Mas ele lhe
respondeu: Falas como qualquer doida; temos recebido o bem de Deus e não
receberíamos também o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios.Jó2:10
O Deus de Jó não era uma criatura
graciosa, na beirada do céu, tirando presentinhos embrulhados em papel prateado
e dizendo: "Isso vai deixá-lo feliz. Você vai gostar." Esse não é o
Deus dos céus.
O Deus soberano dos céus dispõe e dispensa o que traz glória a ele. Ele nos
envia não só o que é bom, mas também a adversidade. Nosso grande Deus não é
obrigado a nos encher de conforto.
Está vendo esta verdade? "Temos
recebido o bem (somos rápidos em fazer isso) e não receberíamos também o
mal?" Você está pronto para receber a adversidade?
Na carne, na perspectiva horizontal
você vai ficar ressentido; vai fugir dela; vai sentir amargura em relação ao
Senhor, e dirá: "Que tipo de Deus é esse?"
Mas, na dimensão espiritual, vai
reconhecer que ele tinha o direito de enviar tanto o desagradável quanto o
agradável. Sem esse conceito, você jamais poderá perseverar em meio à pressão.
Vai explodir por causa dela!
Ouça,
nosso maior alvo na vida não é ser feliz ou ficar satisfeitos, mas dar glória a
Deus. Isso contraria a nossa cultura ocidental.
Todo propósito de um pai para a sua
família é que seja feliz e satisfeita. Poucos pais — muito poucos — têm como
alvo que a família glorifique primeiro a Deus. Gastamos os dedos, chegando ao
osso, até o último dia de nossas vidas para podermos ficar felizes e satisfeitos
— e tudo que temos para mostrar como resultado são dedos ossudos.
Nada disso; o grande alvo de Deus para as nossas vidas
é glorificá-lo; como disse o apóstolo Paulo, "quer pela vida, quer pela morte"(Filipenses 1:20).
Ouça o conselho de Jó quando as
calamidades se vão:
Bem-aventurado
é o homem a quem Deus disciplina; Não desprezes, pois, a disciplina do
Todo-Poderoso. Porque ele faz a ferida e ele mesmo a ata; Ele fere, e as suas
mãos curam. De seis angústias te livrará, E na sétima o mal te não tocará. Na
fome te livrará da morte; Na guerra, do poder da espada. Do açoite da língua
estarás abrigado e, Quando vier a assolação, não a temerás. Da assolação e da
fome te rirás.Jó
5:17-22
Veja bem, o grande alvo de Deus para nós não é que
estejamos confortáveis ou satisfeitos, nem que sigamos um "plano
maravilhoso" de sorrisos constantes, felicidade, nenhuma calamidade,
nenhum mal e nenhum problema.
É errado
dizer ao não-cristão: "Confie em Deus e seus problemas desaparecerão...
Creia em Jesus e não será mais derrotado." Isso é injusto. É claramente
não bíblico!
Em
vez disso, por que não ser sincero e dizer: "Creia em Jesus Cristo e
poderá entrar num mundo de desafios que nunca conheceu antes, porque se tornará
objeto da atenção do próprio Jesus, e os traços de caráter dele serão formados
em sua vida.
Para ser franco, não há possibilidade de eles serem
formados sem o fogo e a perda. Desde
que nosso alvo é glorificar Cristo, podemos esperar alguma perda." Essa é
a realidade!
Quando você sofre e perde, tal coisa
não significa que está sendo desobediente. De fato, pode significar que está
bem no centro da vontade de Deus. O caminho da obediência é muitas vezes
marcado por períodos de sofrimento e perda.
Jó admite honestamente: "Eis que, se me adianto, ali
não está; se torno para trás, não o percebo" (Jó 23:8). Eis um
homem com um corpo apodrecido, deteriorado; sem filhos e com uma esposa
impertinente. Seu coração pesa e ele sai à noite em busca de Deus, clamando:
"Olho e não o vejo!"
As perdas são períodos solitários de
crise.
Eis que, se
me adianto, ali não está; se tomo para trás, não o percebo. Se opera à esquerda, não o vejo; esconde-se à direita,
e não o diviso. Jó23:8,
9
Quando você tiver atravessado dias
assim, saberá exatamente o que Jó está dizendo.
Extraído do livro Perseverança de
autoria de Charles Swindoll
Por Litrazini
Graça e Paz
Nenhum comentário:
Postar um comentário