Se
tivéssemos oportunidade de escolher dois presentes de Natal, certamente
deveríamos optar por estes dois que dão título a esta mensagem: Glória e Paz.
Podem parecer estranhos, mas não são inéditos.
Não
esperemos recebê-los num belo pacote de presente, com fitas e laços. Da mesma
forma, não corramos para o shopping center ou supermercado, pois lá eles não
serão encontrados.
Quem
trouxe, pela primeira vez, estes presentes foi o coro de anjos, a milícia
celestial, quando Jesus nasceu; o refrão da melodia que entoavam, dizia: “glória a Deus nas maiores alturas, e paz
na terra entre os homens a quem ele quer bem” (Lucas 2.14).
Compreender
estas duas realidades como presentes natalinos vai muito além de imaginá-los
como lembrancinhas de amigo secreto, ou presentinhos para os parentes, ou
mesmo, bens duráveis comprados a duras penas.
Por
outro lado, não devem ser simplesmente pensados como expressões litúrgicas, que
se coadunam tão perfeitamente na celebração de Natal. De alguma forma, nos
acostumamos tanto com as frases que nem lhes damos o devido valor.
Falar
de “Glória” e de “Paz”, é falar de artigos de primeira necessidade. São
aspectos essenciais da fé e da vida. São pontos fundamentais de nossa teologia
e doutrina. São pilares de nossa práxis e de nossos relacionamentos.
Efetivamente, são os presentes mais imprescindíveis de que a humanidade
precisa.
GLÓRIA A DEUS.
O
fim principal do homem, a razão pela qual ele foi criado, o motivo pelo
qual ele foi redimido por Cristo, é o de glorificar a Deus eternamente. Não há
outro sentido para a nossa existência se não o de vivermos para o louvor da
glória de Deus (Efésios 1.6). Ou seja, toda a vez que a nossa vida não se
presta para glorificar a Deus ela perde o sentido.
O
termo glória está vinculado à idéia de brilho, esplendor, apontando para a
manifestação excepcional de Deus. A glória de Deus, portanto, sintetiza o ser
de Deus. Ora, Deus tem o seu próprio brilho, a sua própria glória, diante da
qual nada podemos acrescentar. Ao glorificarmos a Deus não estamos aumentando
absolutamente nada ao brilho da sua glória. Estamos, apenas, reconhecendo a
intensidade do seu esplendor.
Ao
declarar a glória de Deus, os anjos estavam reconhecendo a sua maravilhosa
presença, iluminando todo o universo. Se há uma coisa que precisamos com a
máxima urgência é da luz de Deus para iluminar as densas trevas em que se
encontra a humanidade.
Jesus
declarou ser a luz do mundo, confiando aos seguidores serem luz do mundo,
refletindo a sua luz. A glória de Deus é esparzida por toda a parte quando os
filhos de Deus glorificam a Deus através de suas vidas. Sem dúvida é um bom e
necessário presente.
PAZ ENTRE OS HOMENS.
Enquanto
o primeiro presente nos coloca diante de Deus, o segundo nos põe diante do
nosso próximo. Se glorificar a Deus dá sentido à vida, viver em paz com os
homens cria o ambiente decisivo para a alegria e o amor.
Pensamos
na paz em contraste com a ameaça de guerra e toda a violência que nos cerca.
Isto nos levaria a um longo comentário. Mas vamos nos deter em apenas duas
coisas. Primeiro, a paz é possível, pois Cristo a conquistou e nos outorgou a
missão de proclamá-la. Em segundo lugar, vamos pensar no tipo de contribuição
que nós podemos dar para que haja paz no mundo todo, a começar de cada um de
nós.
Juarez
Marcondes Filho
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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