Perdão
e purificação são o primeiro nível. O próximo passo é se identificar com o
Crucificado.
Discipulado
de Jesus não acontece nos caminhos da satisfação dos anseios e desejos
pessoais. Ao invés disso, tem que acontecer uma separação em nosso interior.
Não
precisamos ter pena de nosso "eu" corrupto e obstinado. Ele precisa
ser entregue à morte de Jesus, para que Ele possa nos transmitir Sua vida
através do Espírito Santo.
"Assim também vós
considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus" (Rm 6.11).
Essa
"transfusão de sangue espiritual" acontece através de uma ligação íntima
e orgânica, através de obediência de fé ao nosso Salvador e à Sua Palavra. "Porque, se fomos unidos com ele na
semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua
ressurreição" (Rm 6.5). Nesse caminho conseguimos nos livrar da tirania
do pecado.
Todo
filho de Deus sincero já aprendeu que a realidade da cruz, a maneira de ser de
Jesus, deve ocupar cada canto de nosso coração e cada espaço de nossas vidas,
assumindo o domínio em todas as áreas.
O
que deixamos de entregar a Jesus tem cheiro de morte e será nossa perdição, vai
nos fazer cair. Quem quiser ter uma boa imagem diante do mundo, espiritualmente
acaba perdendo terreno para o inimigo.
"Infiéis, não
compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser
ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. Sujeitai-vos, portanto, a
Deus; mas resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, e ele se
chegará a vós outros. Purificai as mãos, pecadores; e vós que sois de ânimo
dobre, limpai o coração" (Tg
4.4,7-8).
A
cruz tem que penetrar em nosso eu apaixonado por si mesmo até o ponto de
podermos dizer com Paulo: "Estou
crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim;
e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me
amou e a si mesmo se entregou por mim" (Gl 2.19b-20).
Reconhecemos
a posição de mortos que devemos assumir todos os dias? Ela tem que ser uma
experiência profunda em nossas vidas. E isso custa lágrimas. Mas leva à vida, à
vida eterna! O apóstolo Paulo explica-o com as seguintes palavras: "De modo que, em nós, opera a morte,
mas, em vós, a vida" (2 Co 4.12).
Por
Litrazini
http://www.kairosministeriomissionario.com/
Graça
e Paz
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