Eu
sempre terei esperança (Sl 71.14.)
Não é qualquer um que tem experiência
suficiente para declarar como o salmista: “Eu
sempre terei esperança” (Sl 71.14).
Não é fácil ter esperança se não há motivo
para ter esperança, senão a promessa às vezes longínqua e às vezes não muito
precisa da parte de Deus.
Não é fácil ter esperança se o problema é
enorme, crescente, complexo e já vem de longa data.
Não é fácil ter esperança se o elemento
complicador são pessoas sem afeto, sem sabedoria, sem interesse.
Não é fácil ter esperança se o passedo é
como o presente e o presente é como o passado, e a paçoca continua sempre a
mesma.
Não é fácil ter esperança se a medicina
nada mais pode fazer, se a morte já está próxima, se a morte já chegou, se a
morte já se foi levando nos braços o ente querido.
Não é fácil ter esperança se o túnel é sem
saída, se não há nenhuma luz acesa, se não há nenhum farol junto aos rochedos,
se não há nenhuma estrela no céu.
A despeito de tudo, o autor do Salmo 71
quer ter esperança, não abre mão da esperança e garante que vai conseguir: “Eu sempre terei esperança”.
Naturalmente ele aprendeu com o velho
Abraão a fabulosa arte de ter esperança contra toda a esperança (Rm 4.18). De
colocar a fé acima do raciocínio, o invisível acima do visível, o possível
acima do impossível, a certeza acima da expectativa, o fato acima das emoções e
o mundo vindouro acima do mundo presente.
Retirado de Refeições Diárias com o
Sabor dos Salmos. Editora Ultimato.
Por Litrazini
Graça e Paz
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