Corromperam-se e cometeram atos detestáveis. (Sl 14.1.)
Porque negam ou a existência ou a soberania de Deus, os homens “corromperam-se e cometeram atos detestáveis” (Sl 14.1). A denúncia é muito séria.
O verbo corromper, que é sinônimo de perverter e depravar, tem um significado horrível. É a mesma coisa que tornar podre, estragar, decompor, alterar, viciar.
Porque se corrompem, cometem atos detestáveis (na Nova Versão Internacional) ou nojentos (na Nova Tradução na Linguagem de Hoje). Ou as tais “práticas repugnantes” de que fala o profeta Ezequiel (Ez 13.47).
A corrupção é a opção da maioria, desde os tempos de Noé, quando “toda a humanidade havia corrompido a sua conduta” (Gn 6.12). O gênero humano continua a mergulhar na corrupção “como nos dias de Gibeá” (Os 9.9), quando alguns rapazes bissexuais abusaram de uma mulher casada a noite inteira até provocar a morte dela (Jz 19.25). Ou como nos dias de Moisés, quando os israelitas “se afastaram bem depressa do caminho ordenado por Deus” (Dt 9.12) e “trocaram a Glória deles pela imagem de um boi que come capim” (Sl 106.20).
Mas o caminho da corrupção não é a única opção do homem.
A outra opção é o caminho da santificação, exatamente oposto ao anterior.
O primeiro é mais fácil por causa da índole do homem caído, por causa da propaganda maciça que dele se faz e por causa da espantosa superioridade numérica de seus partidários.
O segundo é bem mais difícil pelas razões opostas e porque exige renúncia, aquilo que Jesus chamou de “negar-se a si mesmo” (Lc 9.23).
Enquanto corromper-se é tornar-se podre, santificar-se é tornar-se santo. São duas coisas bem diferentes.
Os dois processos começam no mesmo plano. Um caminha para cima e o outro caminha para baixo.
A santificação vai libertando o pecador do mal cada vez mais e a corrupção vai amarrando-o ao mal cada vez mais.
O primeiro processo sagra, torna sagrado aquele que antes tinha problemas com o pecado.
O segundo processo estraga, torna estragado aquele que antes se deleitava com o pecado.
Ninguém é obrigado a se corromper, a não ser pela perda da noção da existência ou da soberania de Deus.
Ninguém é obrigado a se santificar, a não ser pela certeza da existência e da santidade de Deus.
Precisamos ter em mente que “Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santidade” (1 Ts 4.7).
Retirado de Refeições Diárias com Sabor dos Salmos (Editora Ultimato, 2006)
Por Lidiomar
Graça e Paz
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