O
rei Uzias se envaideceu e entrou no templo para queimar incenso no altar do
Senhor, o que não lhe competia fazer. Então o sacerdote Azarias entrou depois
dele, com oitenta outros sacerdotes, “homens da maior firmeza”, e resistiram ao
rei” (2 Cr 26.16-18).
A expressão “homens da maior firmeza” é muito
significativa. Não eram homens comuns, sem certezas, sem coragem, sem lastro.
Eram homens especiais, dispostos a enfrentar a autoridade do Estado.
Sem firmeza, ninguém
suporta a provocação, a provação e a tentação.
Sem firmeza, ninguém
suporta certos lugares, certos acontecimentos, certas circunstâncias.
Sem firmeza, ninguém
suporta o vazio, a solidão e a saudade.
Sem firmeza, ninguém
suporta o imprevisto, o revés e a ruína.
Sem firmeza, ninguém
suporta a tristeza, o estresse e a depressão.
Sem firmeza, ninguém
suporta a dor, a doença e a morte.
Sem firmeza, ninguém
suporta a pressão da carne, o curso deste mundo e a opressão das potestades do
ar.
Sem firmeza, ninguém
suporta a indiferença alheia, o desamor e o ódio.
Sem firmeza, ninguém
suporta a crise da adolescência, a crise da meia-idade e a crise da terceira
idade.
Sem firmeza, ninguém
suporta o que é difícil, o que é complexo e o que é arriscado.
Sem firmeza, ninguém
suporta a distância, a demora e a incomunicabilidade.
A falta de firmeza explica
o abandono da fé, do entusiasmo, da esperança, do compromisso cristão.
A falta de firmeza explica
o desânimo, o medo, a indecisão, a precipitação.
A falta de firmeza explica
a decepção, o fracasso, a fuga, o escândalo.
Homens da maior firmeza são
aqueles que fecham a boca de leões, que extinguem a violência do fogo, que da
fraqueza tiram força, que põem em fuga exércitos de estrangeiros.
Homens da maior firmeza são
aqueles que saem de sua terra e de sua parentela para uma terra desconhecida em
obediência ao Senhor.
Homens da maior
firmeza são aqueles que dizem não à mulher de Potifar.
.
Homens da maior
firmeza são aqueles que preferem ser maltratados junto com o povo de Deus a
usufruir prazeres transitórios do pecado, pois contemplam o galardão (Hb 11).
Daí a exortação: “Sede firmes, inabaláveis e sempre
abundantes na obra do Senhor” (1 Co 15.58).
Retirado de Pastorais para
o Terceiro Milênio (Editora Ultimato 2000)
Por Litrazini
Graça e Paz
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