Não fomos nós
que amamos a Deus, mas foi ele que nos amou e mandou o seu Filho. (1Jo 4.10)
Paulo diz que somos mais do que vencedores (Rm 8.37), mas somos também
mais do que vencidos. Vencidos no bom sentido – vencidos pelo amor – pelo amor
de Deus.
Esse amor nos desmanchou, quebrou nossa cerviz dura, dobrou nossos
joelhos, acabou com a nossa resistência, fez desaparecer misteriosamente nossa
indiferença para com ele.
Às vezes, Deus nos vence pela dor, pelo vendaval, pela tempestade. Outras
vezes, por um vento suave, pelo dedilhar de uma lira, pelo canto de um
passarinho.
O que João está afirmando é que, se hoje amamos a Deus, é porque ele nos
amou antes. Nosso amor é uma resposta positiva ao amor de Deus.
Essa figura tem correspondente no Antigo Testamento. Quando Israel (o
reino do norte) estava numa situação muito ruim, pouco antes da conquista da
cidade de Samaria pelos assírios em 721 antes de Cristo, Deus fez de tudo para
trazer o povo de volta para si por meio do amor.
Por boca do profeta Oseias, o Senhor disse ao povo de Israel: “Vou seduzir minha amada e levá-la de novo
para o deserto onde lhe falarei do meu amor” (Os 2.14).
Deus tenta comover Israel como que mostrando-lhe um álbum de
fotografias: “Quando Israel era criança,
eu já o amava e chamei o meu filho, que estava na terra do Egito. Porém, quanto
mais o chamava, mais ele se afastava de mim […]. Mas fui eu que ensinei o meu
povo a andar; eu o segurei nos meus braços, porém eles não sabiam que era eu
que cuidava deles. Com laços de amor e de carinho, eu os trouxe para perto de
mim. Eu os segurei nos braços como quem pega uma criança no colo. Eu me
inclinei e lhe dei de comer” (Os 11.1-4).
O Senhor não somente nos corteja, nos traz flores, nos atrai, cuida de
nós, nos fala carinhosamente, mas também mandou o seu Filho, “para que, por meio dele, os nossos pecados fossem perdoados!”.
Hoje, vencidos pelas cordas de amor de Deus, somos crentes!
A verdade é que nós o amamos porque ele nos cativou primeiro!
Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.
Por Litrazini
Graça e Paz
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