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quarta-feira, 30 de junho de 2010

O Evangelho e as boas novas

“Mas que diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé, que pregamos. Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo; pois é com o coração que se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação. Porque a Escritura diz: Ninguém que nele crê será confundido”(Romanos 10.8-11).

Todos aqueles que crêem e declaram que Jesus morreu e ressuscitou para saldar a nova dívida contraída pelo pecado de Adão, serão salvos. Passarão da condição de mortos espiritualmente e serão vivificados não pela prática das boas obras (Efésios.2.9), mas apenas pelo sacrifício de Cristo, que sem pecado, se fez pecado em nosso lugar. Este evangelho que significa as boas novas deve ser contado por todos os novos filhos de Deus à todas as nações da terra.

A ilustração a seguir mostra em uma linguagem mais clara o sacrifício de Cristo.

Um dia um cristão moderno perguntou a uma cristã sincera, já muito idosa:

- A senhora tem medo de morrer?

- Eu não, eu não vou morrer.

O outro, duvidando do seu estado mental, mas desejoso de a ajudar disse-lhe:

- Porque seria então a senhora uma exceção à morte?

Perante o olhar perplexo de seu interlocutor, a bondosa senhora continuou:

- Parece que não me compreende, mas eu explico: quando Jesus Cristo foi crucificado, eu fui crucificada com Ele; quando Jesus morreu, eu morri com Ele; e quando ressuscitou, eu fui ressuscitada com Ele. Sou, pois uma filha de ressurreição. A morte já ficou para trás. Quando chegar a minha hora, apenas descansarei em Jesus. Eis, pois, o que é a morte para mim.(autor desconhecido).

Ela tinha razão. A morte, para quem crê em Jesus, não é a mesma coisa que para qualquer um que esteja ainda nos seus pecados. O cristão fiel, embora ausente do corpo, está presente com o Senhor, e espera, um descanso, junto d’Ele, o dia da ressurreição do corpo.

A vida eterna, que já possui pela fé, é a vida que o nosso Salvador, Jesus Cristo, nos adquiriu pela sua morte e ressurreição. Ele ressuscitou para nós!.

Por isso Jesus disse aos discípulos : “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado” (Marcos 16.15,16), comissionando o seu povo para divulgar as boas novas da salvação à toda humanidade.

Graça e Paz

terça-feira, 29 de junho de 2010

O Deus que além da solução, traz as bênçãos!

Amados, hoje eu estava refletindo sobre uma pequena história de um livro muito antigo, e vendo a aplicabilidade para nós, no nosso caminhar diário junto com o Senhor Jesus. O texto foi retirado do livro "O homem que calculava":

Poucas horas havia que viajávamos sem interrupção, quando nos ocorreu uma aventura digna de registro, na qual meu companheiro Beremiz, com grande talento, pôs em prática as suas habilidades de exímio algebrista.

Encontramos perto de um antigo refugio meio abandonado, três homens que discutiam acaloradamente ao pé de um lote de camelos. Por entre pragas e impropérios gritavam possessos, furiosos:

- Não pode ser!

- Isto é um roubo!

- Não aceito!

O inteligente Beremiz procurou informar-se do que se tratava.

- Somos irmãos – esclareceu o mais velho – e recebemos como herança esses 35 camelos. Segundo a vontade expressa de meu pai, devo receber a metade, o meu irmão Hamed Namir uma terça parte, e, ao Harim, o mais moço, deve tocar apenas a nona parte. Não sabemos, porém, como dividir dessa forma 35 camelos, e, a cada partilha proposta segue-se a recusa dos outros dois, pois a metade de 35 é 17 e meio. Como fazer a partilha se a terça e a nona parte de 35 também não são exatas?

- É muito simples – atalhou o Homem que Calculava. – Encarrego-me de fazer com justiça essa divisão, se permitirem que eu junte aos 35 camelos da herança este belo animal que em boa hora aqui nos trouxe!

