As pessoas são
tentadas quando são atraídas e enganadas pelos seus próprios maus desejos. (Tg 1.14)
O
ser humano é incontestavelmente atraído para Deus. Ele confessa sempre essa
dependência: “Eu tenho sede de ti, ó
Deus vivo!” (Sl 42.2).
O ser humano é também incontestavelmente atraído pelo pecado. Do mesmo modo, ele confessa
sempre essa dependência: “Quando quero
fazer o que é bom, só consigo fazer o que é mau” (Rm 7.21).
O
pecado mora no interior do ser humano (seja homem, mulher, jovem, adulto,
criança ou idoso). No pecador não regenerado, a plenitude não é do Espírito,
mas da carne; não do bem, mas do mal; não da virtude, mas do vício.
O pecado é faminto, é sem controle, é a presença constante, é o
tirano-mor.
A
tentação ocorre porque tanto o pecador não regenerado como o pecador regenerado
são não somente atraídos, mas encantados pelo desejo latente do pecado.
O engano é um fator importante. O pecado promete mundos e fundos,
promete um prazer enorme e um gozo transbordante, promete sensações gostosas e
demoradas; porém, ele oculta o preço disso tudo.
A coligação da atração com o engano é invencível, a não ser que o
pecador eleve os seus olhos para os montes e clame: “De onde virá o meu socorro?”. Um pouco de reflexão será suficiente
para ele dizer a si mesmo: “O meu
socorro vem do Senhor Deus, que fez o céu e a terra” (Sl 121.1-2).
Sem
essa intervenção do alto, sem os cuidados do Bom Pastor, sem a prometida
presença diária de Jesus conosco (Mt 28.20) e sem o poder sobrenatural do
Espírito, não haveria vitória sobre o pecado.
O desejo pecaminoso nunca vem de cima, mas sempre de baixo. Vem dos porões onde estão
todas as concupiscências em prateleiras que não acabam mais. Essa cobiça toda
está à espera do pecador: é ele que vai destrancar a porta para que ela saia!
– Quero
seguir o exemplo de Moisés, que preferiu sofrer ao lado do povo a usufruir os
prazeres do pecado!
Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.
Por Litrazini
Graça e Paz
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