"Quem ama
o dinheiro jamais dele se farta; e quem ama a abundância nunca se farta da
renda; também isto é vaidade". (Eclesiastes
5:10)
Conta-se que um amigo levou um índio para passear no centro de São Paulo.
Seus olhos não conseguiam acreditar na altura dos edifícios e ele mal conseguia
acompanhar o ritmo frenético das pessoas indo e vindo.
Espantava-se com o barulho ensurdecedor das sirenes, dos automóveis, das
pessoas falando em voz alta. De repente, o índio falou: "Ouço um
grilo!"
O amigo espantado retrucou: "Impossível ouvir um inseto tão pequeno nessa
confusão!" O índio insistiu que ouvia o cantar de um grilo. Tomando o seu
cicerone pela mão, levou-o até um canteiro de plantas.
Afastando as folhas, apontou para o pequeno inseto.
"Como?" Perguntou o amigo, ainda sem crer.
O índio pediu-lhe algumas moedas, e então jogou-as na calçada.
Quando elas caíram e se ouviu o tilintar do metal, muita gente se voltou.
“Escutei o grilo porque o meu ouvido está acostumado com este tipo de barulho”.
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As pessoas aqui ouvem o dinheiro caindo no chão porque foram condicionadas a
reagirem a esse tipo de estímulo.
Depois arrematou: "A gente ouve o que está acostumado ou treinado a
ouvir."
Vivemos em um mundo materialista. A vida nos impõe que sejamos muitas vezes
duros. Acabamos nos tornando céticos.
A voz de Deus não é ouvida senão por aqueles que tem o ouvido sensível.
Muitas vezes a correria da vida e as agitações da nossa alma inquieta não nos
permite perceber o Divino.
Treinamos os nossos sentidos para reagir apenas aos impulsos da sobrevivência,
mas há realidades que só se percebem com o espírito.
Aqueles que aquietam o coração e se deixam tocar pelo Eterno, escutam o
sussurro de Deus.
Desejo que todos consigamos, apesar do tumulto que nos cerca, escutar o
sussurro de Deus.
Autor desconhecido
Por Litrazini
Graça
e Paz
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