Fizeste passar o teu povo por tempos difíceis. (Sl 60.3.)
De
quem é o povo que está passando por tempos difíceis? Quem é a pessoa que fez
esse povo passar por tempos difíceis? As duas perguntas têm uma só resposta:
Deus.
Partindo
do princípio de que “Deus é amor” (1Jo 4.8), não é estranho que ele faça o seu
próprio povo passar por tempos difíceis. Além do mais, ele é soberano e faz o
que bem entende, como, por exemplo, no caso dos gêmeos de Rebeca e Isaque: “Amei Jacó, mas rejeitei Esaú” (Rm
9.13).
“Tempos
difíceis” às vezes são a conseqüência natural de uma conduta infeliz e
equivocada. Depois do adultério e do assassinato de Urias, Davi passou por um
longo e árduo período de “tempos difíceis”.
A
explicação de Paulo é por demais oportuna: “O
que o homem semear, isso também colherá. Quem semeia para a sua carne, da carne
colherá destruição” (Gl 6.7,8).
A
maturidade espiritual, o aperfeiçoamento do caráter, o crescimento da fé e
muitas outras conquistas no que diz respeito ao aumento da comunhão do pecador
regenerado com Deus têm muito a ver com os “tempos difíceis”.
“Quando se retira a
escória da prata”,
explicam os Provérbios de Salomão, “nesta
se tem material para o ourives” (Pv 25.4). Ora, a escória só se separa da
prata no cadinho e a temperaturas elevadas. Daí se diz que o crisol (o mesmo
cadinho) serve para produzir e evidenciar as boas qualidades de uma pessoa.
Em
outro poema, o salmista chega a dar graças pelos “tempos difíceis”. “Foi-me bom ter eu passado pela aflição,
para que eu aprendesse os teus decretos” (Sl 119.71, RA).
Precisamos
aprender a dar graças pelos tempos difíceis. Foram eles que arrancaram o filho
pródigo do chiqueiro de porcos e o trouxeram de volta para a casa paterna (Lc
15.11-32).
Retirado
de Refeições Diárias com o Sabor dos Salomos. Editora Ultimato.
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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