Neste ponto, procurei intervir na questão:

- Não posso consentir em semelhante loucura! Como poderíamos concluir a viajem se ficássemos sem o camelo?

- Não te preocupes com o resultado, ó Bagdali! – replicou-me em voz baixa Beremiz – Sei muito bem o que estou fazendo. Cede-me o teu camelo e verás no fim a que conclusão quero chegar.

Tal foi o tom de segurança com que ele falou, que não tive dúvida em entregar-lhe o meu belo camelo que imediatamente foi reunido aos 35 ali presentes, para serem repartidos pelos três herdeiros.

- Vou, meus amigos – disse ele, dirigindo-se aos três irmãos -, fazer a divisão justa e exata dos camelos que são agora, como vêem em número de 36.

E, voltando-se para o mais velho dos irmãos, assim falou:

- Deverias receber meu amigo, a metade de 35, isto é, 17 e meio.

Receberás a metade de 36, portanto, 18. Nada tens a reclamar, pois é claro que saíste lucrando com esta divisão.

E, dirigindo-se ao segundo herdeiro, continuou:

- E tu, Hamed Namir, deverias receber um terço de 35, isto é 11 e pouco.

Vais receber um terço de 36, isto é 12. Não poderás protestar, pois tu também saíste com visível lucro na transação.

E disse por fim ao mais moço:

E tu jovem Harim Namir, segundo a vontade de teu pai, deverias receber uma nona parte de 35, isto é 3 e tanto. Vais receber uma nona parte de 36, isto é, o teu lucro foi igualmente notável. Só tens a agradecer-me pelo resultado!

E concluiu com a maior segurança e serenidade:

- Pela vantajosa divisão feita entre os irmãos Namir – partilha em que todos três saíram lucrando – couberam 18 camelos ao primeiro, 12 ao segundo e 4 ao terceiro, o que dá um resultado (18+12+4) de 34 camelos. Dos 36 camelos, sobram, portanto, dois.
Um pertence como sabem ao bagdáli, meu amigo e companheiro, outro toca por direito a mim, por ter resolvido a contento de todos o complicado problema da herança!

- Sois inteligente, ó Estrangeiro! – exclamou o mais velho dos três irmãos.

– Aceitamos a vossa partilha na certeza de que foi feita com justiça e equidade! E o astucioso Beremiz – o Homem que Calculava – tomou logo posse de um dos mais belos "jamales" do grupo e disse-me, entregando-me pela rédea o animal que me pertencia:

- Poderás agora, meu amigo, continuar a viajem no teu camelo manso e seguro! Tenho outro, especialmente para mim!

E continuamos nossa jornada para Bagdá.

Malba Tahan
[1]

Irmãos, assim também eu vejo que o agir do nosso Senhor Jesus Cristo. O mesmo Jesus que multiplicou os pães e os peixes por duas vezes. O mesmo Jesus que mandou Pedro lançar sua rede ao mar depois de uma noite sem pescar nada. O mesmo Jesus que mandou Pedro pescar um peixe e retirar dele uma moeda para pagar o imposto. E finalmente, o mesmo Jesus que disse em Mateus 19.28: "E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor de meu nome, RECEBERÁ CEM VEZES TANTO, e herdará a vida eterna.". Este é o mesmo Jesus que morreu por mim e por você, e nos disse para termos bom ânimo diante de situações como essa. E a solução ainda pode vir acompanhada de uma benção. É promessa Dele para quem o serve!

Então eu reflito, quantos de nós já não passou por problemas em que só a intervenção divina trouxe a solução? Quantos de nós que ao recebermos a intervenção divina, não recebemos junto uma benção à mais? E ainda, quantos de nós que estando envolvidos em nossos problemas não conseguimos entregar nas mãos daquele que tem a solução? Vamos lançar sobre Ele as nossas necessidades, confiantes que as respostas virão no tempo certo, da maneira certa e de forma que possamos glorificar o nome do nosso Senhor Jesus!

