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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

A parábola do bom samaritano


Ame o seu próximo como a si mesmo. Lucas 10.27

Essa parábola tem sido mundialmente admirada e interpretada de várias formas. Por exemplo, muitos comentaristas antigos e modernos, dentre os mais famosos Agostinho, consideram-na uma alegoria de nossa redenção. O bom samaritano é Jesus Cristo, nosso Redentor, que nos encontra praticamente mortos, cuida de nossas feridas, nos entrega à igreja (a hospedaria), dá ao hospedeiro duas moedas de prata (os sacramentos) e promete retornar.

É uma interpretação engenhosa, mas podemos ao menos ver o bom samaritano como um retrato do amor redentor. Não temos liberdade, no entanto, de fazer alegoria de cada detalhe da história.

A palavra, contudo, lança luz sobre aquilo que significa “amar nosso próximo”.

Primeiro, essa parábola é uma ilustração do amor.
Por meio de negativas, Moisés dá exemplos do que não fazemos se amamos verdadeiramente o nosso próximo — não negligenciamos os pobres; não exploramos trabalhadores; não prejudicamos surdos nem cegos; não pervertemos a justiça; não usamos falsos pesos e medidas nos negócios; não damos lugar a ressentimento nem nos vingamos; pois tudo isso é incompatível com “ame cada um o seu próximo” (Lv 19.18).

Positivamente, devemos buscar ao máximo o bem-estar do nosso próximo.

Segundo, essa parábola dá uma definição de quem seja o próximo.
De todas as pessoas improváveis, um samaritano foi quem veio resgatar a vítima dos ladrões. Samaritanos eram odiados pelos judeus, pois estes os consideravam mestiços raciais e religiosos. No entanto, eis ali um samaritano fazendo por um judeu aquilo que nenhum judeu sonharia em fazer a um samaritano.

O verdadeiro amor ao próximo é mútuo. Ele define tanto quem é o nosso próximo a quem devemos servir, quanto o que significa para ele sermos o seu próximo.

Embora quase não haja mais samaritanos no mundo hoje, existem muitas pessoas que podemos ser tentados a desprezar e rejeitar. Estou pensando em pessoas de outra raça, cor ou cultura; ou pessoas de outra fé, tais como os muçulmanos.

A parábola de Jesus nos desafia a superar todos os preconceitos raciais, sociais, sexuais e religiosos. Não estou sugerindo que comprometamos nossa moral e nossas crenças cristãs, mas que não permitamos que elas nos impeçam de praticar um amor ativo pelo nosso próximo. Isso é o que “vá e faça o mesmo” (v. 37) irá significar para nós.

E eis que se levantou um certo doutor da lei, tentando-o, e dizendo: Mestre, que farei para herdar a vida eterna? E ele lhe disse: Que está escrito na lei? Como lês? E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo. E disse-lhe: Respondeste bem; faze isso, e viverás. Ele, porém, querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: E quem é o meu próximo? E, respondendo Jesus, disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram, e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto.
E, ocasionalmente descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo. E de igual modo também um levita, chegando àquele lugar, e, vendo-o, passou de largo. Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão; E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele; E, partindo no outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que de mais gastares eu to pagarei quando voltar. Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores? E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai, e faze da mesma maneira. Lucas 10.25-37 


Retirado de “A Bíblia Toda, O Ano Todo” (John Stott). Editora Ultimato, 2007.

Por Litrazini

Graça e Paz




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