mesmo que o mundo ao nosso redor se transtorne. É
viver com o coração no céu, mesmo que os nossos pés sejam feridos na terra.
A paz de Deus não é uma paz química, que se compra na farmácia. Não é uma viagem para o
interior do nosso coração pelas vias da meditação transcendental. Não é o
produto de técnicas psicológicas nem o fruto de processos místicos, mas o
resultado de orarmos, pensarmos e agirmos corretamente.
Aqueles que têm paz com Deus podem e devem experimentar a paz de Deus. Aqueles que foram
reconciliados com Deus por meio de Cristo, já estão livres da condenação diante
do tribunal de Deus e devem estar livres de toda ansiedade e temor diante das
lutas da vida.
Oh, paz, tão doce paz! Oh,
consolo sem par! Oh, ventura sem igual!
Fonte: Hernandes Dias Lopes
Por Litrazini
Graça e Paz
Nenhum comentário:
Postar um comentário