Deus
chama Moisés para que saia de sua terra e de sua parentela para libertar e
conduzir o povo, descendência de Abraão, à terra prometida.
Moisés
reluta, mas é convencido por Deus a aceitar a empreitada.
A
história segue uma trama jamais imaginada nem mesmo pelo mais criativo dos
roteiristas: enfrentamento de Faraó, dez pragas sobre o Egito, abertura do Mar
Vermelho para que o povo escravo siga a pés enxutos rumo à liberdade e ao
futuro prometido por Deus.
Naquela
madrugada de saída do Egito, o sonho sonhado todas as noites durante pelo menos
cinco séculos se tornava realidade.
Moisés
à frente e seu povo atrás. Deus sobre todos.
No
deserto, meio caminho da terra prometida, Deus, que falava com Moisés face a
face, como quem fala a um amigo, desabafa sua irritação para com o povo e
desiste de seguir viagem.
Garante
a Moisés que a escolta de um anjo responsável por oferecer direção, proteção, e
provisão.
Deus
garante o êxito do projeto, mas nega sua companhia.
Ou
o Senhor vai conosco, ou ninguém arreda o pé daqui, diz Moisés para Deus num
ato de justificado atrevimento.
Deus
então se compromete a acompanhar Moisés e o povo à terra da promessa, Canaã,
terra de leite e mel.
Abraão
e Moisés são objetos de revelação de duas questões opostas e complementares que
assolam todos aqueles que desejam a intimidade com Deus.
Ao
pedir a Abraão que sacrifique Isaque, Deus está perguntando: quero saber se
você é capaz de viver comigo e mais nada.
Ao
negar a Moisés sua companhia, mas garantir que nada mais lhe faltaria, Deus
está perguntando: quero saber se você é capaz de viver com tudo, menos eu.
As
duas respostas, de Abraão e Moisés, revelam que se é verdade que Deus e mais nada é suficiente, não é menos verdadeiro que tudo, sem Deus, não é o bastante.
ED
RENÉ KIVITZ
Por
Litrazini
http://www.kairosministeriomissionario.com/
Graça
e Paz
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