A
calúnia, a mentira e o aparentado boato (que se propaga com rapidez incrível na
tarefa de denegrir o caráter das pessoas) contam-se entre os defeitos humanos
que mais contribuem para humilhar as vítimas indefesas e corromper quem se vale
desses processos vis.
O
engano, a meia-verdade, o juízo temerário e a hipocrisia caracterizam o
indivíduo mal formado, o qual sente um prazer mórbido em atirar lama para cima
do semelhante, ofendendo a sua honra.
A
Bíblia Sagrada admoesta a não falarmos mal uns dos outros. Tiago 4:11, 12: “Irmãos, não faleis mal uns dos outros.
Quem fala mal de um irmão, e julga o seu irmão, fala mal da lei, e julga a lei;
e, se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz. Há um só
legislador e um juiz que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas
a outrem?”
O
apóstolo Paulo chega mesmo a dizer: “Se
vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede não vos consumais
também uns aos outros” (Gl 5:15).
Como
é possível que cristãos murmuradores e maledicentes desprezem o ensino claro
dos textos bíblicos acima, e de muitos outros que poderiam ser referidos. Será
que de cristãos têm apenas o nome? É que juízo infundado, difamação e outras
formas de se prejudicar o semelhante são ações detestáveis.
Carlos
e João Wesley (a quem Deus usou poderosamente no avivamento espiritual ocorrido
no século 18 na Grã-Bretanha) comprometeram-se a observar as seguintes regras,
a fim de se manterem alheios a toda a maledicência:
1
– Não falaremos mal uns dos outros.
2
– Se ouvirmos falar mal de alguém, não acreditaremos facilmente.
3
– Logo que for possível falaremos sobre o assunto com a pessoa visada.
4
– Antes de fazermos isso não divulgaremos o mal, nem por escrito, nem
oralmente.
5
– Após havermos falado com a pessoa em causa, não falaremos do assunto com
alguém.
6
– Não abriremos qualquer exceção a estas regras, salvo se a Palavra de Deus e a
nossa consciência a isso nos obrigarem.”
Aí
está uma ótima receita espiritual para os indivíduos dominados pelo vício da
malícia e da hipocrisia.
Vamos
deixar de ver cisco na vista de outrem, ignorando a trave nos nossos próprios
olhos? Vamos desabituar-nos de “coar mosquitos e engolir camelos,” como no-lo
adverte nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo? Vamos deixar de ofender a
reputação ou a dignidade das pessoas? Vamos erguer o caído em lugar de enterrá-lo
ainda mais? Vamos opor-nos à disseminação de boatos, de atoardas, de afirmações
sem qualquer fundamento?
Vamos
ser cristãos a sério?
Transcrito
Por Litrazini
Graça
e Paz
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