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segunda-feira, 12 de setembro de 2016

AS ÚLTIMAS PALAVRAS DE JESUS NA CRUZ

O monte está quieto agora. Não tranquilo, mas quieto. Pela primeira vez em todo o dia não há barulho. O clamor começou a diminuir quando a escuridão - aquela escuridão enigmática do meio-dia - baixou. Como a água extingue o fogo, as sombras extinguiram a zombaria. Sem mais insultos. Sem mais piadas. Sem mais sarcasmo. E, com o tempo, sem mais escarnecedores. Um a um, os espectadores se viraram e começaram a descer.

Isto é, todos os espectadores exceto você e eu. Nós não fomos embora. Nós viemos para aprender. Então nós permanecemos na penumbra e ouvimos. Nós ouvimos os soldados amaldiçoando, os transeuntes questionando e as mulheres chorando. Mas acima de tudo, nós ouvimos o trio de homens moribundos gemendo. Gemidos roucos, ásperos e secos. Eles gemiam com cada balanço da cabeça e com cada giro das pernas.

Mas enquanto os minutos se tornavam horas, estes gemidos diminuíam. Os três pareciam mortos. Se não fosse pela respiração ofegante, você teria pensado que eles estavam mortos.

Então ele gritou. Como se alguém tivesse puxado o seu cabelo, a parte de trás da sua cabeça bateu contra a placa com o seu nome, e ele gritou. Como um punhal corta a cortina, o seu grito cortou a escuridão. Ficando tão reto quanto os pregos permitiam, ele gritou como alguém chamando por um amigo perdido, “Eloí!”

A sua voz estava rouca e áspera. Reflexos da chama da tocha dançavam em seus olhos dilatados. “Meu Deus!”

Ignorando o vulcão da dor em erupção, ele se impulsionou para cima até que os seus ombros ficassem mais altos do que as suas mão pregadas. “Por que me abandonaste?”

Os soldados olharam fixamente. O choro das mulheres cessou. Um dos fariseus zombou sarcasticamente, “Ele está chamando Elias”.Ninguém riu.

Ele gritou uma pergunta aos céus e você meio que esperava que o céu gritasse uma como resposta.

E aparentemente gritou. Pois o rosto de Jesus suavizou e um alvorecer da tarde raiou quando ele falou pela última vez. “Está consumado. Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”.

Quando ele deu o seu último suspiro, a terra tremeu inesperadamente. Uma rocha rolou e um soldado tropeçou. Então, tão rapidamente quanto o silencio foi quebrado, o silêncio voltou.

E agora tudo está quieto. A zombaria cessou. Não há ninguém para zombar.

Os soldados estão ocupados com a tarefa de retirar os mortos. Dois homens chegaram. Bem vestidos e bem intencionados, o corpo de Jesus é dado a eles.

Pr. Max Lucado

Por Litrazini

Graça e Paz

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Reflexões Evangélicas

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