A relação de Jesus com Deus era muito mais
profunda do que um encontro diário. Nosso Salvador sempre estava consciente da
presença de seu Pai. Ouça suas palavras:
"Na
verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa
alguma, se o não vir fazer o Pai; porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz
igualmente"
(João 5:19, ACF).
"Eu
não posso de mim mesmo fazer coisa alguma. Como ouço, assim julgo" (João 5:30, ACF).
"Crede-me
que estou no Pai, e o Pai em mim" (João 14:11, ACF).
Fica claro que Jesus não agia a menos que
visse o Pai agir. Não julgava senão quando ouvia o Pai julgar. Nenhum ato ou
obra acontecia sem a direção do Pai. Suas palavras soam como as de um tradutor.
Houve algumas poucas ocasiões no Brasil em que
servi como tradutor-intérprete a um pregador que falava em inglês. O homem
estava de frente ao público com sua mensagem. Eu estava ao seu lado, equipado
com o idioma. Meu trabalho era apresentar aos ouvintes sua história. Fazia o
melhor que podia para que suas palavras fluíssem através de mim. Não tinha
liberdade para embelezar ou subtrair. Quando o pregador fazia um gesto, eu
também o fazia. Quando aumentava o volume, eu também o aumentava. Quando ficava
quieto, eu também.
Quando Jesus andou nesta terra, sempre estava
"traduzindo" a Deus. Quando Deus falava mais forte, Jesus falava mais
forte. Quando Deus fazia algum gesto, Jesus fazia-o também. Ele estava tão
sincronizado com o Pai que pôde declarar: "(Eu)
estou no Pai, e o Pai em mim" (João 14:11, ACF). Era como se ouvisse
uma voz que os outros não podiam ouvir.
Presenciei algo similar num avião. Ouvia vez
após outra, explosões de gargalhadas. O vôo era turbulento e agitado, e não
havia razão alguma para o humor. Mas alguém atrás de mim morria de rir. Ninguém
mais, somente ele. Finalmente me virei para ver o que era tão engraçado. Tinha
fones de ouvidos, e evidentemente estava ouvindo alguma comédia. Mas como nós
não podíamos ouvir o que ele estava escutando, agíamos de forma diferente.
O mesmo acontecia com Jesus. Como Ele podia
ouvir o que outros não podiam, agia em forma diferente à deles.
Lembra quando todo mundo estava preocupado
pelo homem que tinha nascido cego? Jesus não. De alguma maneira, Ele sabia que
a cegueira revelaria o poder de Deus (João 9:3).
Lembra quando todo mundo estava aflito pela
doença de Lázaro? Jesus não. Em vez de acudir apressadamente ao lado da cama de
seu amigo, disse: "Esta enfermidade
não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja
glorificado por ela" (João 11:4, ACF).
Foi como se Jesus pudesse ouvir o que ninguém
mais podia. Que relação pode ser mais íntima que aquela? Jesus tinha uma
comunhão ininterrupta com seu Pai.
Você acha que o Pai deseja o mesmo para nós?
Absolutamente sim.
Paulo diz que fomos predestinados para sermos
"conforme à imagem de seu
Filho" (Romanos 8:29, ACF).
Permita-me lembrar que: Deus o ama tal como
você é, porém recusa-se a deixá-lo assim. Ele quer que você seja como Jesus.
Deus deseja ter com você a mesma intimidade permanente que tinha com seu Filho.
Extraído do Livro Simplesmente Como Jesus de Max
Lucado
Por Litrazini
Graça e Paz
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