Pesquisar neste blog:

Mostrando postagens com marcador Pastor Josué Gonçalves. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Pastor Josué Gonçalves. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Resgatando a paternidade integral – Parte 4

Todo filho espera que o pai reconheça o poder de uma declaração de amor
 
Nada nutre mais o coração dos filhos do que a verbalização sincera do nosso amor por eles.
 
Na maioria esmagadora dos lares onde fomos criados, o hábito de externar, verbalizar o amor por meio de expressões e de afirmações era uma raridade. Nossas mães, naturalmente, tinham maior facilidade para dizer coisas amorosas a cada um de nós. Mas e os pais? Provavelmente, haverá leitores com idade bem avançada que jamais ouviram seus pais dizerem uma só palavra de amor a eles em toda a sua vida.
 
É interessante notar que em algumas famílias, ainda hoje, há muita dificuldade para dizer um para o outro estas duas palavrinhas “te amo” ou “amo você”.
 
Há famílias nas quais se percebe uma barreira, algo quase intransponível, para expressões de amor dos pais em relação a seus filhos.
 
Certa vez, uma jovem veio até mim chorando e disse: “Pastor, ore por mim. Ore por mim”. Eu perguntei o motivo pelo qual deveria orar, e ela respondeu:“ Porque toda vez que me aproximo de minha mãe para dizer que eu a amo, eu não consigo, eu travo. Há uma barreira aparentemente intransponível entre mim e minha mãe . Eu simplesmente não consigo dizer que a amo, mesmo tentando insistentemente”.
 
Há quem não consiga dizer “te amo” ao pai. E por que temos isso em nosso meio? Amar e ser amado são as necessidades mais básicas de todo ser humano. Nascemos com fome de amor.
 
Se lermos todo o evangelho, não vamos encontrar, nem uma única vez, alguém dizendo “te amo” de forma espontânea e voluntária a Jesus. Mas o contrário acontece. Encontramos Jesus perguntando a Pedro sobre o amor quando Jesus o restaurou às margens do Mar da Galileia (João 21.15-17):
 
Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, você me ama mais do que estes?” Disse ele: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. Disse Jesus: “Cuide dos meus cordeiros”. Novamente Jesus disse: “Simão, filho de João, você me ama?” Ele respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. Disse Jesus: “Pastoreie as minhas ovelhas”. Pela terceira vez, ele lhe disse: “Simão, filho de João, você me ama?”. Pedro ficou magoado por Jesus lhe ter perguntado pela terceira vez “Você me ama?” e lhe disse: “Senhor, tu sabes todas as coisas e sabes que te amo”. Disse-lhe Jesus: “Cuide das minhas ovelhas”.
 
Todo esforço que fazemos no sentido de demonstrar e estimular a nossa capacidade de amar se reflete na autoestima de nossos filhos e até mesmo na saúde física deles. Quando o pai e a mãe dizem frequentemente ao filho que o amam, eles providenciam para ele uma espécie de tratamento preventivo de saúde física e emocional.
 
Certo dia, um pai de família entrou no quarto de seu filho e viu escrito na parede. “EU SOU BOM…” Talvez você pode estar pensando, este menino é arrogante, petulante para fazer uma declaração assim. Porém, a frase continuava assim “…PORQUE FOI DEUS QUEM ME FEZ E ELE NÃO FAZ BOBAGEM!”
 
Será que nossos filhos precisam sofrer e escrever na parede que são preciosos projetos de Deus? Não podemos dizer a eles? Não podemos parar de rotular seus comportamentos de maneira tão cruel? Sejamos abençoadores. Que haja sempre em nosso vocabulário o que está no coração de Deus. Que digamos assim: “Filho, Deus caprichou quando fez você. Veja só, quanto talento e quanta beleza em uma só pessoa!”.
 
Douglas, meu filho, tem 24 anos, Letícia tem 27 e Pedrinho tem 15. Entre nós, não há qualquer constrangimento e nenhuma dificuldade para dizermos um para o outro “te amo, te amo, te amo”. Já houve situações quando eu percebi que Pedrinho estava precisando ouvir isso de mim. E eu disse que faria uma declaração de amor a ele.
 
Então escrevi algo, digitei no meu computador, imprimi e coloquei na parede do quarto dele. Eu escrevi assim: “Gerar um filho é ter o privilégio de ser pai. Ser pai é ser participante da criação divina. Você é o sonho que Deus resolveu a realizar usando-nos como instrumentos. Dizer que te amo é uma forma de expressar o que sinto quando te vejo como resultado da minha comunhão com sua mãe, que em seu ventre te carregou, em seus braços te embalou, e debaixo das suas asas emocionais sempre te protegeu”.
 
