Oração, falando de maneira
geral, significa falar com Deus. Intercessão é vir a Deus em favor de outro.
Toda intercessão é oração, mas nem toda oração é intercessão.
Intercessão é derivada do
latim inter, que significa entre e cedere, que significa ir. Intercessão,
então, é estar entre ou permanecer na brecha. Através do profeta Ezequiel, o
Senhor diz: “E busquei entre eles
um homem que estivesse tapando o muro, e estivesse na brecha perante mim por
esta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei” (Ez.22.30).
Esta é uma clara referência à intercessão.
Intercessão é apenas um
tipo de oração. Mas ela é tão importante que Jesus mesmo é descrito como sendo
um intercessor. Jesus Cristo "está
à direita de Deus, e também intercede por nós (Rm.8.34). Da mesma forma, o Espírito Santo,
segundo a vontade de Deus, intercede pelos santos” (Rm.8.27). O Pai é
claro, não é mencionado como intercessor porque é Ele a quem a intercessão é
feita.
É bom deixar bem claro que
os intercessores não são manipuladores da vontade de Deus, no Antigo
Testamento, podemos citar em Jeremias 15.1, dois exemplos de intercessores: “Ainda que Moisés e Samuel se pusessem
diante de mim, não seria a minha alma com este povo”,com isto Deus mostra
que algumas coisas Ele já estabeleceu concretamente.
No Novo Testamento, Jesus é
o intercessor por excelência. Sua oração por seu povo em João 17 revela o
amoroso coração que Jesus tinha pelo povo e seu desejo de permanecer na brecha
entre eles e o Pai. Até o dia de hoje Ele continua a interceder por nós. “Vivendo sempre para interceder (por seu
povo)” (Hb.7.25).
O maior ministério dos
intercessores é trazer à luz os propósitos de Deus, e muitos descrevem alguns
de seus mais intensos períodos de intercessão como dores de parto. As mães
sabem até melhor do que o apóstolo Paulo o completo significado desta afirmação: “Meus filhinhos, por quem de novo sinto as
dores de parto, até que Cristo seja formado em vós” (Gl.4.19).
Os intercessores não são
mais cristãos do que os evangelistas, os pastores, os profetas ou os mestres.
Parte da diferença entre eles e outros não é quantas almas perdidas eles
levaram a Cristo, mas o seu relacionamento íntimo com o Pai. Abertura e
obediência são chaves para ouvir a Deus.
Embora haja várias e
notáveis exceções a isto, a grande maioria dos intercessores são pessoas
discretas. Não gostam de estar na frente. Não desejam que seus nomes sejam
conhecidos por todos. Mesmo alguns que tem livros sobre intercessão prefeririam
que seus nomes fossem deixados fora do livro, mas, de alguma forma e
relutantemente, cedem à sabedoria dos editores e publicadores que sabem que o
livro será mais largamente distribuído com o nome do que sem ele.
Intercessores tem seus
altos e baixos. Tem os seus dias bons e seus dias maus. Podem sair da poderosa
experiência no alto da montanha e mergulhar para dentro do vale. Um dos papéis
dos líderes é entender isto e guiá-los através dos períodos de dificuldades, do
mesmo modo como eles fazem.
Tempo de seca não é
experiência incomum para os intercessores, pois, eles precisam ter um tempo de
afinação espiritual de vez em quando para ver se estão orando pelos benefícios,
ou se realmente estão orando e se agradando do Senhor pelo que Ele é, já que no
coração do verdadeiro intercessor não há desejo maior do que um relacionamento
íntimo com Deus.
Intercessores
experimentados vêem muitas coisas acontecendo em suas igrejas que até mesmo os
líderes não tem nenhuma idéia de que eles estão orando por isso. É uma
verdadeira emoção para os intercessores.
A sua recompensa é o seu íntimo relacionamento com o Pai. Mais do
que a maioria dos cristãos o faz, eles experimentam a plenitude do amor de Deus
dia a dia e nada, nada, por melhor que seja, consegue substituir esse prazer de
estar na presença do Pai Celestial.
Lidiomar T. Granatti (Litrazini)
Graça e Paz
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