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quarta-feira, 19 de julho de 2017

AS ARMAS DE NOSSA MILÍCIA

Jamais teríamos condições de conhecer os ardis do nosso adversário, sua astúcia e forma de combate. Mas Deus sabe como ele trabalha e o que devemos fazer para destruir seus dardos inflamados.

TODA E QUALQUER ESTRATÉGIA MILITAR para uma guerra, ainda que de pequena dimensão, inclui o conhecimento do poder de fogo do adversário. Disso depende o êxito da empreitada.

Faz-se necessário também conhecer de antemão os pontos fracos e fortes do inimigo. As nações mais poderosas do planeta usam satélites espiões que informam qualquer movimento do adversário. Com isso, avaliam a conveniência de atacar pelos flancos, pela direita, pela esquerda, pelos ares, por terra ou pelas águas. Se o inimigo possui lançadores de mísseis de longo alcance, urge que essas fortalezas sejam destruídas logo no início do combate. O aparato bélico precisa ser mortífero, com poder de destruição superior ao do inimigo. Assassinos dispostos a matar ou morrer, munidos de AR-15, não podem ser enfrentados com policiais armados com revólveres 38.

A Igreja de Cristo trava uma batalha constante contra o diabo, nosso adversário invisível e poderoso: “Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1 Pe 5.8). A sobriedade (sóbrio = grego sõphrõn) diz respeito ao autodomínio, equilíbrio, mente sã.

A batalha está deflagrada desde o princípio. Não há como fugir a essa realidade. A partir do momento em que nos alistamos como soldados de Cristo, assumimos a posição de combate e de firme resistência. O adversário “busca a quem possa tragar”.

Os leões, por instinto, possuem uma estratégia para atacar uma manada. Espreitam aquela caça desprevenida, descuidada, menos atenta, mais afastada do rebanho. E atacam com fúria e certeza de sucesso. O diabo busca as presas mais vulneráveis.

Jamais teríamos condições de conhecer os ardis do nosso adversário, sua astúcia e forma de combate. Mas Deus sabe como ele trabalha e o que devemos fazer para destruir seus mísseis incendiários.

“Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo” (Ef 6.11). Ele age com astúcia, isto é, pela força do engano, como hábil enganador.

A armadura precisa ser completa: “toda a armadura”. Não apenas uma parte dela. Um soldado não enfrenta um bandido armado apenas com o cassetete, ou apenas com uma arma de fogo. Deve usar a armadura no seu todo, como faziam os antigos soldados romanos. É assim que Deus quer que façamos. O inimigo é perigoso. Não fosse, Deus não nos faria advertência tão cuidadosa.

“Porque não temos que lutar contra carne e sangue; mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes as trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (v.12). A nossa luta não é contra pessoas visíveis. Seria até mais fácil. O conflito espiritual é contra Satanás e uma multidão de espíritos malignos. Estamos engajados nessa luta.

“Porque as armas de nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas” (2 Co 10.4).

A nossa vitória foi obtida na cruz, pelo próprio Cristo, que nos redimiu do domínio do maligno. Porém, trava-se dentro de nós uma luta contra os desejos corruptos, os prazeres ímpios do mundo, as tentações e contra as forças do mal. Deus nos indica a estratégia que devemos seguir. Precisamos estar com a verdade e a justiça; ter a fé como escudo para apagar “os dardos inflamados do inimigo”; usar a “espada do Espírito, que é a palavra de Deus”, vigiando e orando. (Ef 6.14-18).

Temos nessa relação armas de defesa e de ataque. A espada, simbolizando a Palavra, é arma de ataque e de defesa. No deserto, Satanás usou da palavra para tentar dobrar Jesus. Com a mesma Palavra, Jesus rebateu e o expulsou de sua presença (Mt 4.1-10). Portanto, convém que saibamos manejar bem essa espada. Os soldados conhecem suas armas por dentro e por fora: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2 Tm 2.15).

O poder das trevas é constituído de uma multidão muito bem organizada. É o império do mal com suas categorias e ordens. Cristo nos livrou desse poder, “em que noutro tempo andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que, agora, opera nos filhos da desobediência” (Ef 2.2).

Cristo outorgou poderes à Igreja para em Seu nome expulsar demônios (Mc 16.17). Agimos por procuração. O poder está no outorgante. Para os que crêem, o nome de Jesus tem efeito devastador; é como uma bomba lançada sobre as hostes inimigas. Agimos como soldados sob as ordens do Leão da Tribo de Judá, o Senhor dos senhores:

“Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo” (2 Tm 2.3). Como soldados, estamos dispostos a sofrer, a enfrentar adversidades; a viver uma vida de renúncia, de rígida disciplina e de árduo trabalho. Não há como retroceder. Só os fracos fogem à luta.

Pr. Airton Evangelista da Costa

Por Litrazini

Graça e Paz

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