Em
todas as cidades há muitos crentes solitários, tremendo de frio espiritual,
agachando-se para evitar os que lhe desejam fazer bem. São pessoas feridas em
seu espírito, surradas verbalmente desta ou daquela maneira pelos irmãos da fé.
Veem-se indignas diante de Deus, e temem partilhar sua vida com outro ser
humano, pois seriam condenadas e rejeitadas.
Isaías
viu com perfeição o coração de Jesus, e o que ele viria fazer. Resumiu o
caráter e o ministério de Jesus no capítulo 42:3 de sua profecia: “Não esmagará a cana quebrada, nem apagará
a torcida que fumega...”. Os fariseus descartavam-se das pessoas que haviam
falhado na vida, mas Jesus restaurava aquelas canas esmagadas, transformando-as
em instrumentos musicais que tocavam seu cântico da graça.
A
nossa aceitação diante de Deus e da igreja não depende do nosso desempenho e do
nosso comportamento.; mas sim do amor ÁGAPE
de Deus.Ele está levando-nos a ver que o modo de caminhar ao seu lado
não é mediante uma lista de regras impostas de fora, mas mediante a vida
interior e os apelos do Espírito Santo.
Não
havia perdão na lei de Moisés para o adultério, nem para o assassinato, de modo
que a lei o condenava sem misericórdia. O povo espalhava intrigas, dizendo que
Deus o havia posto fora.
Entretanto,
Davi enxergava além de todas as condenações, viu Deus, e ousou crer que o Senhor o amava infinita e
eternamente. Foi esse o amor que Davi apelou ao escrever: “Compadece-te de mim,
ó Deus, segundo a tua benignidade e, segundo a multidão das tuas misericórdias,
apaga as minhas transgressões.” (Sl 51:1).
No
versículo 11: “Não me repulses da tua
presença, nem me retires o teu Santo Espírito.” Davi sabia que Deus não o
tinha jogado fora, e que o Espírito Santo ainda estava nele. Não importava o
que as pessoas diziam: Davi descansava naquele Deus cujo amor não o lançara
fora.
Você
está magoado, solitário, cheio de sentimentos de culpa?
Você
precisa entender que falhou, mas tendo falhado, que Deus diz que o aceita e o
ama. Antes de a graça de Deus transformar nossos erros em forças, é preciso que
respondamos através do arrependimento e a fé.
O
arrependimento é simplesmente a mudança de nossa mente a nosso respeito, e de
nossas ações. Significa que admitimos a Deus que estamos errados, e voltamo-nos
a ele. Se escolhermos o caminho do pecado, recusando-nos a reconhecer o pecado,
não podemos esperar a redenção dos nossos fracassos, mas apenas uma composição
de desespero.
A
fé reage ao amor de Deus e seu perdão, que nos pertencem, na obra redentora de
Jesus, quando ele morreu e ressuscitou. Fora de Cristo só existe desespero por
causa do fracasso.
O
cristão contempla suas derrotas e erros, e volta-se para o perdão total de Deus
e para a obra redentora de Cristo, que agora mora dentro dele. A fé ousa
afirmar que Deus transforma os buracos negros de nossa vida nos alicerces de
seu edifício mais lindo.
Cristo
não vive e não se expressa no mundo de desejos e sonhos, mas em nossa história
real, presente. Nossos erros e fracassos não o expulsam! Ele transforma todas
as coisas negativas da vida em expressões de resposta positiva dele mesmo. Ele
não diz: “Que teria acontecido se...” mas pergunta: “Que faremos agora?”.
O
evangelho não é apenas mensagem de perdão, mas de esperança, de que Deus
transformará o pior no melhor. Diz-nos o evangelho que Deus agora está operando
em nossa situação, como somos, onde estamos, a fim de dar glória ao seu nome.
Deus
não se mostra indulgente para o pecado, e tampouco interrompe seu plano,
reclamando: “Ah! Se ele houvesse visto onde eu queria chegar!”. “Rendei Graças ao Senhor, porque a sua
misericórdia dura para sempre” (2 Cr. 20.21)
Transcrito
por Litrazini
Graça e Paz
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