Será que quem fez o ouvido não ouve? Será que quem formou o olho não
vê? (Sl 94.9.)
Há
pessoas que pecam a partir do crepúsculo, ao entardecer do dia, sob a proteção
da escuridão da noite (Pv 7.9).
Há
pessoas que pecam bem longe de casa, numa região distante, sob a proteção do
anonimato (Lc 15.13).
Há
pessoas que pecam nas fendas das rochas, em esconderijos naturais ou
especialmente construídos para esse fim, sob a proteção da hipocrisia (Ez
8.12).
Há
pessoas que pecam em lugares desertos, onde não há ninguém para ver, ninguém
para ouvir, ninguém para denunciar, ninguém para testemunhar, sob a proteção do
sigilo (Gn 4.8).
Todas
essas pessoas estão absolutamente certas e seguras de que seus crimes jamais
serão conhecidos. Trata-se, no entanto, de uma incrível ingenuidade. Daí a
questão levantada pelo salmista: “Será
que quem fez o ouvido não ouve? Será que quem formou o olho não vê?” (Sl
94.9).
O
transgressor nunca aprende. É sempre bobo. Acredita piamente na segurança dos
seus esconderijos. Como lembra o Salmo 94, ele despeja palavras arrogantes,
enche-se de vanglória, massacra o povo, mata viúvas e estrangeiros, assassina
órfãos e ainda diz: “O Senhor não nos
vê; o Deus de Jacó nada percebe” (v. 7).
Todos
os pecadores são assim, inclusive o tal de Jazanias e mais setenta autoridades
de Israel, que adoravam ídolos estranhos num compartimento secreto em Jerusalém
e diziam tranqüilamente: “O Senhor não
nos vê; o Senhor abandonou o país” (Ez 8.12).
A
verdade, porém, é que aquele que fez o ouvido e formou o olho está ouvindo o
que eles dizem e vendo o que eles fazem. Além disso, o Senhor, mais cedo ou
mais tarde, “trará à luz o que está
oculto nas trevas e manifestará as intenções dos corações” (1Co 4.5)!
Retirado
de Refeições Diárias com o Sabor dos Salmos Editora Ultimato.
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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