A carta aos Gálatas (2.1-19; 3.10,11) é um dos maiores
documentos da Bíblia sobre fé e liberdade cristã. Sem esse texto, toda a Igreja estaria
mergulhada em ritos e dogmas judaizantes.
Entretanto, mesmo assim, algumas igrejas apregoam o
legalismo farisaico e querem parecer-se com os judeus. Com isso, têm contaminado a pureza do
evangelho e perturbado a fé dos cristãos, o que, consequentemente, tem impedido
que muitos conheçam a verdade de que é Cristo quem liberta.
Como o apóstolo Paulo e a Bíblia tratam da questão do legalismo?
Depois de 14 anos de conversão, Paulo voltou a
Jerusalém para fazer a defesa do seu apostolado e levou consigo Barnabé, um
cristão de origem judaica, e Tito, um cristão de origem gentia, que o ajudaram
na evangelização dos gentios (Atos 11.22,24; Gálatas 2.1).
Os judeus cristãos acreditavam que Jesus era o Messias
e aceitaram-no como Salvador, mas pensavam que os gentios deveriam
circuncidar-se e obedecer à Lei mosaica, para serem salvos.
Por isso, Paulo voltou a Jerusalém para enfatizar que
ninguém seria justificado diante de Deus por sua obediência (parcial e
imperfeita) à Lei, e sim por Cristo, que obedeceu integralmente à Lei e foi
entregue como sacrifício em nosso lugar, a fim de que fôssemos perdoados e
justificados diante do Pai celestial: Sabendo
que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo,
temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé de Cristo
e não pelas obras da lei, porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será
justificada. Gálatas
2.16

Em algumas igrejas, por exemplo, a
mulher não pode cortar o cabelo nem usar batom ou calça comprida, pois os
legalistas afirmam que não existe sã doutrina sem bons costumes. Por causa
disso, cristãos são excluídos ou não ocupam determinados cargos na igreja.
A evidência da fé cristã, porém, não é a obediência a
dogmas ou códigos de lei humanos, mas sim o fruto do Espírito (Gálatas 5.22),
que nos assegura as boas obras da fé. Portanto, para que Deus seja glorificado, temos de
produzir o fruto do Espírito (Gálatas 5.22).
Se os legalistas querem realmente
seguir a Lei, deveriam deixar de ser hipócritas e respeitar a Lei como um todo.
Afinal, Tiago exortou: Porque qualquer
que guardar toda a lei e tropeçar em um só ponto tornou-se culpado de todos
(2.10).
Agora, note o que Paulo diz em
Colossenses 2.20-23: Se, pois, estais
mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de
ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: não toques, não proves, não
manuseies? As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e
doutrinas dos homens; as quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria,
em devoção voluntária, humildade e em disciplina do corpo, mas não são de valor
algum, senão para a satisfação da carne. Logo, ordenança humana e costumes
religiosos não ajudam ninguém a alcançar a santificação.

Não estou ensinando nenhum cristão a
rebelar-se contra sua igreja e seu pastor. Quero apenas trazer um
esclarecimento sobre o legalismo. Caso não esteja satisfeito com os costumes de
sua igreja nem feliz com o seu pastor, procure outra denominação.
O importante é servir a Deus com alegria, não ser um
cristão rebelde na casa do Senhor. Não saia criticando a igreja nem arrume confusão com o
pastor, pois isso é sinal de rebeldia. Agindo assim, você acabará atraindo
maldição para sua vida.
SUGESTÃO DE
LEITURA:
Livro Porque não sou legalista, de
Silas Malafaia
Autor: Pr. Silas Malafaia
Por Litrazini
http://www.kairosministeriomissionario.com/
Graça e Paz
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