E eu acrescentei: “Você é muito especial como filho. Você é muito importante como ovelha. Você é muito especial como amigo. Você é muito especial como irmão. Você é muito especial como companheiro. Te amo pelo que você é. Te amo pelo que você representa. Te amo pelo que você não consegue fazer. Te amo simplesmente porque você é filho do amor”.
 
Os nossos filhos precisam disso. Do contrário, eles sairão de casa com a impressão de que não estão debaixo da bênção do amor de seus pais. Quando vão à escola, quando saem com amigos, enfim, eles precisam da segurança que as expressões de amor podem gerar dentro do coração e da mente deles.
Pouco antes de Jesus ir para o deserto, para o grande enfrentamento com Satanás, a Bíblia diz que uma situação semelhante aconteceu: “Assim que Jesus foi batizado, saiu da água. Naquele momento o céu se abriu, e ele viu o Espírito de Deus descendo como pomba e pousando sobre ele. Então uma voz dos céus disse: ‘Este é o meu Filho amado, em quem me agrado’” (Mateus 3.16-17).
 
Jesus não foi para o deserto ser enfrentado pelo diabo sem antes ter a certeza de ser amado pelo Pai. Do mesmo modo, sua filha não pode sair de casa para ir à faculdade sem a certeza de que é amada. Seu filho não pode sair de casa para o trabalho sem a certeza de que é amado, pois, quando saímos com a certeza de que estamos debaixo da bênção do amor dos nossos pais, temos mais autoridade para enfrentar o diabo.
 
Visite nosso site: www.amofamilia.com.br
Pastor Josué Gonçalves
A Graça e a Paz do Senhor Jesus Cristo,
Moacir Neto

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Resgatando a paternidade integral – Parte 3

Todo filho espera bênção e não maldição de seus pais
 
Nenhum filho espera do pai, nem da mãe, uma maldição sobre sua vida. Por mais ignorante que seu filho seja nessas questões, por mais distante que ele pareça estar em relação a essa questão, ainda que eles sejam pouco instruídos biblicamente, palavras de maldição transmitem mal-estar naturalmente, com efeitos espirituais e emocionais.
 
Por isso, dou um conselho a vocês: “Nunca digam aquilo que vocês não querem que o filho se torne. Antes de falar, pense nos efeitos que as suas palavras vão gerar, pois há um poder enorme da palavra dos pais sobre a vida dos filhos. É interessante o que a Bíblia diz em Provérbios 18.21: “A língua tem poder sobre a vida e sobre a morte; os que gostam de usá-la comerão do seu fruto”.
 
Quando nós falamos algo, há duas possibilidades sendo criadas: ou estamos gerando vida ou estamos causando morte. Quando eu falo, o efeito das minhas palavras gerará vida ou provocará morte.
 
Tiago 3.9 diz que quando falamos, abençoamos ou amaldiçoamos”: “Com a língua bendizemos o Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus”.
 
Crianças que vivem ouvindo críticas aprenderão a condenar e a criticar a atitude dos outros. Portanto, veja algumas expressões que os pais nunca deveriam usar com os filhos, porque soam como maldição, são palavras com cargas negativas que geram uma psicologia de morte:
 
– Você é impossível (no sentido de incorrigível).
 
– Você é preguiçoso.
 
– Você é mau.
 
– Você nunca vai “dar para nada” (no sentido de não ter competência para nenhuma profissão ou atividade).
 
– Quando você se casar, você vai pagar pelo que fez (isso é maldição).
 
– Seu porco, sua porca.
 
Nunca diga: Seu vagabundo, sua vagabunda; seu burro, idiota, sua anta; arrependo-me de ter gerado você.
 
Recentemente, os pais de uma menina choraram diante de nós dizendo: “Pastor, nossa filha tem mais de 20 anos e ela estava na igreja. Mas, de repente, tomou uma decisão estranha, que até agora a igreja e a família estão em estado de choque. Ela abandonou a igreja, a família e foi morar com a namorada, assumindo sua homossexualidade”.
 
E o pai disse ainda: “Há no meu coração um peso, porque quando ela nasceu, na verdade, nós queríamos um menino, torcíamos pela vinda de garoto, nutrimos essa expectativa. E, quando esperávamos abraçar um menino, nasceu uma menina. De certo modo, isso nos frustrou, porque nós nutrimos tanta expectativa por um menino, que, quando nasceu uma menina, nós ficamos decepcionados. E nossa filha soube que, ao nascer, nosso grande desejo não era uma garota, mas um garoto. E até hoje ela fala isso. E agora essa situação…
 
Isso parece coincidência? Não acredite nisso. Há poder em nossas palavras. Por isso, muito cuidado com o que você diz. Pais são autoridades sobre os seus filhos e, quando falam, abençoam ou amaldiçoam. As palavras de um pai e de uma mãe produzem efeito real sobre a vida de seus filhos. “A boca do justo é fonte de vida, mas a boca dos ímpios abriga a violência. (Provérbios 10.11)”. Assim, o que você fala, o que eu falo, o que nós falamos, tudo isso deve gerar vida.
 