Que o seu dia seja cheio das bênçãos do Senhor.

II Timóteo 4.22

[1]Tahan, Malba(1895-1974) - O homem que calculava / Malba Tahan - Ed. Record, 2003.

sábado, 26 de junho de 2010

A Sede Satisfeita (de Max Lucado)

"MAMÃE, ESTOU COM MUITA SEDE. QUERO ÁGUA!"


Susanna Petroysan ouviu o pedido de sua filha, mas não podia fazer nada. Ela e sua filha de quatro anos, Gayaney, estavam debaixo de toneladas de aço e concreto. Ao seu lado, no escuro, estava o corpo da nora de Susanna, Karine, uma das 55 mil vítimas do pior terremoto na história da Armênia.


A calamidade nunca bate antes de entrar e, dessa vez, ela derrubou a porta.


Susanna tinha ido à casa de Karine provar um vestido. Era 7 de dezembro de 1988, 11h30 da manhã. O tremor de terra ocorreu às 11h41. Ela havia tirado o vestido e estava apenas de meias e anágua quando o quinto andar do edifício começou a tremer. Susanna agarrou sua filha e deu apenas alguns passos quando o piso se abriu e elas caíram. Susanna, Gayaney e Karine caíram no subsolo do prédio de nove andares, cercadas de escombros.


"Mamãe, eu estou com muita sede. Por favor, me dê alguma coisa para beber!"

Não havia nada que Susanna pudesse fazer.
Ela estava deitada debaixo dos escombros. Uma viga de concreto sobre sua cabeça e um cano d'água sobre os ombros a impediam de se levantar. Tateando no escuro, ela encontrou um pote de geléia que havia caído no porão. Ela deu toda a geléia para sua filha comer. Já havia passado o segundo dia.


"Mamãe estou com muita sede!"


Susanna sabia que ia morrer, mas queria pelo menos poder salvar sua filha. Encontrou um vestido, talvez fosse aquele que viera provar, e improvisou uma cama para Gayaney. Apesar de estar fazendo muito frio, ela tirou suas meias e as colocou sobre sua filha para aquecê-la.


As duas ficaram ali durante oito dias.


Por causa da escuridão Susanna perdeu a noção do tempo. Por causa do frio, perdeu a sensibilidade dos dedos das mãos e dos pés. Por causa dessa impossibilidade de se mover perdeu a esperança. "Eu estava apenas esperando a morte chegar!"


Ela começou a ter alucinações. Seus pensamentos vagueavam. De vez em quando um sono providencial a livrava dos horrores do sepultamento: o frio, a fome, ou, mais freqüentemente, a voz de sua filha.


"Mamãe, estou com sede."


Em algum ponto daquela noite eterna Susanna teve uma idéia. Ela se lembrou de um programa de televisão em que um explorador do Ártico estava morrendo de sede. Seu companheiro deu um corte profundo na mão e deu seu próprio sangue para ele beber.


"Eu não tinha água, nenhum suco de fruta, nenhum líquido. Foi aí que me lembrei que tinha meu próprio sangue!"


Tateando com os dedos dormentes de frio, encontrou um pedaço de vidro quebrado. Abriu com ele o dedo polegar da mão esquerda e o deu para sua filha chupar. As gotas de sangue não eram suficientes, "Por favor, mamãe, um pouco mais. Corte outro dedo." Susanna não se lembra de quantas vezes teve que se cortar. Ela sabe apenas que, se não houvesse feito isto antes, Gayaney teria morrido. Seu sangue era a única esperança de sua filha.


"Este cálice é o novo pacto em meu sangue", explicou Jesus, apontando para o vinho.[1]


Esta afirmação deve ter causado admiração aos apóstolos. Eles haviam aprendido a história do vinho da Páscoa. Ele simbolizava o sangue do cordeiro com que os israelitas, escravos do Egito no passado, haviam pintado os umbrais das portas de suas casas. Aquele sangue guardou seus lares da morte e salvou seus primogênitos. Ele os ajudou a se livrar do cativeiro egípcio.


