A
crucificação foi a terceira. (Não, eu não pulei a segunda. Nós chegaremos nela
em um instante).
Apesar
de suas costas estarem marcadas pelas feridas, os soldados colocaram a viga da
cruz nos ombros de Jesus, o escoltaram ao Lugar da Caveira e o
executaram.
Nós não culpamos os soldados por estas duas ações. Afinal, eles estavam apenas cumprindo ordens. Mas o que é difícil de entender é o que eles fizeram entre elas. Aqui está a narração de Mateus:
"Então
Pilatos soltou-lhes Barrabás, mandou açoitar Jesus e o entregou para ser
crucificado. Então, os soldados do governador levaram Jesus ao Pretório e
reuniram toda a tropa ao seu redor. Tiraram-lhe as vestes e puseram nele um
manto vermelho; fizeram uma coroa de espinhos e a colocaram em sua cabeça.
Puseram uma vara em sua mão direita e, ajoelhando-se diante dele, zombavam:
“Salve, rei dos judeus!” Cuspiram nele e, tirando-lhe a vara, batiam-lhe com ela
na cabeça. Depois de terem zombado dele, tiraram-lhe o manto e vestiram-lhe suas
próprias roupas. Então o levaram para crucificá-lo" (Mateus
27.26-31).
A
tarefa dos soldados era simples: levar o Nazareno ao monte e matá-lo. Mas eles
tiveram outra ideia. Eles quiseram um pouco de diversão primeiro. Soldados
fortes, descansados e armados cercaram um carpinteiro Galileu exausto e quase
morto e bateram nele. O açoite foi ordenado. A crucificação foi determinada. Mas
quem teria prazer em cuspir em um homem quase
morto?
O cuspe
não tem a intenção de machucar o corpo - ele não pode. O cuspe tem a intenção de
degradar a alma, e ele o faz. O que os soldados estavam fazendo? Eles não
estavam exaltando a si mesmos à custa de outro? Eles se sentiam grandes fazendo
Cristo parecer pequeno.
Permita
que o cuspe dos soldados simbolize a sujeira nos nossos corações. E então
observe o que Jesus faz com a nossa sujeira. Ele a carrega para a
cruz.
Através do profeta ele disse, “Não escondi a face da zombaria e dos cuspes” (Isaias 50.6). Misturada com o seu sangue e com o seu suor estava a essência do nosso pecado.
Deus
poderia ter resolvido de outra maneira. No plano de Deus, foi oferecido vinagre
para a garganta de Jesus, então por que não uma toalha para o seu rosto? Simão
carregou a cruz de Jesus, mas ele não limpou o rosto de Jesus. Os anjos estavam
a uma oração de distância. Eles não poderiam ter evitado o
cuspe?
Eles poderiam,
mas Jesus nunca ordenou que eles o fizessem. Por alguma razão, Aquele que
escolheu os cravos também escolheu a saliva. Junto com a lança e com a esponja
do homem, ele tolerou o cuspe do homem.
Aquele sem pecado assumiu o semblante de um pecador para que nós pecadores pudéssemos assumir o semblante de um santo.
Autor:
Max Lucado / Tradução: Cynthia Rosa de Andrade Marques
Almeida.
A Graça e a Paz do Senhor Jesus Cristo,
Moacir Neto
A Graça e a Paz do Senhor Jesus Cristo,
Moacir Neto
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