Jacó era um pai que sabia abençoar seus filhos. Veja que linda a atitude desse pai: Jacó está partindo para a eternidade, mas, antes de fechar os olhos, ele chamou os filhos para abençoá-los.
 
Pelo Deus de seu pai, que ajuda você, o Todo-poderoso, que o abençoa com bênçãos dos altos céus, bênçãos das profundezas, bênçãos da fertilidade e da fartura. As bênçãos de seu pai são superiores às bênçãos dos montes antigos, às delícias das colinas eternas. Que todas essas bênçãos repousem sobre a cabeça de José, sobre a fronte daquele que foi separado de entre os seus irmãos… Todas estas são as doze tribos de Israel; e isto é o que lhes falou seu pai quando os abençoou; a cada um deles abençoou segundo a sua bênção (Gn 49.25,26,28. Grifo acrescentado).
 
Jacó lança bênçãos sobre seu filho José. Nós precisamos fazer o mesmo; essa é a nossa vocação: abençoar, e não amaldiçoar. Precisamos preparar nossos filhos também nesse sentido espiritual, abençoando-os.
 
Meus filhos, Douglas, Letícia e Pedro, sabem da importância disso. Especialmente o Douglas, que tem isso bem vivo em sua memória, ele cresceu ouvindo quase todas as manhãs eu dizer: “Repita com o pai: ‘Eu nasci para vencer’ ”.
 
E, às vezes, logo pela manhã eu ia até o quarto do Douglas para pedir a ele que repetisse, mas ele já estava meio que cansado disso e me dizia: “ Pai, já sei, já sei: ‘Eu nasci para vencer’ ”, “eu nasci para ser uma bênção”, “eu nasci para a glória de Deus”.
 
Eles ouviam isso de mim e repetiam. Você precisa declarar sobre a vida dos seus filhos que eles nasceram para ser uma bênção. Nunca deixe de declarar insistentemente para eles: Você nasceu para vencer. Você nasceu para o louvor e glória do Senhor. Você nasceu para ser uma bênção onde estiver. Você nasceu para ser um vaso de honra na casa e nas mãos do Senhor. Você nasceu para ser instrumento da graça do Senhor entre as pessoas. Você nasceu para dar certo em seus empreendimentos.
 
Abençoe o seu filho e jamais o amaldiçoe.
 
Visite nosso site: www.amofamilia.com.br
 
Pastor Josué Gonçalves
 
A Graça e a Paz do Senhor Jesus Cristo,
 
Moacir Neto

sábado, 20 de outubro de 2012

Resgatando a paternidade integral – Parte 2

Todo filho quer um pai que ensine com o exemplo, do que com palavras
 
A psicologia chama de projeção quando identificamos no outro aquela característica que é própria em nós. Normalmente, temos mais facilidade em identificar os erros e defeitos no outro – mais que as virtudes que essas pessoas têm.
 
Quando isso acontece no ambiente familiar, invariavelmente, nos inclinamos a corrigir nos filhos os erros que os vemos cometer, esquecendo-nos de que nós os ensinamos com o próprio comportamento a agir assim. Isso choca um pouco, eu sei, mas quem poderá dizer que na prática não é isso o que acontece?
 
E a situação passa de mal a pior, e se torna até vergonhosa, quando pais e mães dizem:“ Você deve fazer assim porque eu estou mandando”. Quando isso acontece, assinamos um “atestado de incompetência”, já que exigimos o que não praticamos. Fique atento. Se essa situação surgir, uma luz vermelha vai acender e você deve se corrigir. Talvez a melhor maneira de falar seja:“ Filho, você sabe que o papai tem o mesmo problema. Ambos erramos na mesma área. Vamos orar e pedir a Deus a ajuda do Espírito Santo para nunca mais fazermos isso… Vamos combinar que quem errar assim novamente vai ter que pagar dois reais! Vamos combinar assim?
 
