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domingo, 26 de janeiro de 2020

O GLORIOSO MISTÉRIO DA ENCARNAÇÃO


O Verbo que criou o mundo fez-se carne e veio morar entre os homens. Possui duas naturezas distintas.

Depois de afirmar a perfeita divindade de Jesus, o Verbo de Deus (Jo 1.1), o apóstolo João assevera sua perfeita humanidade (Jo 1.14). Jesus é tanto Deus como Homem. É perfeitamente Deus e perfeitamente Homem.

O Verbo que criou o mundo fez-se carne e veio morar entre os homens. Possui duas naturezas distintas. É Deus de Deus, luz de luz, co igual, co eterno e consubstancial com o Pai e ao mesmo tempo é verdadeiramente Homem. Três verdades devem ser destacadas acerca da encarnação do Verbo.

EM PRIMEIRO LUGAR, O VERBO ASSUMIU A NATUREZA HUMANA.
“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós…” (Jo 1.14a). O Verbo se fez tem aqui um sentido muito especial. Não é um “se fez” ou “se tornou”, no sentido de ter cessado de ser o que era antes.

Quando a mulher de Ló se tornou uma estátua de sal, ela deixou de ser a esposa dele. Mas, quando Ló se tornou pai de Moabe e Amom, ele permaneceu sendo Ló. Esse é, também o caso aqui. O Verbo se fez carne, mas permaneceu sendo o Verbo de Deus (Jo 1.1,18).

A segunda Pessoa da Trindade assume a natureza humana sem deixar de lado a natureza divina. Nele as duas naturezas, divino humana estão presentes inconfundivelmente, imutavelmente, indivisivelmente e inseparavelmente.

O fato do Filho de Deus ter se esvaziado e assumido a forma humana é irreversível. Deus, o Filho, sem cessar por um momento de ser divino, uniu-se a à plenitude da natureza humana e se tornou uma autêntica pessoa humana, exceto no pecado. Vemos, portanto, a presença de Deus entre os homens.

O Verbo eterno, pessoal, divino, auto-existente e criador esvaziou-se de sua glória, desceu até nós e vestiu pele humana. “A carne de Jesus Cristo tornou-se a nova localização da presença de Deus na terra. Jesus substituiu o antigo tabernáculo. Fez-se um de nós, tudo semelhante a nós, exceto no pecado. Eis aqui o grande mistério da encarnação!

EM SEGUNDO LUGAR, O VERBO TROUXE SALVAÇÃO PARA A RAÇA HUMANA.
“… cheio de graça e de verdade…” (Jo 1.14b). Jesus manifestou-se cheio de graça e de verdade. Esses dois grandes conceitos, graça e verdade, não podem estar separados. Em Cristo eles estão em plena harmonia.

Graça é um dom completamente imerecido. Algo que jamais poderíamos ter alcançado por nosso próprio esforço. O fato de Jesus ter vindo ao mundo para morrer na cruz pelos pecadores está para além de qualquer merecimento humano. Isso é graça. Jesus é também a Verdade. Nele se cumpriram todas as profecias. Dele falaram os patriarcas e profetas. Para ele apontavam todos os sacrifícios e festas. Ele é a essência do culto e a plena revelação divina. Nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria.

EM TERCEIRO LUGAR, O VERBO VEIO REVELAR A GLÓRIA DO PAI.
“… e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (Jo 1.14c). Em Jesus vemos a glória de Deus sobre os homens. Jesus é a exata expressão do ser de Deus. Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade. Ele é a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas. Ele é semelhante ao Pai. Tem a mesma substância. Os mesmos atributos. Realiza as mesmas obras.

Jesus é a exegese de Deus. Quem vê a ele, vê o Pai, pois ele e o Pai são um. A glória vista no Verbo encarnado foi a mesma glória revelada a Moisés quando o nome de Javé soou em seus ouvidos; porém, agora, esta glória foi manifestada na terra em uma vida humana. Ele veio cheio de graça e de verdade. Ele veio para trazer a glória plena de Deus entre os homens.

Distinto do Pai, mas da mesma natureza do Pai, veio para nos revelar o Pai, em toda a sua glória e majestade e nos conduzir de volta aos braços do Pai. Este é o glorioso mistério da encarnação!

Rev. Hernandes Dias Lopes

Por Litrazini
Graça e Paz

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

JESUS CRISTO: O VERBO SE FEZ CARNE

Seria desastroso somente afirmar a deidade de Jesus Cristo ignorando que o divino “Verbo se fez carne, e habitou entre nós” (Jo 1.14).

As Escrituras afirmam igualmente que Cristo era divino e humano. Para o cristão, a humanidade de Cristo possui tremenda importância, além até da suprema necessidade de salvação. De fato, como John Flavel ressalta a respeito dessa doutrina, nós podemos colocar o mundo sobre ela.

