Vocês devem estar pensando, será que existe alguma ligação entre estes
dois personagens bíblicos?
O que eles têm em comum é um sentimento que, muitas vezes, achamos
que os grandes homens de Deus não têm – o Medo.
E navegando
pelas histórias quero mostrar não só como cada um lidou com este sentimento,
mas principalmente a postura de Deus em cada um dos episódios e que lições nós
podemos tirar destas histórias para fortalecer nossa relação com Deus.
Primeiro contemos a história de Elias
Elias
foi um dos profetas de Deus que vivenciou vários milagres na sua trajetória
servindo ao Senhor:
- Através de sua oração não choveu em Israel por três anos e
seis meses e pelas suas orações, após este período, as chuvas voltaram a cair (Tg
5.17-18)
- Foi alimentado por corvos (1 Re. 17.6)
- Enviado por Deus a Sarepta, vivencia o milagre da multiplicação da
farinha e do azeite na casa da viúva (1Re 17.9-16)
- Através do seu clamor Deus ressuscitou o filho da viúva (1Re.17.17-24)
- Obtém retumbante vitória sobre os profetas de Baal, quando clamou ao
Senhor e Deus mandou fogo do céu incendiando o holocausto preparado por ele (1Re.18-20-40)
Com esta intimidade com o Senhor, que resultou em tantos milagres,
poderíamos concluir que Elias jamais sentiria medo diante de uma situação
ameaçadora.
Não foi o que aconteceu. Ameaçado por Jezabel Elias teve medo 1Re.19.1-3).
Este
Medo faz com que ele fuja para o deserto a fim de salvar sua vida, e a situação
se torna tão desgostosa que Elias pede a Deus que tire sua vida. Porém não era
este o plano do Senhor para Elias. Deus não só não atende ao pedido, como vai ao encontro
de Elias para ajudá-lo e para fortalecê-lo (1Re.19.3-18).
Agora
vamos à história de Josafá
Josafá
sucede seu pai Asa, tornando-se rei de Judá. Ele fortificou todas as cidades
que seu pai havia conquistado e teve o seu reino confirmado pelo Senhor, pois:
-
Buscou a Deus, guardou seus mandamentos, rejeitou os ídolos de Baal e se recusou
a praticar obras como fazia Israel, pois eram obras que desagradavam a Deus
- Sua coragem e fé levaram-no a destruir todos os postes ídolos (2Cr.17.1-13)
- Liderou a obra reformadora que induziu o povo a fé e a obediência ao
Senhor (2Cr.19.4-11)
Além disto, tinha um exército de 1.160.000 homens preparados para serem
chamados a guerrear quando necessário (2Cr.17.14-17). Com isto estava firme,
portanto podemos concluir que jamais teria medo em uma situação ameaçadora.
Não
foi o que aconteceu. “Sucedeu que,
depois disto, os filhos de Moabe, e os filhos de Amom, e com eles outros dos
amonitas, vieram à peleja contra Josafá. Então Josafá teve medo (2Cr.
20.1-3)”
Diferentemente de Elias,
Josafá:
- Não foge, mas busca o Senhor, e apregoa jejum em todo Judá (2Cr. 20
3b-4)
- Confessa ao Senhor sua total dependência Dele para resolver o problema
(2Cr. 20.12)
Neste caso, Deus atende ao pedido de Josafá e manda as seguintes
palavras através de Jaaziel:
“Esta batalha
não tereis que pelejar; postai-vos, ficai parados, e vede a salvação do Senhor
para convosco, ó Judá e Jerusalém. Não
temais, nem vos assusteis; amanhã saí-lhes ao encontro, porque o Senhor será
convosco” (2Cr. 10,17-22)
Quando chegou ao alto e olhou para o local onde aconteceria a batalha “olharam para a multidão, e eis que eram
corpos mortos, que jaziam em terra, e nenhum escapou” (2Cr. 20.14-30)
As histórias mostram atitudes diferentes frente ao medo e também ações
diferentes de Deus para cada uma das situações.
O que estas
histórias têm em comum? – a verdade que Deus nunca nos deixa sozinhos, sempre
poderemos contar com Ele – sempre, afinal Ele, o Deus de Elias e de Josafá é
também o nosso Deus.
Isto
me remete para um trecho da música Caçador de Mim do Milton Nascimento que diz
“Nada a temer senão o correr da luta, Nada a fazer senão esquecer o medo”, e
para finalizar o que a Palavra de Deus nos fala sobre medo e coragem.
“No amor não
há medo, antes o perfeito amor lança fora o medo; porque o medo tem consigo a
pena, e o que teme não é perfeito em amor” (1João 4.18)
Porque “Deus não nos deu o
espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação” (2Tm.1.7)
Portanto “Se Deus é por nós quem será
contra nós?”
(Rm.8.31)
José Augusto de Castro Junior
Por Litrazini
Graça
e Paz
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