“AI DE VÓS, escribas e
fariseus hipócritas! Fechais aos homens o Reino dos céus; e nem vós entrais,
nem deixais entrar aos que estão entrando; Devorais as casas das viúvas, sob
pretexto de prolongadas orações... Percorreis o mar e a terra para fazer um
prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes
mais que vós; ai de vós condutores cegos. Sois semelhantes aos sepulcros
caiados, que por fora realmente parecem formosos. Mas interiormente estão
cheios de ossos de mortos e de toda imundícia. Pareceis justos aos homens, mas
interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade. Serpentes, raça de
víboras! Como escapareis da condenação do inferno?” (Mt 23.13-39).
AS
PALAVRAS DE JESUS no capítulo 23 se constituem na sua mais severa denúncia
contra os líderes religiosos e falsos mestres que rejeitavam em parte a Palavra
de Deus, substituindo a revelação divina por suas próprias ideias e
interpretações (vv.23,28; Mt 15.3; 6-9; Mc 7.6-9).
(1) Notemos a posição de
Jesus. Não é a
posição tolerante e liberal dos acomodados que não compartilham do clamor do
coração do Senhor, por fidelidade à Palavra de Deus. Cristo não era um pregador
tímido, a tolerar o pecado. Ele foi em tudo fiel à sua comissão de combater o
mal (cf. Mt 21.12,13; Jo 2.13-16) e denunciar o pecado e a corrupção entre os
importantes (vv 23, 25).
(2) O amor de Jesus
pelas Escrituras inspiradas do seu Pai, bem como pelos que estavam sendo
arruinados pela distorção delas (cf.
Mt 15.2,3; 18.6,7; 23.13,15), era tão grande que o levou a usar palavras tais
como “hipócritas” (v.15), “filho do inferno” (v.15), “condutores cegos” (v.16), “insensatos” (v.17), “cheios de rapina e iniquidade” (v.28),
“serpentes” (v.33), “raça de víboras” (v.33) e assassinos (v.34).
(3) Estas palavras,
embora severas e condenatórias, foram ditas com profunda dor (v.37), por aquele que morreu pelas pessoas a
quem elas foram dirigidas (cf. Jo 3.16; Rm 5.6,8).
(4) Jesus descreve o
caráter dos falsos mestres e pregadores como os dos ministros que buscam
popularidade, importância e atenção das pessoas (v.51), que amam honrarias (v.6) e títulos
(v. 7), e que, com o evangelho distorcido que pregam, impedem as pessoas de
entrar no céu (v.13).
São
religiosos profissionais que, na aparência, são espirituais e santos, mas que,
na realidade, são iníquos (vv.14.25-27). Falam bem dos líderes espirituais
piedosos do passado, mas não seguem as suas práticas, nem a sua dedicação a
Deus e à sua Palavra e justiça (vv.29,30).
(5) A Bíblia ordena aos
crentes a se acautelarem desses falsos dirigentes religiosos (Mt 7.15; 24.11); a considerá-los incrédulos e
malditos e a não dar apoio ao seu ministério e a não ter comunhão com eles (2
Jo 9-11).
(6) Cristão que, em nome
do amor, da tolerância, ou da união, não procedem nesses casos como Jesus,
quanto aos que corrompem os ensinos de Cristo e das escrituras (Mt 7.15; 2 Jo 9; Gl 1.6,7),
participam das más ações dos falsos profetas e mestres (2 Jo 10.11).
(7) Jesus continua seu
discurso a respeito dos líderes e ministros religiosos dos seus dias, cuja
conduta pública parecia reta, mas cujos corações estavam cheios de hipocrisia,
soberba, cobiça e iniquidade.
Eram
semelhantes aos sepulcros caiados: belos e atraentes por fora, mas com imundícia
e corrupção ocultas interiormente.
Bíblia
de Estudo Pentecostal
Por
Litrazini:
Graça
e Paz
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