“Sabendo isto,
que o nosso homem velho foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado
fosse desfeito, a fim de não servirmos mais ao pecado” (Rm.6.6)
Nosso velho é nossa vida antes da conversão, o que éramos antes de ser
cristãos sob o domínio desenfreado da carne (natureza do pecado). O corpo do
pecado refere-se à natureza pecaminosa existente dentro de nós, não ao corpo
humano.
A convivência em sociedade nunca foi fácil e nunca será. O comportamento
humano sempre foi pautado por traições, mesquinharias, enganos,
tropeços... O ser humano é extremamente
melindroso, e se ofende, e se sente ameaçado por pouca coisa, às vezes por
quase nada. Algumas vezes por nada...
A insegurança da alma do ser humano, às vezes o leva a tangenciar a
paranóia, fazendo pensar que há pessoas que o querem prejudicar, afligir,
machucar, atingir, roubar, matár... Assim, às vezes, uma falta de cumprimento, é
suficiente para desencadear um processo que pode acarretar rompimento de
relacionamentos.
Nossos olhos são a janela de nossa alma, e o que vemos depende de nosso
estado de espírito, do que somos e das circunstancias em que ocorrem os fatos.
Nós filtramos, interpretamos o que vemos, e às vezes, chegamos a conclusões
totalmente erradas.
Construímos toda uma situação de maldade, uma cadeia de intrigas, uma
fundamentação e o conluio de pessoas que se unem para nos prejudicar, nos
ludibriar, que às vezes não corresponde à realidade dos fatos. Vemos intenções
que somente existem na nossa imaginação.
"Inimizade" é um conceito ativo, não um conceito passivo. Isto
é, no mais das vezes, não são as pessoas que se declaram nossas não amigas.
Lógico que há situações em que não tem como deixarmos de reconhecer inimigas
porque elas assim se declaram e praticam atos de inimizades. Mas, na maioria
das vezes, nós é que "sentimos" que as pessoas são ou se tornaram
nossas inimigas.
Por um motivo ou outro de menas importância, passamos a antipatizar com
algumas pessoas. A acreditar que elas têm algo contra nós, e que, assim, não
querem o nosso bem... ou, pelo menos, não se interessam com o nosso bem-estar.
Temos que diferenciar quem são efetivamente, nossos inimigos, e quem são
aqueles que consideramos, elegemos, como nossos inimigos.
Quando as pessoas à nossa volta, deliberada e intencionalmente, querem
nos prejudicar e fazem coisas no intuito de nos acrescentar dores e aflições,
inegável que são nossas inimigas, e que por isso mesmo devemos amá-las (Mt.
6:44).
A carne opera quando, seguindo nossa essência má e egoísta, consideramos,
elegemos nossos irmãos como inimigos, e procuramos nos afastar deles, deixamos
de nos preocupar com eles; chegamos até a sentir uma ponta de satisfação se
eles passarem por dores e aflições.
Existem três sentimentos que podemos sentir em relação às pessoas que
estão a nossa volta: amor, ódio e indiferença. De longe, é possível concluir
que o sentimento mais comum e a indiferença.
Indiferença é uma forma da inimizade de que fala a Bíblia... Temos que
amar, e ser amigos das pessoas. Não importa se elas se importam conosco ou não,
se nos amam ou não. Nós temos que amar e ajudar.
O que foge disto não é amor. Respondeu-lhe
Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e
de todo o teu entendimento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. (Mt.22:37-39)
Por Litrazini
Graça e Paz
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