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sábado, 11 de junho de 2011

O ministério de cura


Jesus foi por toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas deles, pregando as boas novas do Reino e curando todas as enfermidades e doenças entre o povo. Mateus 4.23

Os autores dos Evangelhos descrevem o ministério de Jesus como sendo triplo: ensino, pregação e cura. O ensino e a pregação não são difíceis de entender ou imitar. Mas como devemos compreender o ministério de cura?

Talvez possamos começar afirmando a excelência da criação de Deus. Isso para dizer que a doença não era parte da intenção original de Deus para o mundo, nem tampouco será parte de seu propósito final.

No novo universo não haverá doença, nem dor, nem morte, nem lágrimas (Ap 21.4).

Como a enfermidade e a morte são intrusos estranhos no mundo bom de Deus, médicos e enfermeiros estão certos em declarar guerra contra eles.

Além disso, toda cura é divina, uma vez que Deus colocou no coração humano processos terapêuticos extraordinários. Por exemplo, tão logo uma infecção aparece, anticorpos são criados para combatê-la. É essa convicção que levou Ambroise Paré, o médico huguenote, a dizer: “Eu vesti a ferida, mas Deus a curou”. As palavras estão inscritas na parede da École de Médicine em Paris.

Os Evangelhos deixam claro, no entanto, que o ministério de cura de Jesus pertenceu a uma ordem diferente. Assim como transformar água em vinho, multiplicar pães e peixes, e andar sobre as águas, as curas de Jesus foram demonstrações sobrenaturais do reino de Deus.

Ao tentar entendê-las, seremos sábios em evitar extremos opostos.

Por um lado, seria absurdo colocar o Criador em uma camisa de força e declarar que milagres não podem acontecer e não acontecem.

Por outro lado, não temos liberdade de dizer (como alguns dizem) que fazer milagres é normal na vida cristã.

Seja como for que venhamos a defini-los, milagres certamente pertencem não à ordem natural, mas à ordem sobrenatural das coisas.

Se afirmamos ser capazes de curar os enfermos como Jesus, precisamos nos lembrar de que ele curou sem uso de meios médicos nem cirúrgicos, sem demora, sem diploma e sem moderação, mas imediata, completa e permanentemente, e que mesmo testemunhas oculares que lhe eram hostis disseram: “Não podemos negar” (At 4.16).

Leitura recomendada: Atos 4.8-16:  Então Pedro, cheio do Espírito Santo, lhes disse: Principais do povo, e vós, anciãos de Israel, Visto que hoje somos interrogados acerca do benefício feito a um homem enfermo, e do modo como foi curado, Seja conhecido de vós todos, e de todo o povo de Israel, que em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, aquele a quem vós crucificastes e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, em nome desse é que este está são diante de vós. Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina. E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.

Então eles, vendo a ousadia de Pedro e João, e informados de que eram homens sem letras e indoutos, maravilharam-se e reconheceram que eles haviam estado com Jesus. E, vendo estar com eles o homem que fora curado, nada tinham que dizer em contrário. Todavia, mandando-os sair fora do conselho, conferenciaram entre si, Dizendo: Que havemos de fazer a estes homens? porque a todos os que habitam em Jerusalém é manifesto que por eles foi feito um sinal notório, e não o podemos negar;

Retirado de A Bíblia Toda, O Ano Todo (Editora Ultimato, 2007)

Por Lidiomar

Graça e Paz


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