Portanto, visto que os filhos são
pessoas de carne e sangue, ele também participou dessa condição humana. [Hebreus 2.14]
O primeiro capítulo de Hebreus enfatiza que Jesus Cristo é um com o Pai
(compartilhando seu ser) e o segundo enfatiza que Jesus Cristo se tornou um
conosco (compartilhando o nosso ser).
Aquele que é superior aos anjos por um pouco foi feito menor do que
eles. Na
verdade, há um propósito fundamental para a humanização do Filho de Deus: “Ao levar muitos filhos à glória, convinha
que Deus [...] tornasse perfeito, mediante o sofrimento, o autor da salvação
deles” (v. 10).
QUATRO
VERDADES FUNDAMENTAIS SÃO APRESENTADAS AQUI:
PRIMEIRO,
ELE PARTICIPOU DE NOSSA CONDIÇÃO HUMANA.
Ele tomou nossa “carne e sangue” para si (v. 14). Experimentou a fragilidade
e a vulnerabilidade de um ser humano, pois tinha um corpo humano real (comia,
bebia e se cansava), e emoções humanas reais (alegria, tristeza, compaixão e
ira).
SEGUNDO,
ELE FOI TENTADO COMO NÓS.
“Ele mesmo sofreu quando tentado”
(v. 18). Na
verdade, ele “passou por todo tipo de
tentação” (4.15). Em sua encarnação, ele colocou de lado sua imunidade à
tentação e se expôs a ela. E suas tentações foram reais, como as nossas, porém,
ele não sucumbiu a nenhuma delas, portanto, nunca pecou.
TERCEIRO,
ELE PARTICIPOU DE NOSSOS SOFRIMENTOS.
O pioneiro de nossa salvação Deus tornou “perfeito, mediante o sofrimento” (2.10). Não que ele fosse imperfeito no
sentido de ter pecado, mas sua identificação conosco, em nossa humanidade,
seria incompleta se ele não tivesse sofrido como sofremos.
QUARTO,
ELE PARTICIPOU ATÉ MESMO DE NOSSA MORTE.
“Vemos, todavia [...] Jesus, coroado
de honra e de glória por ter sofrido a morte, para que, pela graça de Deus, em
favor de todos, experimentasse a morte” (v. 9). Não que ele precisasse
morrer, pois não tinha pecado algum. Mas ele carregou os nossos pecados, e foi
por eles que ele morreu.
Como conseqüência da encarnação, Jesus Cristo pode nos representar
diante do Pai e pode solidarizar-se com as nossas fraquezas.
Vemos, porém,
coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que
os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse
a morte por todos. Porque convinha que aquele, para quem são todas as coisas, e
mediante quem tudo existe, trazendo muitos filhos à glória, consagrasse pelas
aflições o príncipe da salvação deles. Porque, assim o que santifica, como os
que são santificados, são todos de um; por cuja causa não se envergonha de lhes
chamar irmãos, Dizendo: Anunciarei o teu nome a meus irmãos,Cantar-te-ei
louvores no meio da congregação. E outra vez: Porei nele a minha confiança. E
outra vez: Eis-me aqui a mim, e aos filhos que Deus me deu.
E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou
das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da
morte, isto é, o diabo;
E livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à
servidão.
Porque, na verdade, ele não tomou os anjos, mas tomou a descendência de Abraão.
Por isso convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser
misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os
pecados do povo. Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode
socorrer aos que são tentados. Hebreus 2:9-18
Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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