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quarta-feira, 25 de junho de 2014

Nenhum outro evangelho

Admiro-me de que vocês estejam abandonando tão rapidamente aquele que os chamou pela graça de Cristo, para seguirem outro evangelho que, na realidade, não é o evangelho. [Gálatas 1.6-7]

Depois de visitarem as quatro cidades da Galácia evangelizadas durante sua primeira viagem missionária, Paulo e Barnabé voltaram a Antioquia e relataram à igreja como Deus “abrira a porta da fé aos gentios” (At 14.27). E permaneceram ali por um longo tempo com os discípulos.

Lucas relata que durante esse período, “alguns homens desceram da Judeia para Antioquia e passaram a ensinar aos irmãos: ‘Se vocês não forem circuncidados conforme o costume ensinado por Moisés, não poderão ser salvos’” (At 15.1). Trata-se por certo do mesmo fato mencionado em Gálatas 2.12: “Quando chegaram alguns da parte de Tiago” (isto é, que alegavam ser da parte de Tiago, já que mais tarde ele afirmou que eles não tinham sua autorização [At 15.24]).

É possível imaginar a confusão provocada por esses visitantes. Eles eram judaizantes e menosprezavam o evangelho, insistindo que a fé em Jesus não era suficiente para os convertidos gentílicos; eles também deveriam guardar a lei, ou seja, permitir que Moisés completasse aquilo que Jesus havia começado.

Até mesmo o apóstolo Pedro se deixou levar pelo ensino deles, de modo que Paulo teve de confrontá-lo publicamente, uma vez que a verdade do evangelho estava em jogo (Gl 2.11-16). Essa atitude de Pedro, no entanto, foi temporária, pois na ocasião do concílio de Jerusalém, ele já havia recobrado o bom senso.

Entretanto, alguns desses judaizantes “encrenqueiros” foram às cidades da Galácia e começaram a ensinar essa mesma mensagem distorcida. E para espanto de Paulo, eles estavam sendo bem-sucedidos.

A situação chegou a tal ponto que Paulo considerou a atitude dos gálatas como uma deserção da parte deles e invocou um juízo solene sobre qualquer um (anjo ou ser humano, inclusive ele mesmo) que transformasse o evangelho das boas novas da graça (favor gratuito e imerecido de Deus) em uma religião de obras de justiça. Ele foi ainda mais longe, afirmando que, se a nossa salvação depende da obediência à lei, então “Cristo morreu inutilmente” (Gl 2. 21).

Ou seja, se dizemos que podemos obter a salvação por nossos próprios méritos, então estamos indicando que não há necessidade da cruz. Paulo começa e termina com uma referência à graça (1.3; 6.18).

O evangelho é a boa nova da graça de Deus, e não há outro evangelho.

Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho; O qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.

Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema. Gálatas 1.6-9


Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.


Por Litrazini
http://www.kairosministeriomissionario.com/


Graça e Paz

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