Ao tratar do problema da exaustão espiritual, é
preciso que não esqueçamos de que somos espíritos que vivem em corpos físicos,
e a ressurreição do corpo ainda não ocorreu! Se abusarmos do nosso corpo
mediante Alimentação inadequada, a falta de sono ou um programa sobrecarregado
de trabalho, com pouco ou nenhum tempo para recreação, podemos ter toda certeza
de que tudo isso se refletirá em nossas emoções desgastadas, mente obscurecida
e espírito exausto.
Se estivermos sob grande tensão física,
emocional ou mental, esse estado também se refletirá em nossa alma. Em tais
momentos podemos exaurir nossa energia espiritual.
Ao exercer o ministério sagrado, a tensão
mental e emocional, proveniente do envolvimento nos problemas de outras pessoas
esgotam as forças e energias.
Paulo salienta que a fraqueza humana é
necessária para que possamos estar constantemente mostrando o poder de Cristo
em nós: Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a
excelência do poder seja de Deus, e não de nós.: 2 Coríntios 4:7.
Um dos maiores problemas da pessoa esgotada
espiritualmente é a falta de perdão que, degenera em ressentimento e amargura
de raízes profundas.
Um dos principais fatores para termos de novo
vigor e forças espirituais é perdoar todos que fizeram parte de nossas mágoas
nesta vida. Perdoe a todos que o abandonaram, os que se esquivaram quando você
mais precisou deles. Perdoe os mexericos mediante os quais as notícias de sua
exaustão e de seus problemas chegaram a todos os demais crentes das
vizinhanças. Perdoe àqueles líderes e presbíteros que o feriram com suas
palavras e ações. E perdoe às pessoas que você julgou serem gigantes
espirituais, mas provaram ter pés de barro e uma porção de fraquezas,
exatamente como as demais pessoas.
Não despreze o fariseu, pois serás fariseu
também! Embora os houvesse enfrentado tantas vezes, Jesus nunca alimentou
quaisquer ressentimentos contra eles. Ele chorou por causa das pessoas
religiosas de Jerusalém. (Mateus 23:37)
Jesus orou também pelos que se apressaram
a conduzi-lo ao sofrimento e morte: “Pai,
perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem”: Lucas 23:34. “Cristo padeceu por vós deixando-vos o
exemplo, para que sigais as suas pisadas. Ele não cometeu pecado, nem na sua
boca se achou engano. Quando foi injuriado, não injuriava, e quando padecia não
ameaçava. Antes, entregava-se àquele que julga justamente.”: 1 Pedro
2:21-23.
Perdoar significa que reconhecemos que nos
falta a onisciência necessária num julgamento justo, e que nos falta também o
amor, a graça e a misericórdia a fim de temperar a justiça.
Perdoar a um ser humano é ato de fé em Deus, de
que ele é Deus, e só ele tem o direito de julgar. O verdadeiro significado do
perdão é colocar a pessoa nas mãos de Deus e deixar que Ele (Deus) seja o seu
juiz.
Perdoar uma pessoa não é dizer que ela tinha
razão, mas liberá-la de todas as dívidas que você acha que esta pessoa tinha
com você, e colocar tudo nas mãos de Deus.
Depois de Jesus ter falado sobre o perdão,
Pedro aproximou-se dele e perguntou: “Senhor,
até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, que eu lhe perdoarei? Até
sete?”: Mateus 18:21; Disse-lhe
Jesus: “Não digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete”
“Não devias tu igualmente compadecer-te do teu companheiro, como também
eu me compadeci de ti?”: Mateus 18:33.
“Toda a amargura, ira, cólera, gritaria, blasfêmia e toda a malícia
sejam tiradas de entre vós. Antes sede uns para com os outros benignos,
compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em
Cristo. Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados, e andai em amor,
como também Cristo vos amou...”: Ef. 4:31-32;
5:1-2.
“Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos uns aos outros, se alguém
tiver queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também
perdoai vós.”: Colossenses 3:13.
A insistência na falta de perdão traz tormento
para aquele que não perdoa. Tendo experimentado o amor de Deus em nós, jamais
poderemos voltar a agir sem o espírito de perdão, pois estaríamos pecando
contra esse amor.
FOMOS CHAMADOS PARA AMAR OS QUE CAÍRAM, NÃO PARA JULGÁ-LOS.
O derradeiro ato de Estevão foi concordar, pela
fé com o Pai, em que a obra de Jesus foi suficiente para trazer perdão a todos.
Até mesmo àqueles que o estão assassinando!
Muitos de nós conhecemos outros tipos de crentes. Perdoe-lhes, reconheça que o
pecado deles não lhes foi debitado na conta, como seus pecados não foram
debitados na sua conta.
Cristo está em nós, como nosso tipo divino de
amor, e nesta fé devemos sair e começar a distribuir AMOR E PERDÃO.
É quando percorremos os nossos caminhos da
vida, e agimos como se ele estivesse aqui dentro de nós, que comprovamos que
ele realmente está dentro de nós. Só mais tarde é que nossos sentimentos nos
alcançam.
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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