Cristo em Sua divina natureza assumiu humanidade. Isso significa que Ele tomou sobre Si mesmo uma natureza que era verdadeiramente humana. Ele permaneceu o que Ele era (divino) enquanto tomou para Si o que ainda não tinha sido (humano). Ele tornou-se ossos dos nossos ossos e carne da nossa carne em todos os aspectos, ainda que sem pecado.

AS ESCRITURAS REVELAM A REAL NATUREZA DE CRISTO DO NASCIMENTO À SEPULTURA.
Ele nasceu (Lc 2.7).
Ele cresceu à maturidade (Lc 2.40).
Ele teve fome (Lc 4.2).
Ele trabalhou (Jo 5.17).
Ele estava cansado e dormiu (Lc 8.23).
Ele comeu e bebeu (Lc 24.42-43).
Ele entristeceu-se e chorou (Mc 14.34).
Ele experimentou dor e sofrimento (Lc 22.44) no corpo e na alma (Mt 26.38; 1 Pe 2.24).
Ele morreu (Mc 15.37) e foi enterrado (v. 45–46).

HÁ PELO MENOS SEIS RAZÕES PELAS QUAIS CRISTO TINHA DE SER VERDADEIRAMENTE HOMEM:
Para satisfazer a exigência da justiça de Deus de que a natureza que pecara também fosse a natureza a pagar pelo pecado.
Para poder sofrer e morrer pelos Seus eleitos.
Para poder ser nosso Sumo Sacerdote que se sacrifica e simpatiza conosco.
Para estar sujeito à lei em Sua obediência.
Para ser nosso Parente mais próximo a fim de redimir-nos.
Para ser o Segundo Adão que nos restaura de nossa queda.

HÁ MUITAS APLICAÇÕES DA ENCARNAÇÃO DE CRISTO PARA O CRENTE. No volume um de sua Obras Completas, John Flavel delineia várias das afeições por Cristo que o crente experimenta.

VENERAÇÃO. “Venere o amor do Pai, e o Filho, que ofereceu tanto por suas almas”. Flavel nota que o amor de Deus se expressa principalmente nisto: que Cristo tomou sobre Si a forma de servo e tornou-se obediente até a morte. O Pai com tanto fervor “desejou nossa salvação que ele ficou contente em rebaixar o amado de sua alma a um estado tão vil e desprezível” quanto a humanidade. O Filho tornou-se alguém sem reputação – “quão assombroso é o amor de Cristo, que se diminuiu assim para exaltar-nos!”.

ADMIRAÇÃO. Contemple a sabedoria de Deus em conceber tais meios para a salvação de Seu povo. Isso até “prende a atenção dos anjos e dos homens para si” como algo inimaginável. Que a Palavra se tornasse carne e habitasse entre nós – “oh, quão sábio é o método de nossa restauração!”.

DELEITE. Prove a “incomparável doçura” do Cristianismo que nos permite descansar nossas “consciências trêmulas” em uma firme fundação. Embora a miséria de Seu estado e a angústia de Sua alma o oprima, o crente pode seguramente confiar na encarnação. Cristo uniu Sua pessoa divina com nossa carne; “a partir disso, é fácil imaginar que dignidade e valor deve haver naquele sangue; e como o eterno amor, brotando triunfantemente dele, floresce em perdão, graça e paz”.

CONSOLAÇÃO. Assumindo uma natureza humana e experimentando o sofrimento e a miséria da humanidade, Cristo agora é tocado pelo sentimento de nossas enfermidades (Hb  4.15). Ele é um Sumo Sacerdote misericordioso (Hb 2.17-18). Flavel escreve: “Deus e homem em uma pessoa! Oh, que excelsa alegre conjunção! Como homem, ele é cheio de um senso experimental de nossas enfermidades, necessidades e fardos; e, como Deus, ele pode suportar e suprir tudo isso”.

FELICIDADE. A encarnação de Cristo deveria trazer muitos filhos à glória (Hb 2.10). “Com isso, nós vemos, a que alturas Deus vai para edificar a felicidade do homem - em ter ele lançado os fundamentos dela no tão profundo, na encarnação de seu próprio Filho”. A alma do homem alegra-se na salvação, mas o corpo também será glorificado. Cristo assumiu a carne para demonstrar “como Deus pretende honrá-la e exaltá-la” na eternidade.

CONFORTO. Flavel conclui com este último ponto: “Quão maravilhoso é este conforto, que aquele habita em nossa carne é Deus?”. O cristão que luta pode dizer: “Mas, seja eu um pecador, e pior que o principal dos pecadores, sim, um demônio condenado, eu estou certo de que meu bem amado é Deus, e meu Cristo é Deus. E quando eu digo que meu Cristo é Deus, eu disse tudo, nada mais posso dizer. Pudera eu erigir sobre essa afirmação – Meu Cristo é Deus – o quanto ela pode sustentar: Eu colocaria o mundo inteiro sobre ela”.

JOEL BEEKE / Traduzido por Josaías Jr | Reforma21.org

Por Litrazini

Graça e Paz


Reflexões Evangélicas

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Você é sempre uma pessoa bem-vinda.