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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

O PODER DE JESUS


OS DEMÔNIOS SABEM QUEM É JESUS
Não é estranho que os demônios conheçam e reconheçam Jesus, o Filho de Deus, afinal, como nos ensina o apóstolo Paulo: nele [em Jesus] foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele” (Cl 1.16).

Quando criados como anjos de luz, em seu antigo domicílio celestial, estes seres espirituais conheceram seu Criador e certamente o cultuaram por algum período de tempo até que vieram a se precipitar, seguindo o seu grande líder, satanás. Por isso, podiam dizer: “Bem sei quem és: o Santo de Deus” (Mc 1.24) ou chama-lo de “Jesus, Filho do Deus Altíssimo” (Mc 5.7). Quem dera aqueles homens que hoje recusam o testemunho dos pregadores do Evangelho ao menos ouvissem o testemunho dos próprios demônios sobre a pessoa bendita de Jesus, o Santo Filho do Deus Altíssimo!
A soberania de Jesus

É indubitável que Jesus é soberano sobre toda a criação, incluindo sobre as potestades do mal (que ninguém pense que os demônios estão sob um governo paralelo sobre o qual Cristo não tem nenhuma ingerência!). De tal modo isto é verdade que sabendo da ameaça que a presença de Jesus constituía para eles no território gadareno, os demônios movem o moço possuído até a presença de Jesus, fazendo-o ajoelhar-se para clamar: “Conjuro-te por Deus que não me atormentes” (v. 7; Lc 8.28).

Eles apelam solenemente com juramento a Jesus (teriam os demônios prometido bom comportamento dali em diante?) para que “não os enviasse para fora daquela província” (v. 10) – o que pode significar que haviam muitos hospedeiros desejados naquela região; ou ainda, conforme Lucas, os demônios “pediram a Jesus que não os mandasse para o abismo” (Lc 8.31) – o que demonstra como os próprios demônios temem o abismo e são resignados quanto a serem jogados no lugar de tormento.

Enquanto muitos homens incrédulos hoje fazem piada com a realidade do inferno, enquanto muitos desviados do evangelho ignoram o perigo que estão correndo longe de Cristo, e enquanto muitos crentes em pecado não fazem questão da “severidade de Deus” (Rm 11.22) e do lago que arde em fogo e enxofre (Ap 21.8) e onde haverá só choro e ranger de dentes (Mt 24.51), os demônios creem e estremecem diante dessa realidade! (Tg 2.19) Eles suplicam insistentemente a Jesus que não os lancem no abismo! De fato, Jesus tinha poder para manda-los naquele exato momento para “os quintos dos infernos”, mas ainda não era o tempo. Um dia isso acontecerá, é certo! (Ap 20.10; Mt 25.41).

A LIBERTAÇÃO DO OPRIMIDO
Jesus consentiu que os demônios saíssem para a manada de porcos que andava pastando nas proximidades (vs. 11-13). Realmente os demônios têm preferência pelo estado incorporado, nem que seja no corpo animal! Jesus já havia ensinado que “quando um espírito imundo sai de um homem, anda por lugares áridos, procurando repouso; e, não o achando, diz: voltarei para minha casa, donde saí” (Lc 11.24). O Espírito Santo e os espíritos imundos almejam fazer morada no corpo humano; aquele por necessidade nossa, estes por necessidade deles (“procurando descanso”, disse Jesus).

O corpo humano será habitado por um ou por outro, nunca pelos dois ao mesmo tempo, pois onde o Espírito Santo habita ele preenche todos os espaços, nada deixando para os espíritos imundos se acomodarem! O corpo do crente é templo, isto é, lugar sagrado do Espírito de Deus! (1Co 6.19,20).

A cena do antes e do depois do moço liberto por Jesus é mesmo maravilhosa:
ANTES DA LIBERTAÇÃO - “tinha sua morada nos sepulcros” (Mc 5.3)             
DEPOIS DA LIBERTAÇÃO - Jesus o manda de volta “para a sua casa, para os seus parentes” (v. 19). Jesus o devolveu à sua família, donde o maligno o havia sequestrado
ANTES DA LIBERTAÇÃO - “há muito tempo não se vestia”  (Lc 8.27)            
DEPOIS DA LIBERTAÇÃO  - É encontrado aos pés de Jesus e “vestido” (Mc 5.15). Jesus lhe devolveu a dignidade que os demônios haviam roubado
ANTES DA LIBERTAÇÃO - “Andava sempre, de dia e de noite” (Mc.5.5)                 
DEPOIS DA LIBERTAÇÃO - É encontrado junto de Jesus e “assentado” (Mc 5.15). Jesus lhe devolveu a paz de espírito e quietude que os demônios haviam tirado
ANTES DA LIBERTAÇÃO - “gritando por entre os túmulos e pelos montes, ferindo-se com pedras” (Mc.5.5)        
DEPOIS DA LIBERTAÇÃO - É encontrado junto de Jesus “em perfeito juízo” (Mc 5.15). Jesus lhe devolveu a sanidade da mente que até então estava totalmente pervertida
ANTES DA LIBERTAÇÃO  - “ninguém podia prendê-lo, nem mesmo com correntes” (Mc 5.3) 
DEPOIS DA LIBERTAÇÃO Não precisa mais de correntes, pois “se o Filho vos libertar verdadeiramente sereis livres” (Jo 8.36).

Todos sabemos, porém, que nem toda libertação representa uma conversão, isto é, mudança no coração. Muitas pessoas são libertas da possessão demoníaca, mas continuam resistentes quanto a entregarem-se à Cristo pela fé e o servirem de todo coração.

Todavia, com certa razoabilidade podemos concluir que este moço gadareno experimentou mais que uma libertação, ele experimentou a salvação da alma! Isto porque ele logo demonstra os frutos imediatos de uma salvação genuína:

Ficou junto de Jesus após a libertação (Mc 5.15; Lc 8.35: “… aos pés de Jesus…”)
Enquanto seus conterrâneos recusaram a presença de Jesus, ele “pediu com insistência que Jesus o deixasse ficar com ele” (Mc 5.18)

Obedeceu a Jesus quando mandou que ele voltasse para casa (Mc 5.20)
Não temeu às ameaças quanto a se tornar uma testemunha de Jesus em sua cidade, e mais que isso, ele levou por toda a Decápolis (isto é, pelas dez cidades vizinhas) o relato do maravilhoso poder e amor de Jesus (Mc 5.20).

Embora novo convertido e sem um vasto conhecimento religioso (mas cremos que no ato de assentar-se aos pés de Jesus ele deve ter recebido ali rapidamente um discipulado intensivo da parte do Mestre dos mestres), aquele homem sai a anunciar o nome e as obras de Jesus. Ele realmente não precisaria dizer muita coisa nem contra-argumentar com ninguém, pois bastaria que ele se apresentasse, se identificasse, mostrasse as cicatrizes das correntes que carregou por muito tempo e, quando lhe perguntassem quem o ajudou, ele enfatica e alegremente responderia: foi Jesus, o Filho de Deus! Assim, “todos se admiravam” (Mc 5.20).

Tiago Rosas

Por Litrazini
Graça e Paz



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