Esta foi a pergunta que o servo de Eliseu fez a
sunamita. Por alguns segundo, antes de responder, ela relembrou o que a levara
ali: Seu filho, único filho, tinha acabado de morrer. Filho que ela havia
desistido de ter, apesar de ser seu sonho. Estava conformada em ter sua família
limitada a seu velho marido e ela. Decidiu dedicar sua vida e suas posses a
servir a Deus. Era tão atenta que construiu um quarto para que o profeta Eliseu
tivesse pouso confortável quando passasse por ali.
Estava resignada a não ter filhos, até que o profeta,
querendo agradá-la e mostrar gratidão, declara uma palavra profética. As palavras
que ela tanto queria: “você terá um filho!” Seu filho nasceu e seu sonho
realizou. E, no auge da sua felicidade o seu filho morre. Então, ela deposita o
corpinho de seu filho na cama, monta em uma jumenta e vai atrás do profeta.
Para somente quando ouve a pergunta que a faz refletir sobre os últimos
acontecimentos e surpreendentemente responde: “Tudo vai bem!”
O câncer corrói o corpo? O filho continua drogado. Os
dias de vida foram cronometrados pelos médicos, a cabeça não para de doer, a
panela continua vazia, a alma permanece solitária, o cabelo continua caindo… O
caos range os dentes mostrando sua fúria. E a pergunta ecoa: “tudo bem”?
Cuidado! A resposta sempre será o resultado do ponto de vista. Para onde
você tem olhado? Mude a direção do olhar antes de responder. Tire os olhos das
circunstâncias e dê uma olhada para dentro de você. Que tal olhar para o que
não pode doer, o que não pode terminar, o que não pode frustrar. O Perfeito
está lá, dentro de você. Sempre esteve.
Quando Jesus carregava a pesada cruz nos esfolados
ombros, talvez Ele também tenha ouvido esta pergunta. E, se respondesse,
certamente, diria: “Tudo vai bem, pois o que vejo é a possibilidade de ter você
como irmão!”
A proposta não é negar a dor. É enxergar além da dor. Enxergar a fé
crescendo, a gratidão aumentando, o nome do Senhor sendo glorificado… A
sunamita tirou os olhos do seu filho morto e foi se lançar aos pés de quem
podia fazer alguma coisa por ela. Ela clamou, creu e o seu filho reviveu. Ela
saiu dessa história com o amor pelo seu filho e por Deus, fortalecido. Sempre há motivos para se alegrar, encontre-os!
“Nem
a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do
amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor”. (Romanos
8.39).
Nilma Gracia Araujo / Fonte: Lagoinha.com
Por Litrazini
Graça e Paz
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