Para
aqueles que reconhecem que não há saída a não ser perdoar, mas que, por outro
lado, não é algo tão fácil de se fazer, veja alguns conselhos práticos que
serão de grande valia.
PRIMEIRO, O
PERDÃO NÃO É UM SENTIMENTO, É UMA DECISÃO E TAMBÉM UMA ATITUDE DE FÉ.
O
perdão não é por merecimento, logo, não tenho motivação alguma em minhas
emoções a perdoar. Não me alegro por ter sido lesado, mas libero aquele que me
lesou por uma decisão racional. Portanto, o perdão não flui espontaneamente,
deve ser gerado no coração por levar em consideração aquilo que Deus fez por
mim e sua ordem de perdoar.
As
conseqüências da falta de perdão também devem ser lembradas, para dar mais
munição à razão do que à emoção.
É
preciso fé para perdoar. Certa ocasião quando Jesus ensinava seus discípulos a
perdoarem, foi interrompido por um pedido peculiar:
“Acautelai-vos. Se
teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se
por sete vezes no dia pecar contra ti, e sete vezes vier ter contigo, dizendo:
Estou arrependido, perdoa-lhe. Então disseram os apóstolos ao Senhor:
Aumenta-nos a fé”. (Lc
17.3-5)
Naquele
instante os discípulos reconheceram que para praticar este nível de perdão
iriam precisar de mais fé. E Jesus parece ter concordado, pois nos versículos
seguintes lhes ensinou que a fé é como semente, quanto mais se exercita
(planta) mais ela cresce (se colhe).
É
necessário crer que Deus é justo e que Ele não nos pede mais do que aquilo que
podemos dar. Se Deus nos pediu que perdoássemos, Ele vai nos socorrer
dispensando sua graça no momento em que tivermos uma atitude de perdão.
Muitas
vezes o perdão precisa ser renovado. Depois de declarar alguém perdoado, o
diabo, que não quer perder seu domínio, vai tentar renovar a ferida. Em Prov
17.9 as Escrituras Sagradas nos falam sobre encobrir a questão ou renová-la. É
preciso tomar uma decisão de esquecer o que houve, e renovar somente o perdão.
Cada
vez que a dor tentar voltar, declare novamente seu perdão. Ore abençoando seu
ofensor. Lute contra a mágoa!
É
importante ver os ofensores como vítimas. Isto é algo especial que vejo em
Jesus na cruz: “Contudo Jesus
dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. (Lc 23.34)
Em
vez de olhar para eles como quem merece punição e castigo, Jesus enxerga que
eles também eram vítimas. Aqueles homens estavam em cegueira e ignorância
espiritual, debaixo de influência maligna, sem nenhum discernimento de quem
estavam de fato matando. Eram vítimas de todo um sistema que os afastou de Deus
e da revelação das Escrituras. E ao reconhecer que ele é que eram vítimas, em
vez de alimentar dó de si mesmo (como nós faríamos), Jesus teve compaixão
deles.
Este
é um princípio para o perdão fluir livremente. Assim como Jesus o fez, deixando
exemplo, Estevão, o primeiro mártir do Cristianismo, também o fez:
“Então,
ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado”. (Atos
7.60)
Quando
você começa a enxergar as misérias da vida espiritual de seu ofensor (ao menos
a que manifestou no momento de te ferir), e canaliza o amor de Deus por ele,
como você também necessita do amor divino ao se achegar arrependido em busca de
perdão, a coisa fica mais fácil.
Pr.
Luciano Subira
Por
Litrazini
http://www.kairosministeriomissionario.com/
Graça
e Paz
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