Restaura-nos, ó Deus! (Sl 80.3.)
Três
vezes o salmista clama ao Senhor por restauração no Salmo 80. A súplica é
sempre a mesma, mas ele vai tornando cada vez mais cumprido o nome de Deus,
quem sabe para mostrar a sua dependência da misericórdia divina.
Na
primeira vez, o salmista diz:
“Restaura-nos, ó Deus” (v. 3). Na segunda: “Restaura-nos, ó Deus dos exércitos” (v. 7). E na terceira: “Restaura nos, ó Senhor, Deus dos
exércitos” (v. 19).
O
pedido não é egoísta, não é isolado. É para Deus restaurar Israel, a nação
toda, o povo todo. Se não é exageradamente egoísta (porque não pede restauração
só para ele) também não é exageradamente altruísta (porque não pede restauração
só para os outros).
Essa
é a oração desejável, esse é o equilíbrio que agrada a Deus.
O
salmista está suplicando a intervenção do Senhor na vida dele e na vida do
povo. Ele quer que Deus recolha os cacos que estão pelo chão e refaça o vaso
quebrado dando-lhe a forma e a beleza anteriores, como aconteceu com aquele
vaso de barro que se estragou nas mãos do oleiro (Jr. 18.1-4).
Porque
o fiel não permanece fiel o tempo todo, porque nem sempre consegue passar por
uma crise sem se machucar, porque pode cair numa emboscada e enlamear-se mais
uma vez, porque o primeiro amor perde sua intensidade com o tempo, porque por
algum momento está sujeito a ceder à pressa da carne e dos demônios — não há
quem não precise de vez em quando de fazer a famosa oração: “Restaura-nos, ó
Senhor, Deus dos exércitos!”.
Davi
foi restaurado, a nação eleita muitas vezes foi restaurada, Pedro foi restaurado,
a igreja tem sido restaurada, reformada e reavivada.
Ninguém
é obrigado a permanecer como cacos esparramados pelo chão. Nem como ossos
sequíssimos espalhados uns dos outros, enchendo um vale inteiro.
Deus
pode colocar outra vez o seu Espírito nesse cemitério de ossos e nos pôr de pé!
Retirado
de Refeições Diárias com o Sabor dos Salmos. Editora Ultimato.
Por
Litrazini
Graça
e Paz
Nenhum comentário:
Postar um comentário