A
Escritura menciona claramente que Deus envia os seus anjos para a nossa
proteção: “Porque a seus anjos ele
dará ordens a seu respeito, para que o protejam em todos os seus caminhos; com
as mãos eles o segurarão, para que você não tropece em alguma pedra” (Sl
91.11,12).
Mas
algumas pessoas vão além dessa ideia de proteção geral e pensam que Deus dá
um “anjo da guarda” específico para cada indivíduo no mundo, ou ao
menos para cada cristão.
As
palavras de Jesus a respeito dos pequeninos têm servido de apoio para essa
ideia: “Pois eu lhes digo que os
anjos deles nos céus estão sempre vendo a face de meu Pai celeste” (Mt
18.10). Contudo, nosso Senhor pode estar dizendo que os anjos designados para a
tarefa de proteger as criancinhas têm pronto acesso à presença de Deus. (Para
usar uma analogia esportiva, os anjos podem valer-se da marcação “por zona” em
vez da marcação “homem a homem”.)
Quando
os discípulos em Atos 12.15 dizem que o “anjo” de Pedro devia estar batendo à
porta, isso não implica necessariamente na crença do anjo da guarda individual.
Poderia ser que um anjo estivesse guardando ou tomando conta de Pedro naquela
situação específica.
Parece
não haver, entretanto, qualquer apoio convincente para a ideia de “anjos da
guarda” individuais no texto da Escritura. Mas cremos que os anjos em geral têm
a tarefa de proteger o povo de Deus.
NÃO ADORE
ANJOS, NÃO ORE A ELES NEM OS PROCURE.
A ”adoração de anjos” (Cl 2.18) era
uma das doutrinas falsas ensinadas em Colossos. Além disso, no livro de
Apocalipse um anjo adverte João para que ele não o adore: “Não faça isso! Sou servo como você e como
os seus irmãos que se mantêm fiéis ao testemunho de Jesus. Adore a Deus!” (Ap
19.10).
Nem
devemos orar aos anjos. Devemos orar a Deus somente, o único que é onipotente
e, assim, capaz de responder à oração e o único que é onisciente e, portanto,
capaz de ouvir as orações de todo o seu povo de uma só vez.
Paulo
nos adverte contra o pensamento de que outro “mediador” possa estar entre nós e
Deus: “Pois há um só Deus e um só
mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus” (1Tm 2.5).
Se
oramos aos anjos, estamos implicitamente atribuindo-lhes posição igual à de
Deus, o que não devemos fazer. Não há exemplo na Escritura de alguém orando a
um anjo específico ou pedindo ajuda a anjos.
Além disso, a Escritura não nos autoriza a buscar aparições de anjos. Eles se manifestam a nós de forma que não os vemos. Buscar tais aparições parece indicar curiosidade doentia ou o desejo por uma espécie de evento espetacular em vez do amor a Deus e a devoção a ele e à sua obra.
Embora
os anjos tenham realmente aparecido em várias ocasiões na Escritura, com toda a
certeza as pessoas a quem eles apareceram nunca procuraram essas aparições.
Nosso papel é antes conversar com o Senhor, que é o próprio comandante das
forças angelicais.
Contudo,
não parece errado pedir a Deus para cumprir a sua promessa em Salmos 91.11 de
enviar anjos para proteger-nos em tempos de necessidade.
Autoria:
Wayne Grudem
Por
Litrazini
Graça e
Paz
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