“... os quais servem de
exemplar e sombra das coisas celestiais, como Moisés divinamente foi avisado,
estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme
o modelo que, no monte, se te mostrou” (Hb 8.5).
“De sorte que era bem
necessário que as figuras das coisas que estão no céu assim se purificassem;
mas as próprias coisas celestiais, com sacrifícios melhores do que estes” (Hb 9.23).
Esses
versículos indicam que jamais poderemos conhecer o verdadeiro significado do
sacrifício de Cristo sem compreendermos o significado do sistema sacrificial
estabelecido por Deus e revelado no Velho Testamento.
É
de suma importância observar que Deus nunca salvou ninguém por meio da lei, nem
mesmo pelos sacrifícios e ofertas que a Seu povo fora ordenado oferecer. Desde Adão,
o único meio de salvação foi e continua sendo a revelação da graça divina.
Deus
revelou Sua graça a Adão e Eva, quando os vestiu com as peles dos animais
sacrificados. Da mesma forma, Noé “acho
graça diante do Senhor” (Gn 6.8). Abraão, o pai da fé (Rm 4), não conhecia
as leis judaicas, nem Isaque, Jacó ou José; todavia, todos os nomes desses
servos de Deus se encontram na grande galeria dos salvos pela fé, conforme
registro no capítulo onze de Hebreus.
O
propósito de Deus, ao transmitir a lei por Moisés, foi ensinar o Seu povo a
andar em comunhão com Ele, e restabelecê-la cada vez que houvesse ruptura.
Deus
deseja comunhão perfeita e ininterrupta com Seu povo. Nesse sentido,
encontramos imenso valor no estudo da tipologia do culto judaico. O desejo de
Deus é que a Sua Igreja O conheça “na
Sua Santidade”, e que leve a sério a advertência registrada em 1 Pe 1.16: “Sede santos porque eu sou santo” (cf.
Levítico 11.44-45 e 19.2) (Do livro “A Lei e a Graça”, de Floyd Lee Gilbert,
Editora Candeia, 1996, paginas 9 e 10).
Outro
dia um leitor me escreveu dizendo da sua convicção de que o crente precisa das
duas coisas: da observância da lei e das benesses da graça. É o mesmo que dizer
que deseja continuar escravizado pela lei e ao mesmo tempo liberto pelo
Evangelho da Graça. A Bíblia diz que essas situações são excludentes. Vejam
“É evidente que, pela
lei, ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá da fé” (Gl 3.11). Apesar
disso, muitos teimam em tentar, em vão, receber a graça divina mediante o
cumprimento irrestrito da lei. Ora, se este fosse meio de salvação, com que
finalidade Jesus firmou com Seu sangue uma nova e eterna aliança, conforme está
dito em Mateus 26.28 e 1 Co 11.25? “Se
dada fosse uma lei que pudesse vivificar, a justiça, na verdade, teria sido
pela lei, mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa
pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes” (Gl 3.21-22).
O
Apóstolo dos gentios anuncia alto e bom som: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós”
(Gl 3.13). Ninguém pôde, nem pode, nem poderá cumprir todos os dispositivos da
lei, sem tropeçar em um só. Ninguém pode passar toda a vida sem cometer
adultério em pensamento; sem usar o santo nome de Deus em vão; sem cometer qualquer
tipo de idolatria, e assim por diante.
A
lei escancarou o pecado diante dos homens como se Deus dissesse: “Sem minha graça não conseguirão”. Nada
fizemos nem fazemos para merecer o céu. “Todos
pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23). Por mais que nos
esforcemos em cumprir toda a vontade de Deus, não conseguiremos. Fomos
terrivelmente abalados pela ofensa do primeiro homem. Herdamos a natureza
pecaminosa que nos empurra a nos rebelar contra o Criador.
Somos
totalmente dependentes da graça: “Pois,
pela graça sois salvos, mediante a fé” (Ef 2.8). A fé no Senhor Jesus
Cristo (Jo 3.18; Rm 10.9).
“Porque a lei do
Espírito de vida, em Cristo Jesus, nos livro da lei do pecado e da morte” (Rm 8.2). Estávamos
encarcerados pela lei, guardados pela lei, escravizados pela lei, tutelados
pela lei até o surgimento da nova e eterna aliança: “Mas antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei e
encerrados para aquela fé eu se havia de manifestar. De maneira que a lei nos
serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que, PELA FÉ [e não pelo
cumprimento da lei], fossemos justificados. Vindo a fé, a nova aliança, o
resgate de Jesus, não mais estamos “debaixo de aio”, sob a tutela da lei
(Gl 3.25; 4.4-5).
A
Bíblia diz que a “lei do Espírito de
vida nos livrou da lei do pecado e da morte”(Rm 8.2). Vamos entender.
“Esta
“lei do Espírito de vida” é o poder e a vida do Espírito Santo, reguladores e
ativadores operando na vida do crente.
O
Espírito Santo entra no crente e o liberta do poder do pecado (cf. Rm 7.23).
A
lei do espírito entra em plena operação à medida que os crentes se comprometem
a obedecer ao Espírito Santo (vv.4, 5, 13,14).
Descobrem
que um novo poder opera dentro deles; poder este que os capacita a vencer o
pecado. A “lei do pecado e da morte”,
neste versículo, é o poder dominante do pecado, que faz da pessoa uma escrava
do pecado (7.14), reduzindo-a à miséria (7.24)”
(Comentário
da Bíblia de Estudo Pentecostal). / Pr. Airton Evangelista da Costa
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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