Desde o início dos tempos
os anjos estão entre nós. Eles são
protagonistas principais em uma guerra espiritual que iniciou no céu, a morada
de Deus e dos anjos.
Em teologia sistemática o
estudo dos anjos recebe o nome de Angelologia. A palavra deriva do grego: “angelos” = mensageiro e “logia” = estudo. Em
um termo geral a palavra é usada para descrever todo o ser com ligação e
procedência divina que não façam parte da Santíssima Trindade.
A existência dos anjos remota milênios atrás. Na
verdade, não se sabe exatamente em que período do tempo os anjos foram criados.
É impossível precisar a data da criação dos anjos.
No entanto, é possível estabelecer a ocasião e o contexto histórico para o
surgimento dos anjos.
Para colocar em ordem a origem do homem com as
explicações da ciência, historiadores acreditam que existiram três jardins. O
jardim mineral (Ezequiel 28.13), o jardim vegetal (Ezequiel 31.8,9) e o jardim
animal (o que explicaria a existência dos dinossauros). Estes paraísos não eram
o mesmo Éden de Adão.
Os anjos foram criados antes da criação da terra. A
primeira menção a existência dos anjos no contexto bíblico se dá logo após a
expulsão de Adão e Eva do jardim do Edén. A Bíblia em Gênesis 3.24, menciona que um querubim (anjo de uma classe
elevada), foi colocado a entrada do jardim para impedir que o homem retornasse.
No Antigo Testamento a
palavra hebraica que se refere aos anjos, é encontrada 108 vezes. Já no Novo Testamento, a forma grega da palavra
aparece 165 vezes.
Todas as criaturas de Deus foram criadas com um
propósito. Os anjos foram criados com o propósito de adorar e servir a Deus
(Isaias 6.3) e por isso eles habitam a mesma esfera espiritual que Deus (Salmos
104.4; Hebreus 1.14). Em uma dimensão superior a nossa.
Os anjos, mesmo sendo espirituais, são seres
impares, com características que os distinguem dos demais. São diferentes em
todos os sentidos: capacidade, força, sabedoria, poder e em aspectos físicos.
O número de anjos existentes é incalculável. Apesar
de não tornar explícito o número de anjos, a Bíblia deixa a informação de que
são muitos, OS relatos bíblicos insinuam serem milhões.
A visão de Daniel fala em “milhares de milhares” e
“milhões de milhões” (Daniel 7.10), João também viu “milhões de milhões” e “milhares de milhares” (Apocalipse 5.11).
Outrossim, quando Jesus esta para ser preso, aproximadamente 600 homens vieram
com Judas para levá-lo (uma corte é aproximadamente a décima parte de uma
legião ’1000′), quando Pedro reagiu, cortando a orelha de Malco (João 18.10),
Jesus lembra o discípulo que se Ele (Jesus) rogasse ao Pai, receberia o auxílio
de 12 legiões de anjos. Uma legião ou tropa, entre os soldados romanos era
equivalente a 6000 homens, ou seja, Deus enviaria 120 anjos para cada soldado
romano. Em uma batalha um único anjo feriu 185000 homens (Isaias 37.36)
Os anjos habitam uma dimensão espiritual, são seres
invisíveis aos olhos naturais, mas segundo o propósito de Deus eles podem se
fazer visíveis (Mateus 1.20).Portanto, são eles, invisíveis ao nosso mundo
material, apesar de existirem e estarem a nossa volta.
Apesar de serem superiores a nós, os anjos são
“espíritos ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a
salvação” (Hebreus 1.14), estão sempre ao nosso redor (Salmos 34.8) e até
trabalham a nosso favor (Salmos 91), mas sempre sob a ordem do Senhor. Podem
colaborar até com o pecador (Atos 8.26,35) e também induzir o pecador (Atos
10.5-6)(ATENÇÃO: Os anjos não são pregadores ou evangelistas, apesar de
seguirem as ordens de Deus, eles não são responsáveis pela pregação do
evangelho ’1 Pedro 1.12).