O exemplo deve validar as palavras dos pais. Especialmente quando os filhos são pequenos, crianças, o descompasso entre o que falamos e o que fazemos confunde a criança no seu processo de aprendizagem. Quando a criança ouve uma regra que é reconhecida como certa e vê uma ação que não corresponde a essa regra, ela enfrenta um conflito em sua compreensão. Aos poucos, isso vai provocar problemas mais graves, e ela vai desenvolver conceitos como:
 
– não preciso dizer a verdade;
 
– não preciso cumprir minhas promessas;
 
– a mentira tem o mesmo valor da verdade e vice-versa;
 
– o padrão ético será comprometido na idade jovem e adulta;
 
– meus pais não são verdadeiros
 
Além desses problemas, haverá muitos outros danos à formação dessa criança e ao modo como agirá quando se tornar adulto.
 
A autoridade dos pais, portanto, será o resultado da coerência entre “ações” e “palavras” (Jó 13.15; 1Co 11.1; Fp 3.17). A maior herança que um pai pode deixar ao seu filho é um caráter digno de ser imitado. E como isso é possível? Não conheço outro modo senão por meio do comportamento exemplar e coerente em relação a suas palavras.
 
Veja o que está escrito em 1 Reis 9.4-5a, numa situação na qual o Senhor se dirige a Salomão falando a respeito de seu pai, Davi: “Se andares perante mim como andou Davi, teu pai, com integridade de coração e com sinceridade, para fazeres segundo tudo o que te mandei e guardares os meus estatutos e os meus juízos, então confirmarei o trono de teu reino sobre Israel para sempre”.
 
Não restam dúvidas sobre o fato de que o maior legado que um pai pode deixar para os filhos não é uma fazenda com 20 mil cabeças de gado; não são cinquenta casas alugadas; não é uma carteira de investimentos com R$ 1 milhão. A maior herança e legado que um pai poderá deixar para seus filhos é um caráter digno de ser seguido.
 
Uma vida íntegra, digna de ser imitada, nós encontramos em um pai que é um exemplo de justiça, de honestidade, de lealdade, de verdade, de cortesia, de cavalheirismo, de humildade, de mansidão e de respeito. E nas mães da mesma maneira.
 
Os pais deverão ensinar a amar amando.
 
Os pais deverão ensinar a verdade falando a verdade.
 
Os pais deverão ensinar gentileza sendo gentis.
 
Os pais deverão ensinar respeito respeitando.
 
Os pais deverão ser um exemplo como marido e como esposa.
 
Os pais deverão ser um exemplo também como filhos, como genros, como sogros, como amigos, como discípulos de Cristo. Só assim podermos pensar e desejar uma mudança mais ampla no nosso bairro, na nossa cidade, no país… e no mundo!
 
Toda mudança necessária à sociedade, almejada por muitos e anunciada como plano de governo dos candidatos em ano de eleição, só pode se concretizar se partir do solo familiar. As mudanças que esperamos nunca virão por iniciativa de vereadores, deputados ou senadores: elas partirão de nossa própria casa.
 
Não poderá haver incoerência entre o que ensinamos e o que praticamos. Se a sociedade está desta maneira hoje é porque ontem houve um tremendo descompasso entre a “fala” e a “prática”. Portanto, antes de falar, observe a si. Antes de ditar a regra, avalie seu comportamento. E então creia no melhor para a sua família, no melhor futuro para seus filhos e para vocês, pais e mães, na velhice de ambos.
 
Visite nosso site: www.amofamilia.com.br
 
 
Pastor Josué Gonçalves
 
A Graça e a Paz do Senhor Jesus Cristo,
 
Moacir Neto
 

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Resgatando a paternidade integral – Parte 1

Todo filho quer “presença” antes de “presentes”

A presença dos pais na vida dos filhos é um bem insubstituível. Nenhuma ausência pode ser recompensada, substituída ou comprada, mesmo que você fique um mês brincando nos parques da Disney com seus filhos.

Isso tem a ver com o tempo. E, quando menciono o tempo, refiro-me a tempo com qualidade, tempo na hora certa – e não a sobra do seu tempo, quando você está cansado ou até mesmo irritado.

Quando tocamos no assunto do descanso semanal, muitos de nós imaginamos que o povo judeu apenas descansava durante o sábado. Mas em seu livro Tempo para viver, Hans Bürki ensina algo sobre o shabbat judaico, o sábado, e uma das coisas que mais chamou minha atenção é que ele descreve o ritual para esperar o shabbat. O judeu não esperava o sábado chegar para ficar com as pernas sobre um pufe vendo TV. Na sexta-feira, ele realizava todos os preparativos, deixava tudo pronto, tudo feito, comida, roupas de cama e mesa, roupas pessoais, para então ter um dia somente dedicado ao Senhor.

