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sábado, 23 de março de 2013

JOSÉ – FIGURA DE CRISTO


“Sendo José de dezessete anos, apascentava as ovelhas com seus irmãos; sendo ainda jovem, andava com os filhos de Bila, e com os filhos de Zilpa” (Gn 37.2)

De todas as histórias do Antigo Testamento, nenhuma apresenta uma figura de Cristo mais detalhada e rica que a comovente história de José. Outras biografias podem nos dar minúcias de experiências pessoais e de fracassos humanos, nos ensinando lições preciosas. No entanto, à medida que a vida de José se desenrola, sentimos que o Espírito de Deus mantém em foco a glória de Cristo.

SEU SERVIÇO.
A história começa com José, um rapaz de dezessete anos, alimentando o rebanho e “andando” com seus irmãos, ou seja, trabalhando juntamente com os mais velhos. Aquele que era o escolhido para ser o soberano do Egito (cap. 41:38-44) primeiramente tinha de ser servo. O lugar de soberania é alcançado apenas pela vereda do serviço. Nisso o Senhor é o exemplo máximo de Seus próprios ensinamentos, pois Ele declarou: “Eu, porém, entre vós sou como aquele que serve” (Lucas 22:27). E porque Ele tomou a “forma de servo… sendo obediente até a morte, e morte de cruz… Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome” (Filipenses 2:7-9). Mais uma vez nesta história vemos Aquele que é maior que José.

SEU PASTOREIO.
Há ainda outros aspectos nos quais o início da história de José transparece Cristo. José liderava ovelhas antes de liderar homens. Por quarenta anos Moisés teve de se contentar em liderar ovelhas no deserto antes de liderar pessoas através do deserto. E também lemos que o Senhor “elegeu a Davi seu servo, e o tirou dos apriscos das ovelhas… para apascentar a Jacó, seu povo, e a Israel, sua herança” (Salmo 78:70-71). Tanto o serviço e, principalmente, a maneira como esses santos executavam o serviço prefiguravam o Grande Pastor das ovelhas.

“José trazia más notícias deles a seu pai. E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores” (Gn.37.2-3)

SUA SEPARAÇÃO.
Serviço entre os irmãos não implica cumplicidade com o mal. Como servo obediente, José estava sempre perto deles; como homem de integridade, José se afastava por completo das obras deles. Seu serviço o trazia para junto da companhia de outros; seu caráter o levava para longe do que faziam, pois somente sua presença expunha a impiedade dos irmãos. Portanto, José nada tinha a dizer senão “más notícias” sobre eles.

Da mesma maneira, a graça de Cristo, o perfeito Salvador, O trouxe para junto de nós e de nossas necessidades, mas Sua santidade O manteve inteiramente afastava de nosso pecado. A necessidade desesperada que tínhamos e Sua infinita graça O tornaram Servo entre as multidões; nosso pecado e Sua santidade O tornaram Estrangeiro neste mundo. Como Servo perfeito Ele estava acessível a todos; como o Santo de Deus Ele estava separado de todos. Seu serviço O levou a muitos lares necessitados; Sua santidade O deixou sem lar.

SUA SUPERIORIDADE
Se, contudo, o caráter de José o manteve afastado de seus irmãos, o amor de seu pai lhe deu um lugar destacado entre eles. Além disso, Israel dava testemunho desse lugar de distinção ao ter vestido José com uma túnica colorida – uma declaração pública do prazer que ele tinha em seu filho.

Nossos pensamentos viajam de José para Cristo e do lugar único que Ele ocupava no coração do pai. O mesmo capítulo que diz que “Deus amou o mundo” também diz que o “Pai ama o Filho e todas as coisas entregou nas suas mãos” (João 3).

Deus nos ama com uma medida de amor insondável, porém não há padrão de medida que seja capaz de abranger o amor do Pai pelo Filho.

“Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais do que a todos eles, odiaram-no, e não podiam falar com ele pacificamente” (Gn. 37.4)

SEUS SOFRIMENTOS. O Espírito de Deus se deleita em exaltar Cristo ao apresentar Sua supremacia universal por meio da história de José, embora tal supremacia tenha sido alcançada mediante o caminho do sofrimento. Existem características e aprimoramento de caráter que somente o sofrimento traz à tona.

Se José ocupava um lugar distinto e especial no coração de Israel, seu pai, e se nos planos de Deus ele estava destinado à posição de supremacia, durante um período José teve de enfrentar a ira de seus irmãos. Em uma medida menor, a história dele exemplifica o ódio tremendo pela qual Cristo passou nas mãos dos homens. O Homem a quem Deus destinou o lugar de domínio universal é o mesmo Homem que iria ser odiado por Suas criaturas.

Por que o coração humano odeia tanto a Cristo? Será que havia algo de errado nEle? Certamente que não, pois em Cristo não havia qualquer traço de crueldade, violência, ironia, orgulho, arrogância, ou outra coisa que provocasse o ódio das pessoas.

Em Cristo só havia amor. Enquanto outros faziam o mal, Ele apenas fazia o bem. Enquanto outros amaldiçoavam e escarneciam, de Sua boca saíam palavras graciosas. Até os guardas que foram enviados para O prender testemunharam: “Nunca homem algum falou assim como este homem” (João 7:46).

E apesar de todos os atos de amor, das palavras de graça, das curas e milagres, o povo o recompensou com mal e ódio (Salmo 109:5). De fato Ele podia exclamar: “Odiaram-me sem causa” (João 15:25).

Extraído Devocional Boa Semente

Por Litrazini

Graça e Paz

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