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quarta-feira, 17 de julho de 2019

A NUVEM SOBRE O TABERNÁCULO NÃO ERA COMUM


Três características presentes naquela nuvem demonstram ser ela uma manifestação divina extraordinária, e não um elemento comum da atmosfera:

Primeiro, a nuvem tinha formato de coluna (ou seja, posicionava-se verticalmente e não horizontalmente);

Segundo, a aparência era de nuvem durante o dia (talvez em cor branca ou cinza), mas à noite revestia-se de uma aparência de fogo (um verdadeiro espetáculo bem diante dos olhos de todo o povo);

Terceiro, a nuvem não tinha um movimento uniforme, já que ela parava ou prosseguia em intervalos diferenciados, impossível de ser previsto.

No Novo Testamento percebemos que nuvens extraordinárias também estão ligadas ao ministério de Jesus, como estiveram ligadas ao ministério de Moisés (este um tipo daquele).

Por exemplo, no episódio da transfiguração, Jesus foi envolvido por uma nuvem e também a partir da qual o Pai falara, como fora nos dias dos hebreus no deserto (Mt 17.5); na ascensão de Jesus, ele também subiu ao céu sendo ocultado de seus discípulos por uma nuvem (At 1.9); quanto ao retorno de Cristo, é dito que ele virá “sobre as nuvens do céu” (Mt 24.30; 26.64; 1Ts 4.17; Ap 1.7).

Duvido muito que estas “nuvens escatológicas”, vou chamar assim, tratem-se de nuvens comuns que vemos na atmosfera. Até porque Jesus poderá voltar num dia nublado, como também num dia de céu aberto, sem nuvens; poderá vir de dia sob nuvens esparsas, ou à noite sob o céu estrelado. O certo é que ele virá, e virá sobre nuvens extraordinárias, nuvens que irradiam luz, nuvens que ornamentam o cortejo celestial que virá retirar a Igreja desta terra e leva-la à presença do nosso Pai celestial!

A NUVEM PERMANECIA SOBRE O TABERNÁCULO
A nuvem de glória não só ocupou o tabernáculo em sua inauguração, como estava constantemente sobre aquele templo portátil durante a longa peregrinação de quarenta anos do povo hebreu.

O livro do Êxodo, que abrangeu os dois primeiros anos da saída do Egito, se encerra destacando a nuvem sobre o tabernáculo, quer erguendo-se sobre ele para fazer o povo caminhar, quer repousando sobre ele para fazer o povo descansar (Êx 40.36-38). Mas sempre sobre o tabernáculo!

Se podemos fazer uma aplicação tipológica daquela nuvem, diremos que igualmente Cristo permanece para sempre sobre sua Igreja. Ao discípulo fiel que guarda suas palavras, Cristo promete fazer nele morada (Jo 14.23); aos irmãos da fé que se reunirem em seu nome, Cristo promete estar presente no meio deles (Mt 18.20).

Que mui grandiosa promessa nos fez o Senhor: “eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28.20).

Tiago Rosas

Litrazini
Graça e Paz

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