Assim, quando transportamos esse princípio do povo de Deus na Antiga Aliança para nós, povo de Deus na Nova Aliança, aprendemos a necessidade de também valorizar o tempo com a herança de Deus para nós, que são os filhos. Precisamos ver a educação de nossas crianças de modo mais responsável; precisamos ter em mente que nossa convivência com eles deve incluir, olhar em seus olhos, brincar os jogos deles, discutir os assuntos que são do interesse deles, pois essa, sim, é a companhia, a presença que faz a diferença.

Se você tem pouco tempo para dedicar a seus filhos, use-o de modo que você esteja com o pensamento centrado nas atividades que vocês estão fazendo juntos. Toda criança percebe quando você valoriza estar com ela e se interessa esse tempo que passam juntos: nós não conseguimos enganar nossos filhos. Portanto, preocupe-se em preparar um momento diário ou semanal para que seu filho saiba que vai encontrar você quando esse momento chegar. Crie o hábito, faça disso um lugar seguro e agradável para ele. E se precisar, incremente sua relação surpreendendo-o, dando a ele “mais presentes”, ou seja, “criando mais espaço na sua agenda” – espaços em horários que ele não esperava, mas que você criou com amor, pensando nos benefícios emocionais que isso vai trazer a quem saiu de suas entranhas.

Veja o que a Bíblia diz em Deuteronômio 6.6,7: “Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, andando pelo caminho, e ao deitar-te e ao levantar-te”.

A orientação que Deus estava dando a Moisés era para que ele instruísse os israelitas a serem educadores de seus filhos. Toda criança era educada na primeira infância por sua mãe e na adolescência ela passava a ser instruída por seu pai, que a introduzia na sociedade quando se tornava um jovem. Havia, e há ainda hoje, uma cerimônia para marcar essa passagem: o Bar Mitzvah.

Uma vez que pai e mãe tem papéis definidos na educação de seus filhos, isso significa que não há como educá-los e nem torná-los nossos discípulos, se não houver investimento de tempo. Você conhece algum meio de educar e discipular sem investir tempo? De fato, não existe.

Repare a abordagem pedagógica que Deus apresenta a Moisés: falar andando, falar ao deitar-se, falar ao levantar-se, falar assentando-se em casa com os filhos. Veja que discipulado constante de pai para filho, a todo momento, em todo lugar! Isso tem a ver com tempo de qualidade a que nos referimos.

Certo dia, um pai entrou no quarto do seu filhinho e surpreendeu-se ao ver seu filhinho ajoelhado à beira da cama, fazendo uma oração no mínimo diferente:

"Senhor, faz de mim uma televisão. Senhor transforma-me num aparelho de televisão, para que meu pai passe tanto tempo comigo como ele passa em frente à TV.; para que meu pai olhe mais para mim, como ele olha tão fixamente, demoradamente para a televisão; para que ele se preocupe comigo assim como ele se preocupa com a televisão, que, quando quebra, vai logo para o conserto."

A presença dos pais na vida dos filhos é insubstituível. O tempo é a moeda de maior valor que possuímos na nossa relação com eles. Guarde isso em seu coração: escreva num bilhete e coloque sobre a sua mesa, cole no monitor de seu computador pessoal.

O seu amor é demonstrado pelo investimento de tempo que você faz na vida do seu filho. Se dissermos que o amamos, mas não passarmos mais que dez minutos por dia com eles, que avaliação será feita sobre esse amor? Se você diz que o ama, mas não tira tempo no final de semana para os seus filhos, investindo tempo com qualidade, que nota vai receber deles?

Desculpe-me, mas, se é isso o que acontece, receio que você não o ame. E o meu receio se justifica, porque quem ama investe a moeda de maior valor chamada tempo.

― Quanto tempo diário você dedica aos seus filhos?

― Quanto tempo você dedica aos seus filhos no final de semana?

― Qual é o dia da semana em que você reserva um tempo para dar atenção especial aos seus filhos?

A Palavra do Senhor diz em Salmo 128.3b: “… em volta da mesa, os seus filhos serão como oliveiras novas”. Perceba nesse versículo a ênfase em uma situação aparentemente tão corriqueira, mas que pode ser transformada num exercício inicial para que você e seu filho comecem a passar mais tempo juntos: em volta da mesa. Combine, por exemplo, de ter uma refeição por dia com seu filho. Programe-se para dedicar mais tempo, tempo com qualidade, a quem ama você.

Visite nosso site: www.amofamilia.com.br


Pastor Josué Gonçalves
Fonte:
Verdade Gospel

A Graça e a Paz de Cristo Jesus,

Moacir Neto

Reflexões Evangélicas

Reflexões Evangélicas
Você é sempre uma pessoa bem-vinda.