Por muitas gerações, os judeus observaram a Páscoa, sacrificando um cordeiro. Todo ano o sangue era derramado, e todo ano o livramento era celebrado. A lei exigia o sangue de um cordeiro. Isto era suficiente. Era suficiente para cumprir as exigências da lei. Era bastante para atender ao mandamento. Era suficiente para atender à exigência da justiça de Deus. Mas não era suficiente para retirar o pecado.


"... porque é impossível que o sangue de touros e de bodes tire pecados."'[2]


Os sacrifícios podiam oferecer soluções temporárias, mas somente Deus pode oferecer solução eterna.


Assim Ele o fez.


Debaixo dos escombros de um mundo decaído, Ele feriu suas mãos. Nos destroços de uma humanidade Ele feriu o seu lado. Seus filhos estavam soterrados, então ele lhes deu seu próprio sangue. Era tudo o que ele tinha. Seus amigos tinham desaparecido. Suas forças estavam diminuindo. Seus bens haviam sido roubados. O próprio Pai lhe havia escondido o rosto. Seu sangue era tudo o que tinha. Mas seu sangue foi suficiente.


‘Se alguém tem sede, venha a mim e beba’[3]


Não é fácil admitir que temos sede. Fontes falsas aclamam nossa sede com goles açucarados de prazer. Mas chega o momento em que o prazer não satisfaz. Vem a hora tenebrosa da vida em que o mundo cai e somos soterrados nos escombros da realidade, chamuscados e moribundos.
Alguns preferem morrer a admitir que têm sede. Outros admitem e escapam da morte.


"Senhor, eu preciso de ajuda!"


Por isso os sedentos vêm. Somos um grupo de esfarrapados, unidos por sonhos irrealizados e promessas fracassadas. Riquezas que nunca acumulamos. Famílias que nunca construímos. Promessas que nunca cumprimos. Crianças de olhos arregalados soterradas no subsolo de nossos próprios fracassos. Estamos com muita sede. Não é sede de fama, riqueza, paixão ou romance. Já bebemos de tudo isto. São águas amargas no deserto. Elas não matam a sede - elas matam a nós.


"Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça..."


Justiça. Isto mesmo. É disto que temos sede. Temos sede de uma consciência tranqüila. Desejamos uma vida limpa. Queremos um novo começo. Pedimos que uma mão entre na escura caverna de nosso mundo e faça por nós uma coisa que não podemos fazer — tornar-nos retos novamente.[4]


"Mamãe, estou com sede", rogava Gayaney.


"Foi aí que me lembrei que tinha meu próprio sangue", explicou Susanna.


E, então, o dedo foi cortado, o sangue foi derramado e a criança foi salva.

"Deus, estou com sede", oramos.


"Isto é o meu sangue, o sangue do pacto, o qual é derramado por muitos para remissão dos pecados",[5] declara Jesus.


E sua mão foi ferida, o sangue derramado, e os filhos foram salvos.


1. Lucas 22.20


2. Hebreus 10.


3. João 7.37


4. "Não é suficiente meramente desjar a justiça, a não ser que tenhamos por ela uma fome irresistível..." (Jerônimo, citado em: Bruner, The Christbook, p. 142.)5. Mateus 26:28


Copyright © 1997 Editora United Press Ltda.Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, armazenada num sistema de arquivamento, ou retransmitido de qualquer forma, ou por qualquer meio eletrônico, mecânico, de fotocópia, ou gravação, exceto por breves citações em resenhas com a prévia permissão da editora.


