Do mesmo modo que o pacto do casamento é protegido por
lei civil, assim também o amor entre Cristo e nós é garantido pelo amor divino
(Rm. 8:1-4). “Se com a tua boca
confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou
dentre os mortos, serás salvo”. (Rm. 10.9).
Recebemos a graça salvadora de Deus fazendo duas
coisas: confessando com nossa boca o senhorio de Jesus Cristo, e crendo em sua
ressurreição. Deus é imutável e imutáveis são as suas alianças. Ele não depende
da emoção humana para confirmar suas verdades eternas. A salvação é muito mais
do que agitação profunda da alma – ela é graça garantida., “Todo aquele que crê no Filho tem a vida eterna, mas todo aquele que
rejeita o Filho não verá a vida, pois sobre ele permanece a ira de Deus”
(Jo. 3:36).
Descobrir a Deus é meramente abrir o coração e admitir
que Ele, a quem temos buscado, esta muito perto de nós. Ser salvo é estar num
barco salva-vidas a caminho de um porto seguro. Todavia, a salvação é uma
viagem, e isto significa que ainda não chegamos ao porto.
Muitos cristãos não são felizes porque há um conflito
interior que os arrasa, ou seja a briga
entre a velha natureza e a nova. Quando aceitamos a Jesus Cristo assumimos uma
nova natureza, mas conservamos uma parte da antiga. E essas duas naturezas
disputam a supremacia no campo de batalha de nossas mentes “...quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se
corrompe pelas concupiscências do engano; e vos renoveis no espírito do vosso
entendimento; e vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em
verdadeira justiça e santidade” (Efésios 4.22-24).
O próprio Paulo experimentou esta estranha neurose
espiritual,(ler Romanos 7.15-17). Este tipo de conflito espiritual inevitavelmente
produz frustração e desespero bem como certa dúvida a respeito do valor de
nossa nova vida em Cristo.
Será esta espécie de neurose uma incerteza
inescapável?
Não. A mente de Cristo, uma parte do novo homem,
supre-nos com vitória. “Assim, vocês podem
ver como isto é: minha nova vida manda-me fazer o que é correto, porém a velha
natureza que ainda está dentro de mim gosta de pecar. Que situação terrível
esta em que estou! Quem me livrará da minha escravidão a esta mortífera
natureza inferior? Mas graças a Deus! Isto foi feito por Jesus Cristo, nosso
Senhor. Ele me libertou” (Rm. 7.24-25).
Nós neuróticos espirituais, somos libertos pela
presidência exclusiva de Jesus Cristo, pelo controle singular da mente de
Cristo.
Solte-se, deixe Deus agir! Os dias mais conturbados e
dilacerantes de nossas vidas são aqueles quando o velho homem e o novo lutam.
Os mais felizes são aqueles quando nos soltamos e deixamos que a vontade
singular de Deus ocupe nossas mentes.
“Portanto, agora já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”
(Rm. 8.1)
Mesmo depois de nos tornarmos cristãos, parece que
desejamos problemas. Em vez de aproximar-nos de Deus, retiramo-nos como Jonas,
do que sabemos ser a sua vontade. Queremos amar o nosso mundo, mesmo conscientes
de que este amor pelas coisas do mundo
significa inimizade com Deus. Então veem os dias terríveis, nossa
confiança escoa-se na incerteza.
Todavia, quando fomos redimidos, o Espírito de Deus
que mora em nosso interior convence-nos de que o seu amor está em nós mediante
a presença de Cristo., e Ele não nos abandonará. Apesar do amor de Deus ter
custado caro, pois Ele foi à cruz para declará-lo, ele é grátis. É dádiva de
Deus. Não pode ser comprado.
Só Jesus salva! Nada há que possamos acrescentar a graça.
Se houvesse, nos tornaríamos parcialmente responsáveis por nossa redenção.
Seremos mais felizes se não tentarmos pagar pelos nossos próprios pecados.
Quando nos apegamos ao sentimento de culpa, baseados
em não nos sentirmos perdoados, estamos pecando contra a integridade de Deus.
Deixar de perdoar-nos a nós mesmos o que Ele já nos perdoou é exibicionismo
espiritual, é negar o que está escrito em 1 João 1.9 “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos
purificar de toda injustiça.”.
Deus quer que confiemos toda nossa carga em seu amor.
Aceitar seu grande perdão é a melhor evidência da nossa rendição completa à
Ele. Não podemos convencer a outros de que Deus é confiável, enquanto não
houvermos entregues a Ele todos os nossos pecados, e aprendido a nunca mais
trazermos à tona as sombras do passado.
Litrazini:
Graça e Paz
Nenhum comentário:
Postar um comentário