Olha
para a minha direita e vê; ninguém se preocupa comigo. (Sl 142.4.)
Estou com fome e ninguém me dá um pedaço de
pão.
Estou com sede e ninguém me dá um copo
d’água.
Estou doente e ninguém me leva ao médico.
Estou chorando e ninguém enxuga as lágrimas.
Estou tremendamente desanimado e ninguém me
reanima.
Estou com frio e ninguém me põe um cobertor
por cima do corpo.
Nada é pior do que a solidão na hora da
angústia.
Foi para se queixar de uma situação assim que
o salmista orou ao Senhor: “Olha para a
minha direita e vê; ninguém se preocupa comigo. Não tenho abrigo seguro;
ninguém se importa com a minha vida” (Sl 142.4).
Embora fosse o lugar do ajudador, do
defensor, do guarda-costas, não havia ninguém à direita do salmista. Nem do
outro lado, nem na frente, nem atrás. Ele estava absolutamente só.
Ao seu redor só havia perigo, só havia
tristeza, só havia medo.
Experiências semelhantes têm sido
compartilhadas por outros sofredores. Uma das lamentações coligidas por
Jeremias acentua essa dor: “Ninguém está
por perto para consolar-me, não há ninguém que restaure o meu espírito” (Lm
1.16).
O próprio Jesus ficou sozinho no Getsêmani,
muito embora tivesse declarado o seu sofrimento e reclamado a presença dos
apóstolos. Eles estavam com Ele no jardim, mas dormiam, enquanto “o seu suor era como gotas de sangue que caíam no chão”
(Lc 22.44).
Todavia, nem o salmista nem Jesus continuaram
a sós. O primeiro se apossou pela fé do auxílio sobre-humano: “Clamo a ti, Senhor, e digo: Tu és o meu
refúgio; és tudo o que tenho na terra dos viventes” (Sl 142.5). E a Jesus
apareceu “um anjo do céu que o
fortalecia” (Lc 22.43)!
Retirado de Refeições
Diárias com os Salmos. Editora Ultimato.
Por Litrazini
Graça e Paz
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