A dedicada enfermeira, sobrecarregada com tantos pacientes a atender,
viu um jovem entrar no quarto e, inclinando-se sobre o paciente idoso em estado
grave, disse-lhe em voz alta: seu filho está aqui.
Com grande
esforço, o velho moribundo abriu os olhos e, a seguir, fechou-os outra vez.
O jovem apertou a mão envelhecida do enfermo e sentou-se ao lado da cama
Por toda a noite, ficou sentado ali, segurando a mão e sussurrando palavras de
conforto ao velho homem.
Ao amanhecer, o manto escuro da morte caiu sobre o corpo cansado do enfermo.
Ele partiu com uma expressão de paz no rosto sulcado pelo tempo.
Em instantes, a equipe de funcionários do hospital encheu o quarto para
desligar as máquinas e remover as agulhas.
A enfermeira aproximou-se do jovem e começou a lhe dizer palavras de conforto, mas
ele a interrompeu com uma pergunta: - quem
era esse homem?
Assustada, a enfermeira respondeu: - eu achei que fosse seu pai!
- Não. Não era meu pai, falou o jovem. Eu nunca o havia visto
antes.
- Então, por que você não falou nada quando o anunciei para ele?
- Eu percebi que ele precisava do filho e o filho não estava aqui.
- E como ele estava por demais doente para reconhecer que eu não era seu
filho, resolvi segurar a sua mão para que se sentisse amparado. Senti que ele precisava de
mim.
Nesses dias em que as pessoas caminham apressadas, sempre com muitos
problemas esperando solução, não têm tempo sequer para ouvir o desabafo de um
coração aflito, um jovem teve olhos de ver e ouvidos de ouvir o apelo mudo de
um pai no leito de dor.
É tão triste
viver na solidão...
É tão triste não ter com quem contar num leito de morte...
Se você tem um
familiar enfermo, aproxime-se dele e segure firme a sua mão.
Ofereça-se para lhe fazer companhia, ainda que por alguns minutos.
Fique em silêncio ao seu lado para ouvir o que os ouvidos do corpo não
conseguem captar.
Seja uma presença amiga, sincera, que proporcione segurança.
E se você não tem um familiar enfermo, agradeça a Deus por isso e faça
uma visita a alguém que precisa de apoio.
Há tantos
enfermos solitários precisando de um gesto qualquer de afeto para sentir que
viver ainda vale a pena. Pense nisso e procure ser a companhia de alguém que
precisa de você neste exato momento. Madre Teresa de Calcutá costumava dizer
que ninguém tem que morrer sozinho. Do mesmo modo, ninguém deve se afligir
sozinho ou chorar sozinho; rir sozinho ou celebrar sozinho.
Nós fomos feitos para viajar de mãos dadas através da jornada da vida.
Há alguém pronto para segurar a sua mão hoje. E há alguém esperando que você segure
a dele.
Autor Desconhecido
Por Litrazini
Graça e Paz
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