[ Para mais meditações de Max Lucado visite o site
www.iluminalma.com]


10/05/06

quinta-feira, 24 de junho de 2010

O QUE AS TRAGÉDIAS DA NATUREZA PODEM NOS ENSINAR


Por Max Lucado

Quem teria imaginado que ouviríamos esta frase falada numa reportagem no rádio nos Estados Unidos: "Hoje, foram removidos aproximadamente 25,000 refugiados do Superdome em Nova Orleans para o Astrodome em Houston."

Há dias, nós assistimos os desdobramentos da tragédia em Mississippi e Louisiana e, se você for como eu, você lutou com sentimentos de choque e descrença … sentimentos que, ao longo dos últimos cinco anos, se tornaram familiares demais.

Mal entramos no novo milênio quando vimos torres desabando em Nova Iorque e aviões que colidiram com o Pentágono e os campos da Pennsylvania.

Nós vimos bombas cair em Bagdá e testemunhamos a terra antiga de Abraão se tornar uma zona de guerra para seus descendentes. Você pensaria que testemunhamos o bastante, entretanto veio o tsunami – uma onda devastadora que sugou a vida e inocência mar adentro.

E agora os frutos de Katrina. Uma cidade assentada em sete metros de água. Cidadãos se arrastando para os telhados e helicópteros pairando sobre os bairros. Equipes de resgate otimistas, saqueadores oportunistas, pessoas gratas, pessoas ressentidas, vimos de tudo.

E muitos viram isto de perto. Katrina chegou a San Antonio na forma de 12,500 desabrigados. Muitos de você estão conhecendo-os, alimentando-os, dando cheques, e trabalhando como voluntários. E você, como qualquer outro, tem razão em querer saber … O que está acontecendo aqui? 11 de Setembro, Iraque, tsunami, Katrina. E eu não mencionei nem pretendo minimizar os furacões Dennis e Ivan e Emily.

Jesus criticou os líderes da época dele por observar o tempo e ignorar os sinais: “Olhando o céu, vocês sabem como vai ser o tempo. E como é que não sabem explicar o que querem dizer os sinais da época?” Mateus 16:2-3 (NTLH).

O que devemos aprender de tudo isso? Será que Deus está nos enviando uma mensagem? Eu entendo que sim. E, eu penso que seria sábio de nossa parte prestarmos atenção. Há algumas lições espirituais que eu penso que Deus gostaria que nós aprendêssemos através desta tragédia. A primeira lição que nós vemos é…

I. A Natureza dos Bens: Temporário

Enquanto você escutou os desabrigados e sobreviventes, você prestou atenção nas palavras deles? Ninguém lamenta a perda de uma televisão com telão ou carrão submergido. Ninguém corre pelas ruas gritando, “Minha furadeira sem fio está perdida!” ou “Meus tacos de golfe foram levados pela correnteza.” Se eles lamentam, é por pessoas perdidas. Se eles se alegrarem, é por pessoas achadas.

Será que Jesus está nos lembrando que pessoas são mais importantes que posses? Numa nação onde nós temos mais shoppings que escolas secundárias, mais dívida que crédito, mais roupas para se vestir do que nós podemos de fato usar, estaria o Cristo dizendo:

“Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui.” (Lucas 12:15)?

Vemos um cassino navio inteiro puxado três quarteirões e colocado em cima de uma casa. Você vê carros de R$100,000 destruídos, que nunca mais serão dirigidos, escondidos nos escombros. E no fundo de nossas mentes nós ouvimos os ecos quietos de Jesus dizendo, “Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?” (Mateus 16:26).

Furacões furiosos e barragens quebradas têm um jeito de alavancar nosso dedos das coisas materiais que nós amamos. O que antes era precioso agora significa pouco; o que nós antes ignoramos agora é de significado eterno.

Um amigo e eu participamos de um culto de adoração na Igreja Batista Antioch domingo à noite passado. Vários líderes afro-Americanos tinham organizado uma reunião para orar pelos desabrigados que chegaram em San Antonio. Muitos deles sentaram nas filas dianteiras… vestidos com toda a roupa que eles possuíam: camisetas, calças jeans. Os rostos deles estavam cansados daquela semana. Mas quando a música iniciou e a adoração começou, eles ficaram de pé e cantaram com lágrimas nos olhos.

