Jesus foi por toda a Galiléia, ensinando
nas sinagogas deles, pregando as boas novas do Reino e curando todas as
enfermidades e doenças entre o povo. Mateus 4.23
Os
autores dos Evangelhos descrevem o ministério de Jesus como sendo triplo:
ensino, pregação e cura. O ensino e a pregação não são difíceis de entender ou
imitar. Mas como devemos compreender o ministério de cura?
Talvez
possamos começar afirmando a excelência da criação de Deus. Isso para dizer que
a doença não era parte da intenção original de Deus para o mundo, nem tampouco
será parte de seu propósito final.
No
novo universo não haverá doença, nem dor, nem morte, nem lágrimas (Ap 21.4).
Como
a enfermidade e a morte são intrusos estranhos no mundo bom de Deus, médicos e
enfermeiros estão certos em declarar guerra contra eles.
Além
disso, toda cura é divina, uma vez que Deus colocou no coração humano processos
terapêuticos extraordinários. Por exemplo, tão logo uma infecção aparece,
anticorpos são criados para combatê-la. É essa convicção que levou Ambroise
Paré, o médico huguenote, a dizer: “Eu vesti a ferida, mas Deus a curou”. As
palavras estão inscritas na parede da École de Médicine em Paris.
Os
Evangelhos deixam claro, no entanto, que o ministério de cura de Jesus
pertenceu a uma ordem diferente. Assim como transformar água em vinho,
multiplicar pães e peixes, e andar sobre as águas, as curas de Jesus foram
demonstrações sobrenaturais do reino de Deus.
Ao
tentar entendê-las, seremos sábios em evitar extremos opostos.
Por
um lado, seria absurdo colocar o Criador em uma camisa de força e declarar que
milagres não podem acontecer e não acontecem.
Por
outro lado, não temos liberdade de dizer (como alguns dizem) que fazer milagres
é normal na vida cristã.
Seja
como for que venhamos a defini-los, milagres certamente pertencem não à ordem
natural, mas à ordem sobrenatural das coisas.
Se
afirmamos ser capazes de curar os enfermos como Jesus, precisamos nos lembrar
de que ele curou sem uso de meios médicos nem cirúrgicos, sem demora, sem
diploma e sem moderação, mas imediata, completa e permanentemente, e que mesmo
testemunhas oculares que lhe eram hostis disseram: “Não podemos negar” (At 4.16).
Leitura recomendada: Atos 4.8-16: Então Pedro, cheio do Espírito Santo, lhes
disse: Principais do povo, e vós, anciãos de Israel, Visto que hoje somos
interrogados acerca do benefício feito a um homem enfermo, e do modo como foi
curado, Seja conhecido de vós todos, e de todo o povo de Israel, que em nome de
Jesus Cristo, o Nazareno, aquele a quem vós crucificastes e a quem Deus
ressuscitou dentre os mortos, em nome desse é que este está são diante de vós.
Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por
cabeça de esquina. E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu
nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.
Então eles, vendo a ousadia de Pedro e João, e informados de que eram
homens sem letras e indoutos, maravilharam-se e reconheceram que eles haviam
estado com Jesus. E, vendo estar com eles o homem que fora curado, nada tinham
que dizer em contrário. Todavia, mandando-os sair fora do conselho,
conferenciaram entre si, Dizendo: Que havemos de fazer a estes homens? porque a
todos os que habitam em Jerusalém é manifesto que por eles foi feito um sinal
notório, e não o podemos negar;
Retirado
de A Bíblia Toda, O Ano Todo (Editora Ultimato, 2007)
Por Lidiomar
Graça e Paz
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