A tristeza
é um sentimento que responde a estímulos internos e externos; é uma resposta
natural a frustrações e a situações de perda. A tristeza é uma resposta que faz
parte de nossa forma de ser e estar no mundo. Ninguém recebe somente notícias
boas o tempo todo.
Na vida,
não há como fugir da tristeza. Portanto, não leve tão a sério os comerciais, em
que tudo parece sempre imutavelmente lindo, alegre, perfeito… Tão perfeito que
até os cachorros parecem sorrir o tempo inteiro.
E não é
apenas na mídia que se vê uma busca pela perfeição e pela felicidade imediata e
eterna. Vivemos em uma época na qual a felicidade constante é uma obsessão de
todos. Muitas pessoas hoje vivem buscando a felicidade, sem se darem conta de
que a tristeza faz parte da vida, e, quando passam por momentos de dor e
frustração, sentem-se até culpadas, estranhas, diferentes das outras.
A
obrigação de ser feliz o tempo todo está virando uma obsessão para muitos, a
ponto de gerar angústia, porque as pessoas que só pensam em ser felizes o tempo
todo sofrem muito mais, distanciam-se das pequenas alegrias da vida e não
amadurecem, porque, como observou o psicólogo americano Martin Seligman, a
tristeza é um dos raros momentos que nos permitem reflexão; voltar o olhar para
nós mesmos e conhecer-nos melhor, saber o que queremos, do que gostamos, o que
está errado. E somente com essa clareza de dados podemos buscar as atividades
que nos dão prazer, que nos fazem felizes.
A tristeza
com relação a algum fato nos leva a pensar sobre ele e a buscar soluções, ou
seja, a tristeza é um mecanismo psíquico que nos dá condições de reflexão sobre
nós mesmos inclusive para evitar a repetição do erro.

Assim como
a dor e o medo, a tristeza nos ajuda a sobreviver, porque, se não sentíssemos
medo, poderíamos atravessar uma rua sem olhar o sinal; se não tivéssemos dor,
como o organismo poderia avisar-nos de que algo não vai bem? Se não
estivéssemos tristes, como perceberíamos que nos comportamos/relacionamos mal
ou fizemos escolhas erradas?
Enfim, a
tristeza é saudável quando é um sentimento passageiro e leva-nos à reflexão. Mas,
para que não se torne um estado mórbido de melancolia, você deve vivenciar e
expressar a sua tristeza por meio da fala. Por isto, na Bíblia, somos
incentivados a orar, a falar com Deus e contar-lhe tudo que pensamos, sentimos
e desejamos. Em especial no livro de Salmos, vemos vários “desabafos” do rei Davi (ver Sl 42).
O apóstolo
Paulo nos revelou que, em muitos momentos de dificuldades em sua vida, quando a
tristeza invadia o seu ser, ele procurava a ajuda de Deus, e o Senhor o
consolava com a companhia e o carinho dos amigos e irmãos em Cristo:
Porque, mesmo quando chegamos à macedônia, a
nossa carne não teve repouso algum; antes em tudo fomos atribulados: por fora
combates, temores por dentro.[...] Agora folgo, não porque fostes contristados,
mas porque fostes contristados para arrependimento; pois fostes contristados
segundo Deus; de maneira que por nós não padecestes dano em coisa alguma. Porque
a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém
se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte. (2 Co. 7:5-10)
Julguei, contudo, necessário mandar-vos
Epafrodito, meu irmão e cooperador, e companheiro nos combates, e vosso enviado
para prover às minhas necessidades. (Filipenses 2:25)
Então,
compartilhe sua tristeza com um amigo de confiança. Não fique sofrendo calado,
isto não lhe fará bem.
Abra o seu
coração e conte para Jesus qual é a sua dor; ore, clame, peça ajuda a Ele; mas
converse com outra pessoa de sua confiança sobre aquilo que o incomoda, e você
será beneficiado.
Extraído
da Bíblia Sagrada com Orientações de Saúde Física, Emocional e Espiritual.
Por
Litrazini:
Graça e
Paz
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