Eles eram ricos. Você é rico assim? Se todas as suas posses fossem levadas pela enchente, você poderia ainda adorar? Você ainda adoraria? Se não, você está segurando as coisas demais.

“Aos que têm riquezas neste mundo ordene que não sejam orgulhosos e que não ponham a sua esperança nessas riquezas, pois elas não dão segurança nenhuma. Que eles ponham a sua esperança em Deus, que nos dá todas as coisas em grande quantidade, para o nosso prazer! Mande que façam o bem, que sejam ricos em boas ações, que sejam generosos e estejam prontos para repartir com os outros aquilo que eles têm. Desse modo eles juntarão para si mesmos um tesouro que será uma base firme para o futuro. E assim conseguirão receber a vida, a verdadeira vida.” (1 Timóteo 6:17-19 NTLH).

Através de Katrina, Cristo nos fala: bens não importam; o importante são pessoas. Entenda a natureza dos bens materiais. Esteja igualmente ciente sobre:

II. A Natureza das Pessoas: Pecadores e Santos

Nós vemos os servos mais incríveis e histórias de abnegação e sacrifício. Nós vemos as pessoas dos conjuntos habitacionais salvando seus vizinhos, nós vemos funcionários públicos arriscando suas vidas por pessoas que nunca viram antes. Eu e minha esposa Denalyn visitamos um abrigo supervisionado por um de nossos vizinhos aqui em San Antonio. Conhecemos uma família de uns vinte primos e irmãos. Uma menina de seis ano contou para Denalyn sobre o homem de helicóptero que a salvou de uma varanda do terceiro andar e a levou para um lugar seguro.

Aquela criança nunca saberá quem é aquele homem. Ele nunca buscará qualquer aplauso. Ele salvou a vida dela… tudo no trabalho diário dele. Nós vimos a humanidade no seu auge. E nós vimos a humanidade no seu pior. Pilhando. Brigando. Ouvimos histórias de estupros e roubos. Alguém disse, “Os céus declaram a glória de Deus mas as ruas declaram a pecaminosidade do homem. ”As reportagens de Nova Orleans confirmaram a veracidade daquele ditado. Você pode imaginar não conseguindo dormir no abrigo do Superdome por temer que alguém poderia tentar estuprar sua filha se ela fosse para o sanitário no meio da noite?

Somos pessoas tanto de dignidade como de depravação. O furacão tirou mais que telhados; tirou a máscara da natureza humana. O problema principal no mundo não é a Mãe Natureza, mas, a natureza humana. Tire as barricadas policiais, abaixe as cercas, e o verdadeiro eu é revelado. No íntimo, somos selvagens.

Nós nascemos com uma única mentalidade “eu primeiro”. Você não tem que ensinar para seus filhos a discutirem. Eles não têm que ser treinados para exigir seus direitos. Você não tem que mostrar para eles como se espernearem ou fazer bico, é a natureza deles… de fato, é a natureza de todos nós agir assim.

“Todos nós éramos como ovelhas que se haviam perdido; cada um de nós seguia o seu próprio caminho” (Isaías 53:6 NTLH).

A palavra escolhida por Deus para nossa condição caída é pecado. O pecado celebra o “Eu”. À mercê dos nossos próprios desejos, enveredamos por uma vida descontrolada de “… fazendo o que o nosso corpo e a nossa mente queriam” (Efésios 2:3 NTLH).

Você não tem que ir para o Nova Orleans para ver o caos. Por causa de pecado, o marido ignora a esposa dele, os homens adultos seduzem os jovens. Os jovens tiram vantagem dos idosos. Quando você faz o que você quer e eu faço o que eu quero, a humanidade e civilidade implodem.