Nem toda vez que a Bíblia
usa a frase “Anjo do Senhor”, esta se referindo aos seres angelicais. Por vezes a frase é usada para designar a
manifestação de Cristo no Antigo Testamento. Quando isso acontece recebe o nome
de Teofania, pois é Cristo se manifestando em forma corpórea de anjo.
A palavra Teofania (do
grego theos = Deus e phanein = aparecer) seria aplicada a qualquer manifestação
de Deus, entretanto, os estudiosos têm reservado o termo, para fazer menção a
manifestação de Cristo no Antigo Testamento. Tais manifestações não são apropriadas para este tempo, nossos dias,
receberam a encarnação do próprio Emanuel (Deus conosco ‘Isaias 7.14′).
Mas nem sempre o uso da frase “Anjo do Senhor” se
refere a Teofania.
Desde o início dos tempos os anjos estão entre nós.
Eles são protagonistas principais em uma guerra espiritual que iniciou no céu,
a morada de Deus e dos anjos. Um símbolo perfeito no céu, um anjo consagrado e
coroado como sinete da perfeição divina (Ezequiel 28.12), entre todos os seres
do céu, ele era o mais belo, toda a inspiração divina havia sido dedicada a
formar aquele que seria, dentre todos, o melhor.
Talvez toda a análise
bíblica em torno dos anjos e as principais informações sobre a vida destes
seres, esteja intimamente ligado aos relatos que as escrituras fazem sobre
Lúcifer (Isaias 14.12). O ser perfeito
de Deus, provávelmente foi criado juntamente com os demais anjos, a exceção do
homem, todos os seres criados por Deus foram assim criados pelo seu mandar
(Salmos 148.5). Lúcifer porém, manteve características singulares.
A perfeição de Lúcifer era incomparável,
inigualável. Ele representava o melhor que havia no céu, na verdade ele era o
símbolo máximo da perfeição existente neste lugar. Sua sabedoria e sua posição
em relação aos demais anjos, seu poder de persuasão foram dádivas de Deus para
o exercício do ministério que ele desenvolvia.
Sua beleza era incomparável, os olhos humanos ou
qualquer imagem que você possa ter de belo, não se comparam a beleza deste ser.
Suas vestes eram feitas de todo o tipo de pedras preciosas (Ezequiel 28.13) e
há quem acredite que cada passo deste anjo produzia um som de adoração a Deus
(Leia Ezequiel 31.8 e 9).
Este ser ocupava na hierarquia celeste a posição de
um querubim (Ezequiel 28.14). Mas
não um querubim como os demais, mas um querubim ungido. Há quem acredite que ele ocupava uma posição
superior ou semelhante a de Miguel, que era um Arcanjo (Príncipe dos Anjos). A
base para esta afirmação esta no fato de Cristo ter identificado Lúcifer como
sendo um “arc” (Príncipe) – príncipe deste mundo (João 12.31; João 14.30; João
16.11).
O privilegio deste ser era tão grande, que uma
análise minuciosa das escrituras, nos leva a acreditar que ele tinha uma íntima
e incomparável comunhão com o Criador (Jó 38.7). Além disso ele tinha livre
acesso ao trono de Deus, entre os querubins que ficavam sob o trono, todos
permaneciam parados no mesmo lugar, e quando andavam não se viravam de costas
para o trono, entretanto, uma análise da Bíblia nos leva a acreditar que
Lúcifer circulava livremente em volta do trono, para lá e para cá (Ezequiel 10;
Ezequiel 28.14).
Entre as funções exercidas por este ser perfeito, a
sua criação tinha um propósito ainda maior. Ele era o regente e talvez o mentor
de toda a adoração a Deus através de instrumentos (Ezequiel 28.13). Como líder
nato, dotado de uma grande sabedoria, poder, beleza e principado, sua
capacidade de louvor e adoração a Deus, lhe renderam o título de diadema de
louvor.
Autoria: Joel Engel
Por Litrazini
Graça e Paz
Nenhum comentário:
Postar um comentário