Se dissermos que não temos pecado, estamos nos enganando, e não há
verdade em nós. (1Jo 1.8)
Em
geral, dá mais resultado trocar o pronome você pelo pronome nós.
Em vez de escrever “se você disser que não tem pecado” é melhor escrever “se
dissermos [eu e você] que não temos [eu e você] pecado”.
É assim que João faz. Mas,
dependendo de certas situações, é preciso ser menos polido, como o profeta Natã
fez com o rei Davi: “Esse homem [que
adulterou com o marido de Bate-Seba e o matou] é você” (2Sm 12.7). Ou como
Jesus: “Ai de vocês, mestres da lei e
fariseus, hipócritas” (Mt 23.13).
Embora
tenha usado o verbo mentir pouco antes (v. 6), o presbítero prefere
agora usar uma expressão mais amena: “Não
há verdade em nós”. Outras versões preferem traduzir assim: “Recusamos a
aceitar a verdade”, “Não somos sinceros” ou “Se não admitirmos que pecamos,
vivemos num mundo de ilusão e fora da verdade”.
Não há outro caminho para sairmos do pecado senão a corajosa aceitação
da culpa.
A restauração de qualquer pessoa em pecado, de qualquer casal em crise,
de qualquer igreja em queda, de qualquer sociedade em caos começa e passa pela
avenida da confissão.
O Espírito Santo está aqui e agora para convencer os culpados da culpa e
os imundos da sujeira (Jo 16.8).
O
profeta Malaquias teve um trabalho enorme com o povo de Israel do seu tempo.
Todas as acusações que ele fazia em nome de Deus entravam por um ouvido e saiam
pelo outro. Cinicamente, os filhos de Israel respondiam: “Como foi que te
desprezamos?” e “Como é que estamos te ofendendo?” (Ml 1.6-7).
Não há coisa pior do que mentirmos a nós mesmos. Trata-se de um suicídio
espiritual. E é isso que João quer evitar a todo custo!
O ser humano precisa ter a coragem de clamar a Deus: “Vê se há em mim algum pecado” (Sl
139.24)!
Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.
Por Litrazini
Graça e Paz
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