E quando os Katrinas da vida chegam, nossa verdadeira natureza é revelada e nossa necessidade mais profunda é desvelada: uma necessidade mais profunda que comida, mais permanente que diques firmes. Nós precisamos não de um sistema novo, mas de uma natureza nova. Nós precisamos ser mudados de dentro para fora. O qual nos leva à terceira mensagem de Katrina:

III. A Natureza da Graça de Deus: De Dentro Para Fora

Muito debate revolve em torno do futuro de Nova Orleans. A cidade será restabelecida? Consertada? Quanto tempo levará? Quem pagará por isto? Uma coisa é certa: alguém tem que limpá-la.

Ninguém está sugerindo o contrário. Todo mundo sabe, alguém tem que entrar e limpar a sujeira. Isso é o que Deus oferece fazer conosco. Ele entra em vidas inundadas pelo pecado e lava o que não serve mais. Paulo refletiu sobre a conversão dele mesmo e escreveu: “ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo” (Tito 3:5 ARA). Nossos pecados não têm nenhuma chance contra as mangueiras de incêndio da graça de Deus.

Mas ele faz mais que nos limpar; ele nos reconstrói. Na forma do seu Espírito Santo, Deus se instala e começa um projeto de renovação completa. “E agora, que a glória seja dada a Deus, o qual, por meio do seu poder que age em nós, pode fazer muito mais do que nós pedimos ou até pensamos!” (Efésios 3:20 NTLH).

E o que nós só podemos sonhar em fazer em Nova Orleans, Deus já fez com alma após alma, e ele fará assim com você, se você deixar.

As histórias mais perturbadoras da última semana são daqueles que recusaram salvamento. Aqueles que passaram suas horas finais acuados em sótãos e quartos lamentando a escolha que fizeram. Eles poderiam ter sido salvos. Eles poderiam ter saído… mas eles escolheram ficar. Muitos pagaram um preço permanente.

Você não tem que pagar aquele preço. O que resgatadores fizeram por pessoas na costa do Golfo do México, Deus fará para você. Ele entrou em seu mundo. Ele lançou uma corda em sua vida submergida em pecado. Ele salvará. Você simplesmente precisa fazer o que aquela menina fez: deixe Ele tirar você.

Eu mencionei minha visita à Igreja Batista Antioch na noite de domingo passado. O pregador local, pastor L. A. Williams deu uma mensagem no seguinte versículo: “Porém Noé achou graça diante do SENHOR.” (Gen. 6:8).

O pastor nos ajudou a ver todas as coisas que Noé não pôde achar por causa do dilúvio. Ele não pôde achar o bairro dele. Ele não pôde achar a casa dele. Ele não pôde achar os confortos de casa ou as pessoas da rua dele – Muita coisa ele não pôde achar. Mas o que ele poderia achar fez toda a diferença. Noé achou graça aos olhos de Deus.

Noé achou graça aos olhos de Deus. Se você tiver tudo, e nada de graça, você tem nada. Se você tiver nada, mas tiver a graça, você tem tudo.

Você encontrou a graça? Se não, eu quero lhe convencer a fazer o que aquela menina nos contou que ela fez. Quando o resgatador apareceu na varanda dela, ela o agarrou, fechou seus olhos, e segurou. É só isso que você precisa fazer. E se você nunca fez, mas gostaria de fazer, eu quero lhe persuadir a buscar a mão do seu resgatador, Jesus Cristo.

Seu Redentor vive, também. Este furacão foi o instrumento dele para conseguir sua atenção. Confie nEle enquanto você ainda pode.

Mensagem especial pregada em 10 de novembro de 2005, na Igreja de Oak Hills em San Antonio (Texas, USA). Título original: "O que o Katrina pode nos ensinar". Site oficial de Max Lucado: https://maxlucado.com/

Reflexões Evangélicas

Reflexões Evangélicas
Você é sempre uma pessoa bem-vinda.