Não sejamos meros espectadores do virar do calendário
do Ano-Novo, mas, em Cristo, construtores do novo ano
Toda a nossa vida se move no tempo. Há um passado com suas
gratas memórias, que nos fazem bem à lembrança, cuja acumulação de experiências
constrói o nosso ser e nos edifica; e memórias ingratas, que é melhor esquecer,
especialmente as memórias das nossas falhas e das falhas dos outros em relação
a nós. Quanto ao passado — aos "Anos Velhos" —, vivemos entre as
memórias da graça e a memória das desgraças.
Nosso tempo de hoje é o resultado
desse tempo de ontem, mas é também uma breve passagem em direção ao tempo do
amanhã, com seus sonhos e seus temores, seus alvos e suas dúvidas, suas
aspirações e suas inseguranças. Se não podemos fazer mais nada em relação ao
passado, apesar do seu caráter de imponderável e da soberania de Deus, podemos
fazer algo pelo futuro: pensar, planejar, decidir, comprometer.
Na mera troca de calendário, se vai o
“Ano Velho” e chega o Ano-Novo, em seu ciclo periódico, até a nossa morte.
Porém, o Ano-Novo pode vir a ser um
novo ano, um ano qualitativamente diferente, abençoado e abençoador, em nossas
respostas à voz de Deus em nossa vida e nos relacionamentos e empreendimentos
de que participarmos, como novos objetivos, novos valores, novas prioridades.
Para os servos do Senhor as coisas
velhas podem sempre se tornar em coisas novas.
Como cidadãos do reino do céu, nossa presença no reino
da terra pode contribuir para um mundo novo, menos violento, menos injusto,
menos desonesto, menos mentiroso, menos hipócrita, menos opressor, menos
discriminador. Podemos ser mais “sal” e mais “luz” para o mundo em 2014?
Entre a avaliação do “Ano Velho” e a
construção do novo ano, passamos pela consciência da finitude e do pecado, pela
necessidade do arrependimento, pela busca da santificação.
Mas como construir o novo em uma
Igreja tão marcada pelo velho: o divisionismo, o isolacionismo, o caciquismo, o
sectarismo, o moralismo, o legalismo, os cismas, as heresias? Um mundo novo e
sadio a partir de uma Igreja enferma?
Entre a pessoa nova e o mundo novo, há
a Igreja nova, a família nova, a comunidade nova, o trabalho novo, o país novo,
os hábitos novos e, tantas vezes, pessoas novas ou relacionamentos renovados
(feitos novos outra vez!).
Não sejamos meros espectadores do
virar do calendário do Ano-Novo, mas, em Cristo, construtores do novo ano.
Robinson Cavalcanti / Ultimato
Por Litrazini
http://www.kairosministeriomissionario.com/
Graça e Paz
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